quarta-feira, 24 de setembro de 2014

Estará o homem “condenado”a ser livre?


Liberdade, em filosofia, designa de uma maneira negativa, a ausência de submissão, de servidão e de determinação, isto é, ela qualifica a independência do ser humano. De maneira positiva, liberdade é a autonomia e a espontaneidade de um sujeito racional. Isto é, ela qualifica e constitui a condição dos comportamentos humanos voluntários. Este conceito danos a generalidade do que podemos pensar acerca da liberdade. Não se podem separar dois aspectos fundamentais: um primeiro aspecto é de que no homem, toda a sua actividade, todas as suas acções, nascem da vontade; um segundo aspecto de suma importância é que esta vontade é “comandada” pela liberdade. Procuremos expor sinteticamente este aspecto. A vontade determina a acção – a liberdade pode ser coagida pela vontade. Será a liberdade totalmente livre? No mundo em que nos encontramos a coação torna-se como que uma acção do dia-a-dia. Se considerarmos a liberdade como a capacidade do homem em agir com controlo total sobre a situação na qual quer imprimir a sua presença. Perante tudo isto, estará o homem “condenado” a ser livre? Consideramos livre a partir do ponto em que a liberdade faz parte da condição humana, impressa pelo próprio Deus. Contudo, a sua liberdade está sujeita à coação do mundo presente. Coloco aqui várias perguntas que me surgiram? Será hoje o homem “completamente” livre? Terá o homem “capacidade” para viver a liberdade? Para voltamos à pergunta essencial apenas quero referir que o homem é livre na sua essência. Num primeiro ponto, poderíamos considerar que estaria “condenado”, contudo, as limitações à liberdade levam-nos a afirmar que o homem não está “condenado a ser livre”. O homem é livre quando vive em Deus, com Deus e para Deus. Em Deus o homem é livre de se encontrar com a liberdade Com Deus o homem vive sem ser “condenado” Para Deus o homem deve caminhar de encontro à liberdade plena.

Estará o homem “condenado”a ser livre?


terça-feira, 23 de setembro de 2014

Eu não quero ser...


Eu não quero ser um cristão cómoda Que só se abre em algumas gavetas Eu não quero ser um cristão limão Que é ácido com o irmão Eu não quero ser um cristão parado! Levar a luz a todo o lado, Levar Jesus a todo o lado!Se és de Cristo dá-te todo! Em cada minuto do teu dia A decisão que Jesus tomaria Vai anunciar a Salvação Eu não quero ser um cristão lágrima Que não vive a alegria do amor Eu não quero ser um cristão relógio A minha vida toda é do Senhor Eu não quero ser um cristão falhado! Levar a luz a todo o lado, Levar Jesus a todo o lado! O Senhor murmura-te, O Senhor questiona-te O senhor provoca-te, responde-lhe! Em ti Ele habita, em ti acredita! Em ti Se realiza, dá-Lhe a tua vida! Eu não quero ser um cristão sobre a areia Que não se sente firme na fé Eu não quero ser um cristão escondido Que tem vergonha daquilo em que crê Eu não quero ser um cristão cansado Levar a luz a todo o lado, Levar Jesus a todo o lado!

domingo, 21 de setembro de 2014

Venham trabalhar na minha vinha


Venham trabalhar na minha vinha Dilatar meu Reino entre as nações.Convidar meu povo ao banquete. Quero habitar nos corações. Unidos pela força da oração Ungidos pelo Espírito da missão. Vamos juntos construir Uma Igreja em ação.Venham trabalhar na minha vinha Espalhar na terra o meu amor Muitos não conhecem a Boa Nova Vivem como ovelhas sem pastor. Venham trabalhar na minha vinha Com fervor meu nome proclamar Que ninguém se queixe ao fim do dia Ninguém me chamou a trabalhar.

