“Caríssimos, amemo-nos uns aos outros, porque o amor vem de Deus. Todo o que ama nasce de Deus e conhece a Deus. Quem não ama, não conhece a Deus, porque Deus é amor” (1 Jo 4,7-8).
Ao fazer esta afirmação procuro em primeiro lugar confessar com os lábios e com o coração que Deus é Amor. Este conhecimento de Deus pode acontecer parcialmente, mediante a Razão e acontece mais profundamente, mediante a Fé que acolhe a Revelação. A Fé é a resposta da Revelação de Deus, que Se deu a conhecer ao homem, a quem “Se revelou a Si mesmo e manifestou o mistério da Sua vontade
“O Deus da nossa Fé, Aquele que professamos é o Deus de Abraão, nosso pai na Fé”. É “o Deus de Isaac e de Jacob”, isto é, de Israel (Mc 12,26), o Deus de Moisés – e finalmente e sobretudo é “Deus, Pai de Jesus Cristo”Ele, que é a Fonte da Palavra que descreve a Sua progressiva auto manifestação na História, revela-se plenamente no Verbo Encarnado, Filho eterno do Pai.
A afirmação “Deus é Amor” vem coroar toda verdade acerca de Deus, a qual abriu caminho, por meio de numerosas palavras e muitos acontecimentos, até se tornar plena certeza da Fé, com a vinda de Jesus Cristo, e sobretudo com a Sua Cruz e a Sua Ressurreição. São palavras nas quais encontra eco fiel a afirmação do próprio Cristo: “Deus amou de tal forma o mundo, que entregou o seu Filho único, para que todo o que n’Ele acredita não morra, mas tenha a vida eterna” (Jo 3,16).
A nossa Fé – a Fé da Igreja – a minha profissão de Fé, culmina nesta verdade suprema: Deus é Amor. Revelou-Se a Si mesmo, de modo definitivo, como Amor, na Cruz e Ressurreição de Cristo.
A verdade de que Deus é Amor constitui como que o ápice de tudo o que foi revelado “por meio dos profetas e ultimamente por meio do Filho…” – como diz a Epístola aos Hebreus (Hb 1,1). Esta verdade ilumina todo o conteúdo da Revelação divina, e em particular a realidade revelada pela Criação através da Aliança. Se a Criação manifesta a Omnipotência do Deus-Criador, o exercício da Omnipotência explica-se definitivamente por meio do Amor.
Neste Deus que é Amor, creio num Deus que Se fez pequeno, que Se entregou por nós, um Deus que não nos quer amedrontar, mas que Se mostra a cada um de nós com a ternura do infinito amor. O Deus da Cruz é o Deus da caridade, que ama com amor pessoal, porque Ele é amor pessoal. A Cruz oferece-nos o rosto de toda a Trindade, como o rosto do Deus que é Amor.
De facto, Deus é o puro Amor sem mancha.
ResponderEliminarSerá que todos nós sabemos valorizar esse verdadeiro amor que O Pai tem para cada um dos seus filhos?
Na verdade, a grande prova do Seu amor foi entregar ao mundo o Seu Filho Unigénito para que morresse para a remissão de todos os nossos pecados.
Não desprezemos quem nos ama. Amemos todos os nossos irmãos.
Fabrício