sábado, 29 de setembro de 2012

Festa dos Santos Anjos


"Gabriel" - que significa "Deus é forte", ou "aquele que está na presença de Deus" - aparece no assim chamado Evangelho da Infância, como Mensageiro da Boa Nova do Reino de Deus, que já está presente na pessoa de Jesus de Nazaré, nascido de Maria. É ele quem anuncia o nascimento de João Baptista e de Jesus Cristo. Anuncia, portanto, o surgimento de uma "nova era", um tempo de esperança e de salvação para todos os Homens. É ele quem, pela primeira vez, profere aquelas palavras que todas as gerações hão-de repetir para saudar e louvar a Virgem de Nazaré: «Avé, cheia de Graça. O Senhor é convosco!». "Rafael"- que quer dizer "medicina de Deus", ou "Deus cura" - foi o companheiro de viagem de Tobias. É o Anjo benfazejo, que acompanha o jovem Tobias desde Nínive até à Média; e que o defende dos perigos e patrocina o seu casamento com Sara. É ele quem tira da cegueira o velho Tobias. É aquele que cura, que expulsa os demónios. São Rafael é o companheiro de viagem do Homem, seu guia e seu protector nas adversidades. "Miguel" - que significa "Quem como Deus?" -, é o defensor do Povo de Deus no tempo de angústia. É o padroeiro da Igreja Universal, e é aquele que acompanha as Almas dos mortos até o Céu.

quinta-feira, 27 de setembro de 2012

«CREIO EM DEUS PAI TODO-PODEROSO


«Creio em Deus»: é esta a primeira afirmação da profissão de fé e também a mais fundamental. Todo o Símbolo fala de Deus; ao falar também do homem e do mundo, fá-lo em relação a Deus. Os artigos do Credo dependem todos do primeiro, do mesmo modo que todos os mandamentos são uma explicitação do primeiro. Os outros artigos fazem-nos conhecer melhor a Deus, tal como Ele progressivamente Se revelou aos homens. «Os fiéis professam, antes de mais nada, crer em Deus». I. «Creio em um só Deus» É com estas palavras que começa o Símbolo Niceno-Constantinopolitano. A confissão da unicidade de Deus, que radica na Revelação divina da Antiga Aliança, é inseparável da confissão da existência de Deus e tão fundamental como ela. Deus é único; não há senão um só Deus: «A fé cristã crê e professa que há um só Deus, por natureza, por substância e por essência». A Israel, seu povo eleito, Deus revelou-Se como sendo único: «Escuta, Israel! O Senhor, nosso Deus, é o único Senhor. Amarás o Senhor, teu Deus, com todo o teu coração, com toda a tua alma e com todas as tuas forças» (Dt 6, 4-5). Por meio dos profetas, Deus faz apelo a Israel e a todas as nações para que se voltem para Ele, o Único: «Voltai-vos para Mim, e sereis salvos, todos os confins da terra, porque Eu sou Deus e não há outro [...] Diante de Mim se hão-de dobrar todos os joelhos, em Meu nome hão-de jurar todas as línguas. E dirão: "Só no Senhor existem a justiça e o poder"» O próprio Jesus confirma que Deus é «o único Senhor», e que é necessário amá-Lo «com todo o coração, com toda a alma, com todo o entendimento e com todas as forças» (4). Ao mesmo tempo, dá a entender que Ele próprio é «o Senhor» (5). Confessar que «Jesus é o Senhor» é próprio da fé cristã. Isso não vai contra a fé num Deus Único. Do mesmo modo, crer no Espírito Santo, «que é Senhor e dá a Vida», não introduz qualquer espécie de divisão no Deus único: «Nós acreditamos com firmeza e afirmamos simplesmente que há um só Deus verdadeiro, imenso e imutável, incompreensível, todo-poderoso e inefável. Pai e Filho e Espírito Santo: três Pessoas, mas uma só essência, uma só substância ou natureza absolutamente simples».

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

É Jesus que ensina


Jesus ensina, a partir do exemplo, a partir de uma experiência. E coloca como modelo do discípulo, uma criança! Parece dizer-nos: Não é preciso ser muito “inteligente”, para O compreender. O que é preciso é ser sábio, ser simples, humilde, confiante. A fé, não é uma conquista da inteligência. É uma confiança, que o coração dá, à Palavra de Jesus. Hoje e aqui cumpre-se a palavra de Jesus: «quem recebe uma criança, é a Mim que recebe”. Hoje recebemos as crianças, os adolescentes, os pais, os catequistas, o pároco. Recebemo-nos uns aos outros. Porque todos, diante de Cristo, somos seus discípulos. O Sr. Padre, os catequistas, os pais, também são, diante de Jesus, “pequeninos”, que precisam de aprender a confiar e a acreditar nEle.