quarta-feira, 17 de setembro de 2014

Meditadndo


"Vivemos uma mudança de época, e seu nível mais profundo é o cultural. Dissolve-se a concepção integral do ser humano, sua relação com o mundo e com Deus; "aqui está precisamente o grande erro das tendências dominantes do último século... Quem exclui Deus de seu horizonte, falsifica o conceito da realidade e só pode terminar em caminhos equivocados e com receitas destrutivas. Surge hoje, com grande força, uma supervalorização da subjetividade individual. Independentemente de sua forma, a liberdade e a dignidade da pessoa são reconhecidas. O individualismo enfraquece os vínculos comunitários e propõe uma radical transformação do tempo e do espaço, dando papel primordial à imaginação. Os fenômenos sociais, econômicos e tecnológicos estão na base da profunda vivência do tempo, o qual se concebe fixado no próprio presente, trazendo concepções de inconsistência e instabilidade. Deixa-se de lado a preocupação pelo bem comum para dar lugar à realização imediata dos desejos dos indivíduos, à criação de novos e muitas vezes arbitrários direitos individuais, aos problemas da sexualidade, da família, das enfermidades e da morte." (DAp 44).

terça-feira, 16 de setembro de 2014

Voltei, espero que para ficar.


Na verdade hoje em conversa com um grande Amigo que já não falava há muito tempo, disse: " todos os dias vou ao teu Blogger mas não escreves nada desde Maio. É verdade Bom Amigo Valdemar, aqui estou eu hoje a escrever, nada de muito importante, mas dia 22 faz um ano que estas 5 paroquias me foram confiadas. Na verdade este padre de aldeia é muito feliz. Deus escolheu para mim a melhor parte. Abraços

sexta-feira, 9 de maio de 2014


Hoje, mais uma vez parti para os meus afazeres. Vivo no Douro vinhateiro. Todos os dias os meus olhos ficam maravilhados com vinhedos, bem cuidados. Cheguei aqui no tempo das vindimas. Vi colher, vi as folhas ficarem amarelas, caírem de com o frio outonal. Vi podar, vi tratar, e agora tudo novamente verde. Os cachos começam por definir os seus contornos, as castas o seu sabor. Vemos todos os dias a mesmas pessoas que dão vida a esta vida.. Por vezes para o carro, entro vinha a dentro aperto as mãos aqueles homens e mulheres, rostos queimados pelo frio e pelo calor. Estou com eles todos os dias. Gosto de sujar os sapatos com o pó da terra. Agradeço a Deus por eles. Só sentido este povo é que me sinto povo. Sou um simples padre de aldeia mas tenho muito orgulho de o Senhor Jesus me ter escolhido para esta missão, está vinha do Senhor. "Obrigado, pelo vinho que nos deste, fruto da videira e do trabalho do homem , e das mulheres. Que se irá transformar no vinho que nos há- salvar. Obrigado Deus.

quinta-feira, 24 de abril de 2014


Partiste Meu bom amigo. Compreendo é a lei da vida. Conheço-nos num dia em que as amendoeiras estavam floridas, parece que foi ontem, mas não, passaram 29 anos. Estava eu no meu "camarim" improvisado iria entrar em cena , estava pronto, maquilhado. Apareces meu bom amigo à porta, a chamar o meu nome. Fiquei parado, a olhar-te. Porque me procuravas? Porque me chamavas? Só depois compreendi. Tantas recordações, tantos km percorridos, tantas histórias, tantas lembranças, detalhes da tua vida. Partilhas-te tudo comigo. No dia 30 de Junho, quando me davas o ósculo da paz disses- te ao meu ouvido, como o velho, Simeão, " agora posso morrer em paz" Acredita amigo estas bem dento do meu coração, como te vou esquecer? Parartiste, na primavera florida. Deus te receba, Deixas-te-me. Quantas lembranças? Até sempre Amigo Padre.

sexta-feira, 18 de abril de 2014

Sexta Feira Santa


O discípulo predilecto de Jesus foi aquele que, mais de perto, viveu a sua Paixão. No relato que dela nos transmitiu, deixa, sobretudo, transparecer a sua admiração pela maneira como Jesus enfrenta a morte. Não é, na verdade, como um vencido pelo sofrimento que avança para ela. Consciente de que chegara a Sua «Hora», encaminha-Se, livremente e como senhor dos acontecimentos, a cumprir a acção solene, que havia predito e constitui a sua missão. Acompanhando-O no Seu sofrimento, João vê n'Ele o Verbo Encarnado, O Verdadeiro Cordeiro de Deus, cujo Sacrifício redentor se prolongará, sacramentalmente, na Igreja, presente em Maria que junto da Cruz de Jesus e ao lado do Evangelista, se associava à geração da nova humanidade.

