terça-feira, 1 de novembro de 2011

A VITÓRIA SOBRE A MORTE: a ressurreição da carne

• Cristo vive a Sua morte desde a obediência ao Pai, à sua vontade, em favor da salvação da humanidade
• Ele vive a sua morte como uma solidão total, mas esta suprema experiência de solidão torna-se, em Cristo, a expressão suprema do amor e da comunhão com o Pai e com os irmãos.
• Desta forma a morte é derrotada a partir do seu interior, convertendo-se em instrumento da vida.



A vida para além da morte garantida pela comunhão com Cristo
Viver com Cristo “já” nesta existência terrena significa pode vencer a morte, graças ao poder da ressurreição de Cristo.
O NT une de certeza da continuidade de vida em Cristo e com Cristo, mais para além da morte!
A ressurreição de Cristo, para além de garantir uma salvação futura extra terrena, oferece também a certeza de que a salvação actua já na vida terrena o crente.

Ressurreição final
A Ressurreição de Cristo pôs em marcha a nossa própria ressurreição e o sentido da ressurreição é a intimidade definitiva com Jesus:

Problema da identidade do corpo ressuscitado com o nosso corpo actual
O Magistério afirma a identidade entre o corpo terrestre e o corpo ressuscitado, mas não explicita em que consiste essa identidade e em quê consiste a diferença.

A Teologia dá três respostas
1. Identidade Material
Que a matéria é a mesma! Isto rapidamente foi abandonado
2. Identidade formal
Orígenes distingue no corpo algo que muda sempre (o que não ressuscita) e algo que permanece (e que ressuscita). O que permanece chama ele de corpo ideal, em forma esférica. Foi desacreditado.
Tomás de Aquino, recuperando a chave aristótele (a alma como forma do corpo), da unidade do ser humano, permitindo distinguir entre o corpo e a corporeidade.
Aqui, a alma é a forma subsistente do corpo, irrenunciável. A perfeira realização ultra terrena do homem postula, juntamente com a salvação da alma imortal, a do corpo.

3. Identidade Pessoal
A segunda resposta não resolve todas as dúvidas.
K. Rahner observa que a alma está essencialmente coordenada com o corpo, seja qual for a forma que possa assumir essa coordenação.
Nesta perspectiva, a identidade do corpo não significa identidade material (o corpo muda sempre ao longo da vida). O corpo ressuscitado terá a mesma identidade pessoal, não material, do terreno.
Claro que é impossível imaginar em que consistirá concretamente a condição do corpo ressuscitado.
Mas parece que a dinâmica do cosmos(T Chardin) leva a uma meta, a uma situação na qual a matéria e o espírito estarão coordenados entre si de modo novo e definitivo. Esta certeza pode ajudar-nos a imaginar, de certa forma, em que consistirá a Ressurreição da carne!

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