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Tenhamos com atençao a leitura de Hoje de S. Paulo aos Corintios


Irmãos, 12,31 Aspirai aos dons mais elevados. Eu vou ainda mostrar-vos um caminho incomparavelmente superior. eu falasse todas as línguas, as dos homens e as dos anjos, mas não tivesse caridade, eu seria como um bronze que soa ou um címbalo que retine. Se eu tivesse o dom da profecia, se conhecesse todos os mistérios e toda a ciência, se tivesse toda a fé, a ponto de transportar montanhas, mas se não tivesse caridade, eu não seria nada. Se eu gastasse todos os meus bens para sustento dos pobres, se entregasse o meu corpo às chamas, mas não tivesse caridade, isso de nada me serviria. A caridade é paciente, é benigna; não é invejosa, não é vaidosa, não se ensoberbece; não faz nada de inconveniente, não é interesseira, não se encoleriza, não guarda rancor; não se alegra com a iniquidade, mas regozija-se com a verdade. Suporta tudo, crê tudo, espera tudo, desculpa tudo. A caridade não acabará nunca. As profecias desaparecerão, as línguas cessarão, a ciência desaparecerá. Com efeito, o nosso conhecimento é limitado e a nossa profecia é imperfeita. Mas, quando vier o que é perfeito, desaparecerá o que é imperfeito. Quando eu era criança, falava como criança, pensava como criança, raciocinava como criança. Quando me tornei adulto, rejeitei o que era próprio de criança. Agora nós vemos num espelho, confusamente, mas, então, veremos face a face. Agora, conheço apenas de modo imperfeito, mas, então, conhecerei como sou conhecido. Atualmente permanecem estas três coisas: fé, esperança, caridade. Mas a maior delas é a caridade.

terça-feira, 18 de setembro de 2012

NOSSA SENHORA RAINHA DA PAZ


Querida Mãe, Rainha da Paz, hoje senti um desejo muito grande de estar perto de ti, de falar, de receber o teu amor, o teu carinho tão maternal. Mãe querida, na nossa vida nem tudo é pleno e perfeito. Eu peço a tua intercessão ó doce Mãe e tão querida Amiga. Ajuda-me a afastar para loge tudo o que possa ofender o Teu Filho Jesus. Sei que sendo Rainha da Paz o que mais desejas é a Suprema Paz, que é Jesus. Estejas pois, com cada um de nós. Dá-me a Tua Paz, Ó Mãe, e que esta Paz se derrame sobre todos os teus filhos. Que a Tua Paz Permaneça conosco e que nada nos separe dela. Roga por nós e estende teu manto sobre nós.

Senhor ...


Deus, concedei-me, A serenidade para aceitar as coisas que eu não posso modificar; Coragem para modificar as coisas que posso, e Sabedoria para saber a diferença. Vivendo um dia de cada vez; Desfrutando um momento por vez; Aceitando as dificuldades como o caminho da paz; Tomando, como ele fez, este mundo pecaminoso como ele e, não como eu gostaria que fosse; Confiando em que ele fará todas as coisas certas se eu submeter-me a sua vontade. Que eu possa ser razoavelmente feliz nesta vida; E infinitamente feliz com ele para sempre na próxima. Amém.

domingo, 16 de setembro de 2012

A fé sem obras é morta.


“A fé sem obras está morta” (Tg.2,17)! Esta é, com certeza, uma verdade incontestada e incontestável. Todos diremos, sem quaisquer hesitações, que o amor é a expressão mais concreta e real da nossa fé, pois só a prática do amor, com as suas obras, dá um sinal claro de quanto, e até onde, Cristo nos conquistou o coração; de quanto Ele nos moveu até Ele e nos comoveu, voltando-nos mais para os outros! Então, como São Paulo, poderemos dizer: «o amor de Cristo nos impele» (I Cor. 5,4). Está, por isso, cheio de razão São Tiago, ao dizer-nos hoje: «mostra-me a fé sem as obras, que eu, pelas obras, te mostrarei a minha fé» (Tg.2,18). Isto, no fundo, quer dizer: «só a minha disponibilidade para ir ao encontro do próximo e demonstrar-lhe amor, é que me torna sensível também diante de Deus» (Bento XVI, DCE 18). Ou, dito ainda de modo mais simples e direto: “a fé sem a caridade não dá fruto” (PF 14). Nesta perspetiva, o Santo Padre desafia-nos a que “o Ano da Fé seja também uma ocasião propícia para intensificar o testemunho da caridade” (PF 14). Mas que diríamos nós das obras sem a fé? Diz-nos ainda o Papa, sem papas na língua: “sem a fé, a própria caridade seria um sentimento constantemente à mercê da dúvida”. Pois, se uma fé, sem obras, é uma ilusão sentimental, também as obras, sem a fé, se tornarão facilmente “obras de fachada”. Só a fé, que atua pelo amor (cf. Gal. 5.6) pode realizar as verdadeiras obras, aquelas que não servem à nossa vaidade, mas estão ao serviço dos outros e “glorificam o Pai, que está nos céus” (Mt.5,16). Sem fé, as obras elevam as mãos humanas mas escondem as mãos de Deus, “o autor de todo o bem”!