segunda-feira, 7 de abril de 2014

Oração a Maria


Oh Maria, minha mãe amada, eu, teu filho, ofereço-me a ti hoje e consagro para sempre, ao teu coração Imaculado tudo o que tenho para viver. O meu corpo, a minha alma, o meu coração, com todos os meus afetos e desejos; todos os sofrimentos, alegrias e lutas. Ofereço-te todas as dores deste dia, em união ao sacrifício eucarístico. Ofereço-te todo o meu ser. Tudo isto, minha Mãe junto às lágrimas e aos teus sofrimentos. E se eu, vencido pelo pecado e pelo orgulho, pelo sofrimento e pela tristeza, vier a esquecer-me de ti, então peço-te, suplico-te pelo Amor que deste a Jesus, que não me deixes só, mas faz com que fique perto do teu coração de modo a participar contigo na glória. Ámen.

quinta-feira, 3 de abril de 2014

O Perdão


“O perdão dos nossos pecados não é algo que podemos dar-nos a nós mesmos. Não posso dizer: «perdoo os meus pecados». O perdão é pedido a outra pessoa, e na Confissão, pedimos o perdão a Jesus. O perdão não é fruto dos nossos esforços, mas uma dádiva, um dom do Espírito Santo, que nos enche do lavacro de misericórdia e de graça, que brota incessantemente do Coração aberto de Cristo Crucificado e Ressuscitado” (PAPA FRANCISCO, Audiência, 19.2.2014).

sábado, 29 de março de 2014

Ir Em frente


Vir à fonte. Ir em frente. Mais uma vez é assim. Desta feita, o poço não é fundo, mas é larga a piscina de Siloé, que quer dizer «o enviado». Ali, um pobre cego recebe, pela água, a clara luz dos seus olhos. O velho homem, perdido na escuridão informe e vazia, de um mundo sem graça e sem cor, regressa, da água, com os olhos abertos e a ver, mesmo sem saber como! Iluminados pelo Baptismo, comecemos por nos deixar olhar por Cristo, reconhecendo o pecado que há em nós.

segunda-feira, 24 de março de 2014

Tenho Fome


Estava a sair da Igreja quando uma mulher mal vestida veio ao meu encontro " Padre, dê-me alguma coisinha!". Como de costume, penso para comigo mesmo, mais uma que conta umas histórias para receber dinheiro. consigo vencer o nervosismo e a pressa, e, e em vez de por a mão no porta moedas, faço-lhe algumas perguntas: "O que queres?". "Padre, as crianças têm fome". "Eu compro-te comida. O que queres? É uma pergunta clássica que distingue quem faz bluff de quem tem mesmo necessidade. "Preciso de esparguete Padre". Não está a fingir. Compro-lhe o esparguete, converso um pouco com o seu filho. Cumprimentamo-nos cordialmente. Fico contente: quando se julga apressadamente, pode nascer sempre algo. E Jesus, que bate à Porta, Não fica do lado de fora.

quinta-feira, 20 de março de 2014

Quaresma


Durante esta Quaresma, queremos colocar-nos entre os pobres e pecadores, não para sermos coniventes e cúmplices no pecado, mas para sentirmos verdadeira necessidade da tua graça, e caminharmos para Ti certos de que seremos libertados das nossas culpas. Confiamos em Ti, Senhor, jamais seremos confundidos. Amen.

quarta-feira, 19 de março de 2014

PAI


Boa noite, Pai. Termina o dia e a ti entrego o meu cansaço. Obrigado por tudo e perdoa-me. Obrigado pela esperança que hoje animou meus passos, pela alegria que vi no rosto das crianças; Obrigado pelo exemplo que recebi dos irmãos; Obrigado, porque nos momentos de desânimo recordo que tu és meu Pai. Obrigado pela luz, pela noite, pela brisa suave. Perdoa-me por tudo Pai e abençoa os meus prepósitos para o dias que se irão seguir. Que ao acordar, me invada um novo entusiasmo, porque sei que tu estas sempre comigo. Amo-te Pai.

