segunda-feira, 18 de junho de 2012
SAGRADO CORAÇÂO DE JESUS
. A palavra hebraica, que traduzimos por “coração” (leb ou lebàb) aparece-nos 860 vezes no Antigo Testamento. Se lhe juntarmos a palavra grega “kardía” no Novo Testamento, chegaríamos a um milhar de ocorrências deste conceito na Bíblia. Para nós, ocidentais, o termo «coração» evoca sobretudo a vida afetiva. Um coração pode estar enamorado, pode também ser sensível, generoso, caritativo. Um homem pode ter um coração de ouro ou um coração de pedra. Pode não ter coração ou pode acontecer de este não lhe caber no peito. Para a Bíblia, ao contrário, o coração é uma realidade mais ampla, que inclui todas as formas da vida intelectiva, todo o mundo dos afetos e emoções, assim como a esfera do inconsciente, em que fundem as suas raízes todas as manifestações do espírito humano”. Estamos pois muito longe da aceção a que nos habituaram, quer o sentimentalismo laico (revistas do coração, correio de coração, página do facebook) quer o devocionalismo místico. No Ocidente, dizemos que “pensamos com a cabeça e amamos com o coração”. Na antropologia bíblica dizemos: “Pensamos com o coração. Amamos com as entranhas”.
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