sábado, 24 de agosto de 2013


Sabemos muito pouco sobre os pais de Maria. Também eles estão sob a lei do silêncio e do escondimento que Deus aplicou à vida de Maria e à maior parte da vida histórica de Jesus. Os evangelhos apócrifos falam das suas dificuldades. Um texto da igreja arménia do século XIII diz-nos que Joaquim e Ana eram justos e puros, levavam uma vida piedosa e um comportamento inocente e imune à calúnia. Eram zelosos na oração, no jejum e na abstinência. Eram uma família assídua ao templo, cheia de caridade, incansável no trabalho e, em consequência, rica de bens. Dividiam o rendimento anual em três partes: uma para o Templo e sustento dos sacerdotes; outra para os pobres, e a terceira para eles mesmos. É lógico pensar que Deus os tenha chamado a participar no mistério de Jesus, cuja chegada prepararam. Permanece a glória de terem sido os pais de Nossa Senhora. S. Joaquim e S. Ana encoraja a nossa confiança: Deus é bom e na história da humanidade, história de pecado e de misericórdia, o que fica é a glória, é o positivo que construiu em nós. Joaquim e Ana foram escolhidos entre o povo eleito, mas de dura cerviz, para que, entre esse povo, florescesse Maria e, dela, Jesus. É a maior manifestação do amor misericordioso de Deus. Agradeçamos ao Senhor. Nós somos os ditosos, nós que vemos e ouvimos, o que muitos profetas e justos apenas entreviram na fé e na esperança.

sexta-feira, 23 de agosto de 2013


• Não posso pedir a Jesus que me ame, mas peço a graça de poder amá-Lo. Leão Dehon

Senhor Jesus....


Senhor Jesus, contemplando o teu mistério hoje manifestado na vida e na experiência de Rute, brota do meu coração o Pai nosso, a oração que revela a beleza que salvará o mundo, o rosto do Pai, e a beleza da humanidade, onde descubro o teu próprio rosto, e os de tantos irmãos, filhos do mesmo Pai. Dá a graça de viver tudo isto na oração. Que saiba amar-te sobre todas as coisas, e amar os irmãos como a mim mesmo, como a Ti mesmo, porque Tu me amas. Que, na minha carne de filho, viva a tua paixão pelos homens, que, pelo teu sangue, se tornaram meus irmãos. Amen.

quinta-feira, 22 de agosto de 2013

Maria, sinal glorioso do que nos está reservado


Celebramos hoje uma festa que resume todas as festas em honra de Nossa Senhora. Maria, Mãe do Senhor, que foi santificada desde o começo da sua vida (por isso recebeu o privilégio de ser concebida sem pecado), agora no fim da sua existência na terra foi glorificada e recebida na glória de Deus, com seu corpo e alma. Depois dos acontecimentos da morte e ressurreição de Jesus, Maria terá ido viver com o apóstolo S. João para Éfeso (na atual Turquia), onde ainda hoje se podem ver as ruínas da casa onde teria morrido. Alguns dizem que morreu em Jerusalém. No século VIII já os cristãos de Jerusalém celebravam uma grande festa em honra da dormição de Maria, reunindo-se no lugar onde supunham que Maria estava sepultada. A festa passou depressa a ser celebrada pelos cristãos do ocidente. Mas a Igreja, ao longo dos séculos, foi refletindo sobre o fim da vida de Maria. Escritores e pregadores começaram a dizer que se Maria foi uma perfeita cristã, então também Ela já vive glorificada com o seu Filho. Mas só em 1950, o Papa Pio XII confirmou este pensamento que já era partilhado pelos católicos de todo o mundo. Por isso declarou como dogma de fé que Maria, terminada a peregrinação da sua vida terrena, foi "elevada ao céu em corpo e alma". Uma forma de dizer que toda a sua pessoa vive ressuscitada. Maria glorificada é, por conseguinte, a primeira cristã a alcançar a meta final para a qual todos caminhamos, meta essa que é ver a Deus face a face na plenitude da nossa pessoa. Por isso Maria, como diz o Concílio Vaticano II, anima a nossa esperança de povo peregrino. De facto, Maria foi à nossa frente na fé, na glória e na ressurreição da alma e dor corpo. Isso dá-nos alegria, dá-nos honra, dá-nos esperança. Porque assim a assunção de Maria tornou-se sinal grandioso daquilo que nos está reservado: também nós, se seguirmos o caminho da humildade, da fé e o pleno cumprimento da vontade de Deus, então um dia seremos glorificados e, de corpo e alma, viveremos eternamente felizes na presença do Senhor.