segunda-feira, 17 de março de 2014

A Raiz


Muitas vezes os nossos pecados sintetizam-se em três: o orgulho a impureza e a preguiça. Se olharmos com atenção, a nossa história de pecado encontra aqui as suas raizes, as suas causas principais. e se conseguissemos arrancar completamente uma, as outras sobreviveriam sempre um pouco dentro de nós. Mas lutar contra uma significa também lutar contra as outras. Se alguém é humilde, tem possibilidade de vencer as tentaçõrs impuras e não ser apanhado pela moleza. Se alguém é puro, conquista uma verdadeira humildade e uma autêntica e sincera disponibilidade para com os outros. Mas se olharmos bem, apercebemo-nos de que há uma atitude que nos torna vencedores: a caridade. Se alguem ama é humilde. Se alguem ama é puro. Como são verdadeiras as palavras de Santo Agostinho. " Ama a Deus e faz o que quizeres.

sábado, 15 de março de 2014

POUCA COISA.


Há momentos e situações em que nos apercebemos, de modo quase dramático, da nossa incapacidade e limites relativamente à vocação que Deus nos confiou. A tentação, nestes momentos, é entrar em crise, ficar com o moral em baixo e deprimidos. Então podemos fazer duas experiencias que dizem respeito a uma só realidade. A primeira consiste em reconhecer o rosto e a presença de Jesus abandonado no fracasso. Ele foi " o fracassado por excelência, Ele é o nosso fracasso". Reconhece-lo, dizer-lhe: és Tu! E abraça-lo. A segunda consiste em colocarmos perante Deus e repetir, no silêncio e no íntimo do coração, a seguinte oração: " Eu não sou nada, Tu és tudo". E parar de a repetir só quando aquele "Tu és tudo" se tornar maior e mais forte do que o "Eu não sou nada". Porque é que estas duas coisas são uma só? Porque a Páscoa de Jesus é uma única experiencia: da morte... para a vida.

sexta-feira, 14 de março de 2014

AMAR A DEUS COM TUDO

O nosso Deus é um Deus ciumento que quer ser amado acima de todas as coisas. Ele não quer ser dividido com nada nem com ninguém. O shemá hebraico já o diz abertamente: " O Senhor é o nosso Deus. O Senhor é um. Amarás o Senhor teu Deus com todo o coração, com toda a tua mente com todas as tuas forças". O que impressiona é aquele "todas". Deus não quer ser amado com um bocado do nosso coração, com uma parte da nossa mente, com algumas forças. Ele quer ser amado ao máximo: com "Tudo". e se alguém não o ama assim, com esta totalidade, não o ama verdadeiramente. Só Quem ama com "tudo" é que receberá d´Ele o cêntuplo nesta terra e a vida eterna. Eis então a contraprova do nosso amor: se não experimentamos o "cêntuplo" quer dizer que não deixamos tudo para O amar totalmente. Os Santos, eles sim, amavam assim. e tinham uma grande alegria. E experimentavam que o Evangelho é verdadeiro e bonito. Porque amavam. Com tudo.

terça-feira, 11 de março de 2014

Vigiar


A desatenção, a incapacidade para compreender o que se passa no íntimo de nós mesmos, a pressa e a superficialidade com que enfrentamos a vida, tudo isto é contra a "vigilância" a que nos apela o Evangelho. O significa, o facto, de vigiar? Quer dizer prestar atenção ao que acontece na história. Na história que nos é alheia, a dos "grandes" e a das pessoas que todos os dias cruzamos no nosso caminho. Na historia que conhecemos, a que se passa dentro dos nossos corações, as emoções, os desejos, os movimentos do nosso espirito. Diz o Evangelho que é do nosso coração do homem que saem as coisas mais horríveis, mas também que é do nosso coração que o um escriva, tornado discípulo do Reino, pode extrair coisas muito bonitas. Mas tudo isto não acontece, isto é, não pode existir purificação e doação sincera e profunda, se faltar a verdadeira e autêntica vigilância. "Vigiem porque não sabem... para não caírem em tentação..." Demos espaço no nosso coração a esta "atenção consciente" e viveremos melhor a nossa humanidade.