A Fé.

A fé professada em Cristo é também fé vivida, na prática do amor. Se, com os lábios e o coração, professamos a Cristo, como Senhor e Messias, também, pela fé, O reconhecemos no rosto dos irmãos. Por isso, o Ano da Fé, que se aproxima, é também “ocasião propícia para intensificar o testemunho da caridade” (PF 14). Pois «a fé sem obras está completamente morta» (Tg.2.17). Vamos, neste princípio de ano pastoral, pormo-nos, face a face com Jesus, prontos a dar a cara por Ele, no rosto de cada irmão. Peçamos perdão ao Senhor, pelas vezes em que a nossa fé não atua pela caridade.

sábado, 15 de setembro de 2012

Nossa Senhora das Dores


A Mãe de Cristo estava junto à cruz


O martírio da Virgem é recordado tanto na profecia de Simeão como na história da paixão do Senhor. Diz o santo ancião acerca do Menino Jesus: Este foi predestinado para ser sinal de contradição; e, referindo se a Maria, acrescenta: E uma espada trespassará a tua alma. Na verdade, ó santa Mãe, uma espada trespassou a vossa alma. Porque nunca ela podia atingir a carne do Filho sem atravessar a alma da Mãe. Depois que aquele Jesus – que é de todos, mas especialmente vosso – expirou, a cruel lança que Lhe abriu o lado, sem respeitar sequer um morto a quem já não podia causar dor alguma, não feriu a sua alma mas atravessou a vossa. A alma de Jesus já não estava ali, mas a vossa não podia ser arrancada daquele lugar. Por isso a violência da dor trespassou a vossa alma, e assim, com razão Vos proclamamos mais que mártir, porque os vossos sentimentos de compaixão superaram os sofrimentos corporais do martírio. Não foi, porventura, para Vós mais que uma espada aquela palavra que verdadeiramente trespassa a alma e penetra até à divisão da alma e do espírito: Mulher, eis o teu Filho? Oh que permuta! Entregam Vos João em vez de Jesus, o servo em vez do Senhor, o discípulo em vez do Mestre, o filho de Zebedeu em vez do Filho de Deus, um simples homem em vez do verdadeiro Deus. Como não havia de ser trespassada a vossa afectuosíssima alma ao ouvirdes estas palavras, quando a sua simples lembrança despedaça o nosso coração, apesar de ser tão duro como a pedra e o ferro? Não vos admireis, irmãos, de que Maria seja chamada mártir na sua alma. Admire se quem não se recorda de ter ouvido Paulo mencionar entre as maiores culpas dos pagãos o facto de não terem afecto. Como isso estava longe do coração de Maria! Longe esteja também dos seus servos. Mas talvez alguém possa dizer: «Porventura não sabia Ela que Jesus havia de morrer?». Sem dúvida. Não esperava Ela que Jesus havia de ressuscitar?». Com toda a certeza. «E apesar disso sofreu tanto ao vê l’O crucificado?». Sim, com terrível veemência. Afinal, que espécie de homem és tu, irmão, e que estranha sabedoria é a tua, se te surpreende mais a compaixão de Maria do que a paixão do Filho de Maria? Ele pôde morrer corporalmente e Ela não pôde morrer com Ele em seu coração? A morte de Jesus foi por amor, aquele amor que nenhum homem pode superar; o martírio de Maria teve a sua origem também no amor, ao qual depois do de Cristo, nenhum outro amor se pode comparar.

sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Exaltação da SantaCruz


A Festa da Exaltação da Santa Cruz, que celebramos hoje, 14 de setembro, é a Festa da Exaltação do Cristo vencedor. Para nós cristãos, a cruz é o maior símbolo de nossa fé, cujos traços nós nos persignamos desde o início do dia, quando levantamos, até o fim da noite ao deitarmos. Quando somos apresentados à comunidade cristã, na cerimônia batismal, o primeiro sinal de acolhida é o sinal da cruz traçado em nossa fronte pelo padre, pais e padrinhos, sinalando-nos para sempre com Cristo. A Cruz recorda o Cristo crucificado, o seu sacrifício, o seu martírio que nos trouxe a salvação. Assim sendo, a Igreja há muito tempo passou a celebrar, exaltar e venerar a Cruz, inclusive como símbolo da árvore da vida que se contrapõe à árvore do pecado no paraíso, quando a serpente do paraíso trouxe a morte, a infelicidade a este mundo, incitando os pais a provarem o fruto da árvore proibida. (Gn 3,17-19) No deserto, a serpente também provocou a morte dos filhos de Israel, que reclamavam contra Deus e contra Moisés (Nm 21,4-6). Arrependendo-se do seu pecado, o povo pediu a Moisés que intercedesse junto ao Senhor para livrá-los das serpentes. Assim, o Senhor, com sua bondade infinita, ordenou a Moisés que erguesse no centro do acampamento um poste de madeira com uma serpente de bronze pendurada no alto, dizendo que todo aquele que dirigisse seu olhar para a serpente de bronze se curaria. (Nm 21,8-9) Esses símbolos do passado, muito conhecidos pelo povo (serpente, árvore, pecado, morte), nos dizem que na Festa da Exaltação da Santa Cruz, no lugar da serpente de bronze pendurado no alto de um poste de madeira, encontramos o próprio Jesus levantado no lenho da Cruz. Se o pecado e a morte tiveram sua entrada neste mundo através do demônio (serpente do paraíso) e do deserto, a bênção, a salvação e a vida eterna vêm do Cristo levantado no alto da Cruz, de onde Ele atrai para si os olhares de toda a humanidade. Assim, a Igreja canta na Liturgia Eucarística de Festa: “Santa Cruz adorável, de onde a vida brotou, nós, por Ti redimidos, te cantamos louvor!” A Cruz não é uma divindade, um ídolo feito de madeira, barro ou bronze, mas sim, santa e sagrada, onde pendeu o Salvador do mundo. Traçando o sinal da cruz em nossa fronte, a todo o momento nós louvamos e bendizemos a Santíssima Trindade: Pai, Filho e Espírito Santo, agradecendo o tão grande bem e amor que, pela CRUZ, o Senhor continua a derramar sobre nós.

quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Estará o homem “condenado”a ser livre?


Liberdade, em filosofia, designa de uma maneira negativa, a ausência de submissão, de servidão e de determinação, isto é, ela qualifica a independência do ser humano. De maneira positiva, liberdade é a autonomia e a espontaneidade de um sujeito racional. Isto é, ela qualifica e constitui a condição dos comportamentos humanos voluntários. Este conceito danos a generalidade do que podemos pensar acerca da liberdade. Não se podem separar dois aspectos fundamentais: um primeiro aspecto é de que no homem, toda a sua actividade, todas as suas acções, nascem da vontade; um segundo aspecto de suma importância é que esta vontade é “comandada” pela liberdade. Procuremos expor sinteticamente este aspecto. A vontade determina a acção – a liberdade pode ser coagida pela vontade. Será a liberdade totalmente livre? No mundo em que nos encontramos a coação torna-se como que uma acção do dia-a-dia. Se considerarmos a liberdade como a capacidade do homem em agir com controlo total sobre a situação na qual quer imprimir a sua presença. Perante tudo isto, estará o homem “condenado” a ser livre? Consideramos livre a partir do ponto em que a liberdade faz parte da condição humana, impressa pelo próprio Deus. Contudo, a sua liberdade está sujeita à coação do mundo presente. Coloco aqui várias perguntas que me surgiram? Será hoje o homem “completamente” livre? Terá o homem “capacidade” para viver a liberdade? Para voltamos à pergunta essencial apenas quero referir que o homem é livre na sua essência. Num primeiro ponto, poderíamos considerar que estaria “condenado”, contudo, as limitações à liberdade levam-nos a afirmar que o homem não está “condenado a ser livre”. O homem é livre quando vive em Deus, com Deus e para Deus. Em Deus o homem é livre de se encontrar com a liberdade Com Deus o homem vive sem ser “condenado” Para Deus o homem deve caminhar de encontro à liberdade plena.