quarta-feira, 21 de agosto de 2013

Papa Pio X


Preocupado ao máximo com a salvação eterna das almas, providenciou que fosse devidamente ensinado o catecismo às crianças e adultos, estabeleceu sábias normas para a pregação, disciplinou a música sacra, introduziu o uso da Comunhão freqüente e até quotidiana, e estabeleceu que as crianças se aproximassem da Primeira Comunhão desde os mais tenros anos. Mestre infalível da verdade, na memorável Encíclica “Pascendi” denunciou e reprimiu com o necessário rigor as doutrinas que formavam uma triste síntese de todos os erros. Trabalhou, de outra parte, na codificação do Direito Canônico, reunindo em um só texto as disposições jurídicas da Igreja proclamadas através dos séculos. Procedeu à revisão da “Vulgata”, isto é do texto oficial da Bíblia, confiando o trabalho aos Beneditinos. Reformou a Cúria Romana, modernizando a organização que Sixto V tinha dado aos Dicastérios e aos Tribunais Eclesiásticos. Criou o Instituto Bíblico, reformou o Breviário e orientou a música sacra para formas de expressão mais puras. Para defesa da Religião restaurou a Ação Católica e deu novo desenvolvimento à ação social dos católicos e às associações operárias e reforçou as Ordens Religiosas com oportunas normas jurídicas. Muito embora penetrado da consciência da autoridade pontifícia, Pio X levou uma vida de simplicidade extrema. Quis que os membros de sua família e especialmente suas irmã, o mesmo fizessem, e nunca lhes permitiu viverem junto dele, no Vaticano. Brando e afável, soube conquistar o afeto das multidões de fiéis. Não vencido pelo trabalho, mas esmagado de dor por causa da cruel guerra européia de 1914, começou a sentir-se mal a 15 de agosto, desse mesmo ano, vindo a falecer santamente logo depois, dia 20 de agosto. O renome de santidade de Giuseppe Sarto começou a correr logo após seu falecimento. Não se tardou em falar de milagres devidos à sua intervenção. Em 1923, os Cardeais residentes em Roma se reuniram em comissão a fim de promoverem sua Beatificação. O processo registrou rápidos progressos e a Beatificação se deu a 3 de julho de 1951. Três anos depois, agora, terminava a causa da Canonização e, finalmente, Sua Santidade Pio XII proclamou Santo da Santa Madre Igreja Católica, Apostólica e Romana. “O Papa da Eucaristia”, o Papa da bondade e da doçura.

segunda-feira, 19 de agosto de 2013

Bernardo de Claraval


foi um influente abade da Igreja Católica na Idade Média. Nascido em 1090 em Borgonha, Bernardo era proveniente de uma família nobre e era um dos sete filhos de Tescelin Sorrel com Aleth de Montbard. Iniciou muito cedo sua vida religiosa. Aos nove anos de idade começou seus estudos na Escola Canônica de Châtillon-sur-Seine. Pouco tempo depois, optou por ingressar na Abadia de Cister. Entusiasta da vida religiosa, Bernardo convenceu vários amigos e parentes a ingressarem também na vida monástica, levando consigo mais 30 candidatos para a Abadia. Em função da dedicação religiosa de Bernardo, foi designado para um projeto que seria de grande apreço para o resto de sua vida, a fundação de uma casa cisterciense em Ville-sur-la-Ferté. A fundação foi chamada de Claraval e Bernardo foi nomeado como abade. Isso tornou Bernardo conhecido como Bernardo de Claraval. Bernardo de Claraval teve anos iniciais difíceis com regras religiosas severas. Porém era um religioso dedicado e interessado. Sua abadia cresceu satisfatoriamente, a ponte de, em 1118, outras serem fundadas para não superlotar Claraval. No ano seguinte, Bernardo de Claraval escreveu suas primeiras obras que aumentariam sua popularidade. Destacou-se também como defensor do reformismo do clero. No final da década de 1110, foi fundada no Oriente a Ordem dos Cavaleiros do Templo de Salomão, ou simplesmente Templários. Alguns anos depois, Bernardo de Claraval tomou conhecimento do objetivo dos monges guerreiros e tornou-se um defensor do ideal. Bernardo de Claraval foi responsável por fazer chegar ao papa Honório II a informação sobre o objetivo dos Templários e, com isso, buscar o reconhecimento e o apoio da Igreja Católica. O encontro com o papa ocorreu no Concílio de Troyes, em 1128, o qual foi muito influenciado por Bernardo. Este conseguiu o reconhecimento da Igreja Católica sobre os Templários e ainda ficou encarregado de escrever o estatuto da Ordem. Bernardo de Claraval, após o Concílio de Troyes, tornou-se uma personalidade muito respeitada no mundo católico, com liberdade para intervir em assuntos políticos e com voz de destaque na defesa dos direitos da Igreja. Com o falecimento do papa Honório II, criou-se um cisma, mas foi Bernardo que influenciou pela escolha de Inocêncio II como papa. Mais tarde, em 1145, Bernardo seria responsável diretamente por outro papa, Eugênio III. Após longos e influentes anos de vida religiosa, Bernardo de Claraval foi responsável por fundar 72 mosteiros, havia mais de 500 abadias cistercienses e mais de 700 monges ligados a Bernardo de Claraval. Bernardo de Claraval faleceu em 1153. Muitos milagres foram atribuídos a ele e o papa Alexandre III o canonizou em 1174 e, muitos séculos mais tarde, foi declarado Doutor da Igreja pelo papa Pio VIII.

Senhor Tu és a minha esperança


Senhor, Tu és a minha esperança. Dá-me um coração confiante, um coração disponível para acolher a tua misericórdia, a tua força, o teu Espírito, que é o único capaz de renovar a face da terra. Que esse mesmo Espírito desça sobre a minha oblação, tal desceu sobre a de Gedeão. Com simplicidade e humildade, ofereço-te o meu ser, o meu coração, as minhas forças. Mas ofereço-te também a minha fraqueza, a minha falta de meios, com total disponibilidade para acolher a tua graça, e assim realizar a missão que me confias. Amen.