domingo, 9 de março de 2014

S. João de Deus. O Santo que inspirou a minha vida.

Ontem sábado dia 8 de Março.
"É pelo fruto que se conhece a árvore." Mt 12,33b O Santo de hoje é muito conhecido, sobretudo no mundo português. É São João de Deus, português, nascido em Montemor-o-Novo (1495) e falecido em Granada (Espanha, a 8 de Março de 1550). De seu nome João Cidade conta-se que, tendo transportado aos ombros um menino andrajoso que com dificuldade se deslocava, este lhe mostrou uma granada ou romã, com uma representação da Santa Cruz e, referindo-se à cidade espanhola com esse nome, lhe disse: "Granada será a tua Cruz". A seguir desapareceu. A primeira parte da vida deste santo foi marcada por aventuras, algumas até curiosas. Abandonou a casa paterna aos oito anos. Fez-se soldado. Trabalhou em hospitais, como simples servente. Foi criado e comerciante. Manteve um pequeno negócio de livros. Ouvindo um sermão de São João d' Ávila sentiu-se tocado. Desfez-se de todos os seus bens. Reuniu esmolas e foi cuidar de doentes, especialmente dos loucos e dos incuráveis. Entre eles, como ele próprio conta, havia paralíticos, leprosos e até mudos. "Nas horas difíceis - dizia João de Deus - é Jesus Cristo quem provê tudo e dá de comer aos meus queridos doentes". Mantinha ele mais de oitenta hospitais, que fundara só em Espanha. Por isso, tornou-se também o Fundador dos Irmãos dos Enfermos. E foi declarado patrono dos hospitais por Leão XIII.
Pai, estou certo de que, mesmo sendo pecador, sou amado por ti, e posso contar com a tua solidariedade, que me descortina a misericórdia e a justiça como jeito novo de ser.

quinta-feira, 6 de março de 2014

Oração perseverante, humilde e audaz.


Cristo é a salvação e a esperança para cada homem. Nós estamos chamados a anunciá-Lo com a nossa existência diária; devemos ser “sal” e “luz” para os homens e as mulheres de hoje; com a nossa vida exemplar devemos reflectir a luz de Cristo e ser “fermento” de esperança para a humanidade; devemos ser luz e conforto para cada pessoa que encontremos no nosso caminho. Mas é impossível amar como Cristo amou, se Ele mesmo não ama em nós; é impossível seguir Cristo Jesus, se Ele mesmo não vier viver dentro de nós; comunicando-nos o Espírito Santo, Ele entra na nossa existência e vive connosco, a tal ponto que cada cristão possa dizer com S. Paulo: “Já não sou eu que vivo, é Cristo que vive em mim” (Gal 2, 20). E isto não é possível sem oração; a salvação é obra da graça de Deus, e esta não se consegue sem oração: “Se Deus não edifica a casa, em vão trabalham os que a edificam; se Deus não guarda a cidade, em vão a guardam as sentinelas” (Salmo 126, 1).

segunda-feira, 3 de março de 2014

Devemos fazer sempre o que pede o coração.


«Faz o que te pede o coração»! É a resposta de Natã ao Rei David. O rei, pastor e poeta, desassossegado com o desconforto de Deus, sonha um casa para o Senhor. Projeta construir um espaço, encontrar um lugar digno, onde o seu Deus possa habitar e permanecer. A tenda, morada itinerante, parecia-lhe desajustada à condição forte do Todo-Poderoso. Mas Deus parece desconcertar David, nos seus bons intentos. Parece mesmo preferir a condição peregrina da Tenda à estrutura pesada do Templo. Talvez a indicar a David, que não há lugar que a prenda, não há espaço que o limite, não há também para Ele morada permanente... Ou talvez, nesta recusa de Deus em se deixar enclausurar dentro de quatro paredes, o Senhor sugira a David que outra é a morada da sua preferência, outro o seu habitat natural, outro o seu espaço vital. «Faz o que te pede o coração» poderá indiciar outra resposta: faz o que queres, mas fá-lo em teu coração. Sim. É o coração do Homem a morada de Deus, o seu espaço mais recôndito.