Ó Jesus


Benigno Jesus que dissestes: “Pedi ao dono da seara que mande operários para a sua messe”, constantemente Vos pedimos que multipliqueis as vocações sacerdotais. Ó Senhor da Divina seara das almas, escolhei, designai, atraí com força e suavidade para o vosso sacerdócio obreiros evangélicos indissoluvelmente unidos ao vosso Vigário na terra, o Papa, dotados de alma forte e fé inabalável, que tenham o coração a transbordar de amor por Vós afim de que pelo seu ministério, seja Deus glorificado e as almas sejam salvas. Ó Jesus, Sacerdote eterno, daí à vossa Igreja sacerdotes piedosos, zelosos e santos, que a vosso exemplo sejam adoradores perfeitos do Pai que está no Céu. Nós, Vo-lo pedimos por intermédio de Maria Santíssima, nossa e vossa Mãe e Rainha dos Sacerdotes.

terça-feira, 11 de setembro de 2012

BÍBLIA EM FAMÍLIA


João Paulo II, NIMI: 39. Desde o Concílio Vaticano II, que assinalou o papel proeminente da palavra divina na vida da Igreja, muito se avançou certamente na escuta assídua e na leitura atenta da Sagrada Escritura. Foi-lhe garantido o lugar de honra que merece na oração pública da Igreja. A ela recorrem já em larga medida os indivíduos e as comunidades, e há muitos entre os próprios fiéis leigos que dela se ocupam, habilitados com a ajuda preciosa de estudos teológicos e bíblicos. E sobretudo há a obra da evangelização e da catequese que se tem revitalizado precisamente pela atenção à palavra de Deus. É preciso, amados irmãos e irmãs, consolidar e aprofundar esta linha, inclusive com a difusão do livro da Bíblia nas famílias. De modo particular é necessário que a escuta da Palavra se torne um encontro vital, segundo a antiga e sempre válida tradição da lectio divina: esta permite ler o texto bíblico como palavra viva que interpela, orienta, plasma a existência”. Bento XVI, Verbum Domini 85. “De facto, pertence à autêntica paternidade e maternidade a comunicação e o testemunho do sentido da vida em Cristo: através da fidelidade e unidade da vida familiar, os esposos são, para os seus filhos, os primeiros anunciadores da Palavra de Deus. A comunidade eclesial deve sustentá-los e ajudá-los a desenvolverem a oração em família, a escuta da Palavra, o conhecimento da Bíblia. Por isso, desejamos que cada casa tenha a sua Bíblia e a conserve em lugar digno para poder lê-la e utilizá-la na oração. A ajuda necessária pode ser fornecida por sacerdotes, diáconos e leigos bem preparados. Recomenda-se também a formação de pequenas comunidades entre famílias, onde se cultive a oração e a meditação em comum de trechos apropriados da Sagrada Escritura. Os esposos lembrem-se de que «a Palavra de Deus é um amparo precioso inclusive nas dificuldades da vida conjugal e familiar».

domingo, 9 de setembro de 2012

EFFATHÁ


palavra «effathá, abre-te», foi-nos dita, precisamente, no dia do Batismo e nunca mais deixa de ressoar nos nossos corações, com um desejo expresso pela voz da Igreja: «O Senhor Jesus, que fez ouvir os surdos e falar os mudos, te dê a graça de, em breve, poderes ouvir a sua Palavra e professar a fé, para louvor e glória de Deus Pai» (Ritual do Batismo, 65-66;101). Na verdade, cristãos surdos à Palavra serão como tartamudos a anunciar o evangelho. Por isso, «Effatá, abre-te», é a palavra-chave, para a vida e para o Ano da fé! Eis o que tenho a dizer-vos, com toda a alma: “abri nos corações a porta da fé”!

Ir ao coração da


Ir ao coração da fé, implica abrir no coração a porta da fé. Por isso, a palavra de Cristo, é um bater à porta do coração, com um apelo incisivo: Abre-te. Abre-te a Cristo, abre-te aos outros, abre-te todo, a todos e a cada um! É o desafio de Jesus, que se aproxima de nós, para nos desamarrar dos nossos medos, para nos abrir os ouvidos à sua Palavra e nos fazer proclamar as maravilhas de Deus. Em cada Eucaristia, Jesus vem até nós, nós vamos até Ele e Ele nos forma e transforma e nos conforma à sua imagem! Abramos o nosso coração ao toque da sua ternura, para acolhermos a sua misericórdia:

VOLTEI

Effatha