Será THEOS o mesmo que ABBA


Theos – significando Deus, o mostrar da vida íntima de Deus. O Novo Testamento grego usa esta expressão singular da palavra Deus, que algumas vezes aparece no plural (ho Theoi). O plural é usado para o hebraico “Elohim” ou o aramaico "Elahin", que é usado várias vezes no Antigo e Novo Testamentos para indicar os diferentes níveis de divindade experimental nos outros reinos, subordinados ao verdadeiro Deus (YHWH). No livro de Daniel, a palavra plural para Deus é usada treze vezes (Daniel 2:47). Jesus fala aos seus ouvintes em João 10:34,35, "Eu disse: Vós sois deuses", sugerindo que os santos são deuses embrionários. Embora geralmente se utilize a forma singular, ela é normalmente expandida com expressões tais como [Ho] Theos [Ho] Aiônios — o Deus Eterno, e Ho Theos Ho Hypsistos — o Deus Altíssimo. Abbá – “Abbá” significa “Pai” em hebraico. “Abbá, Pai, tudo te é possível; afasta de mim este cálice! Mas não se faça o que Eu quero, e sim o que Tu queres.” (Mc 14, 36) Jesus revelou que Deus é “Pai” num sentido inédito: não o é somente enquanto Criador: é Pai eternamente em relação ao seu Filho único, o qual, eternamente, só é Filho em relação ao Pai. “Vós não recebestes um Espírito de escravos para recair no medo, mas recebestes um Espírito de filhos adoptivos, por meio do qual clamamos: Abbá! Pai!” (Rom 8,15) Theos revela-nos a divindade – Abbá revela-nos a proximidade, o relacionamento dos homens com Deus, somos filhos de Deus. Só S. Marcos nos conserva na própria língua original a exclamação filial de Jesus ao Pai: “Abbá ” que é o nome com que os filhos se dirigem intimamente a seus pais, uma confiança filial semelhante é a que há-de ter todo o cristão na sua vida, e de modo especial na oração.

quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

A Poda

Po
daram as vinhas
Só deixaram algumas varas agarradas as cepas. As vides foram todas queimadas.
As videiras parecem mortas.
Despidas feias para serem admiradas.
Mas, das feridas dos cortes, começarão a romper daqui a alguns dias, os primeiros rebentos.
É a vida que recomeça. Mais exuberante e mais bonita que antes.
Aquelas videiras estavam vivas e aquela pode deu-lhe mais vigor.
Assim se passa connosco.
Se estamos vivos, as podas só podem renovar e provocar o nascimento de novos frutos.
Mesmo se muitos cortes sangram e parecem morrer, se estivermos vivos, voltaremos a florir como nunca na nossa relação com Jesus.
Se estivermos vivos...
"Senhor corta os ramos certos... E sê Tu o médico das minhas feridas e o dador da vida nova.
Senhor, Tu que sabes, poda..."

quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

Vazio por Amor

Todos os dias encontramos pessoas que nos acompanham no caminho da vida.  Algumas são conhecidas, outras nem por isso.
Histórias encontradas e que ficaram impressas no meu coração.
A gente não passa por mim anónima; não consigo fingir e dizer que não a conheci no íntimo do meu coração.
No entanto, o Senhor pede- nos que não tenhamos"recordações e pensamentos negativos" depois de um encontro.
Pede o corte e o vazio, para poder vê-lo unicamente nas almas mais próximas.
Saber ver em cada irmão um "Cristo fervoroso" é desejar que Cristo cresça nele em sabedoria, idade e graça.
Está é a pureza interior com que o Senhor nos convida a viver: que vejamos em cada rosto aquele de um Filho. E basta.
Só então crescerá uma unidade total e autêntica com os irmãos que encontramos todos os dias.

Santo do dia

São PorfírioNascido do ano de 353 em Tessalônica da Macedônia, Porfírio foi muito bem formado pelos seus pais, numa busca de piedade e vontade de Deus. Com 25 anos foi para o Egito, onde viveu a austeridade. Depois, seguiu para a Palestina, vivendo como eremita por 5 anos. Devido a uma enfermidade seguiu para Jerusalém, onde se tratou.
São Porfírio percebia que faltava algo. Ele tinha herdado uma grande fortuna, e já tendo discípulos – que vendo a ele seguir a Cristo, também quiseram seguir nosso Senhor nos passos dele – ele ordenou que esses discípulos fossem para Tessalônica e vendessem todos os bens. Ele então, pôde dar tudo aos pobres.
Ele estava muito doente, mas através de uma visão, o Senhor o curou. Mais tarde, passou a trabalhar para ganhar o ‘pão de cada dia’, sempre confiando na Divina Providência.
O Patriarca de Jerusalém o ordenou sacerdote, e depois Bispo em Gaza, tendo grande influência politica e na religiosidade de todo o povo. Por meio do Espírito Santo e das autoridades, conseguiu que os templos pagãos fossem fechados, e os ídolos destruídos. Não para acabar com a religiosidade, mas para apontar a verdadeira religião: Nosso Senhor Jesus Cristo, único Senhor e Salvador.
Faleceu no século V, deixando-nos esse testemunho: nossa fé, nossa caridade, precisam ter uma ressonância dentro e fora da Igreja, para a glória de Deus e Salvação de todas as pessoas.
São Porfírio, rogai por nós!

terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

Correr A Amar

Correr.
Correr sem parar percorrendo a estrada do amor.
Ter mo coração a ânsia e o desejo de amar o próximo.
Correr e amar.
Pôr-se a servir, sem esperar pelo momento mais oportuno ou pela melhor atitude interior. Só existe o momento presente para amar.
O que acontece antes é protagonizado pela misericórdia de Deus. O que acontece depois, é-o pela Sua Providência.
De nada serve ter amado durante anos a fio se não se ama aqui e agora.
E não há desculpas para não amar, nem em nós, nem no nosso irmão.
Recorde-se que "que Deus ama quem dá com alegria". Tudo o que não é vivido e dado com alegria, é feito com constrangimento, contra vontade, sem coração.
A alegria é a medida do amor.
Não esperamos mais tempo para viver assim.
 

O homem e Deus

Antes pensava-se e acreditava-se que, afastando Deus e sendo autónomos, seguindo somente as nossas ideias, a nossa vontade, nos tornaríamos realmente livres, podendo fazer quanto quiséssemos sem que ninguém pudesse dar-nos alguma ordem. Mas, onde desaparece Deus, o homem não se torna grande; ao contrário, perde a dignidade divina, perde o esplendor de Deus no seu rosto. No fim resulta somente o produto de uma evolução cega e, como tal, pode ser usado e abusado. Foi precisamente quanto a experiência desta nossa época confirmou. Somente se Deus é grande, o homem também é grande. Com Maria devemos começar a entender que é assim. Não devemos distanciar-nos de Deus, mas tornar Deus presente; fazer com que Ele seja grande na nossa vida; assim também nós nos tornamos divinos; todo o esplendor da dignidade divina então é nosso. Apliquemos isto à nossa vida. É importante que Deus seja grande entre nós, na vida pública e na vida privada. Na vida pública é importante que Deus esteja presente, por exemplo, através da Cruz nos edifícios públicos, que Deus esteja presente na nossa vida comum, porque somente se Deus está presente temos uma orientação, uma estrada comum; se não os contrastes tornam-se inconciliáveis, deixando de existir o reconhecimento da dignidade comum. Tornemos grande Deus na vida pública e na vida privada. Isto quer dizer, dar espaço todos os dias a Deus na nossa vida, começando de manhã com a oração, e depois dando tempo a Deus, dando o domingo a Deus. Não perdemos o nosso tempo livre se o oferecermos a Deus. Se Deus entra no nosso tempo, todo o tempo se torna maior, mais amplo, mais rico.

segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

Boa noite.

Estou aqui! Lembro- me de uma passagem da carta aos Hebreus"... Entretanto no mundo, Cristo disse: Eis que vim , senhor para fazer a tua vontade". É este o novo sacrifício da nova aliança trazido por Jesus. Também eu, em todas as pequenas ou grandes dores, em todas as alegrias,má saúde e na doença, posso dizer a Deus: Estou aqui. A minha coragem consistirá então em dizer-lhe sim, com a mão dada Àquele que Ama mais do que ninguém. Não sei o que me espera, mas sei que vou estar em belíssima companhia. Santa noite. Abraço.