quinta-feira, 21 de maio de 2009

A Igreja é o Reino?

Numa citação da Redemptoris Missio n.º 12 de que “o Reino não pode ser separado da Igreja”; e diz-nos o Concílio Vaticano II “Pelo que a Igreja, enriquecida com os dons do seu fundador e guardando fielmente os seus preceitos de caridade, humildade e de abnegação, recebe a missão de anunciar e instaurar o Reino de Cristo e de Deus em todos os povos e constitui germe e principio deste mesmo Reino na terra. Enquanto vai crescendo, suspira pela construção do Reino e espera e deseja juntar-se ao seu Rei na glória”.
Podemos afirmar de que o Reino de Deus é a finalidade, missão e razão de ser últimas da Igreja. Tendo em conta a própria Sagrada Escritura, o Reino de Deus foi profetizado a Israel e instituído por Jesus, é propagado pela Igreja, e só será completado no fim do mundo, quando Cristo, que “deve reinar até pôr todos os inimigos debaixo dos seus pés”, “entregue a Deus Pai o reino”, “para que Deus esteja em todas as coisas”.
O Reino anunciado por Jesus trás a graça e a salvação da parte de Deus. É a salvação do homem em todas as suas dimensões. Esta salvação que, como oferta de Deus exige uma resposta, é universal, dirigida a todos os homens e se tornou presente na história, na pessoa e nas acções de Jesus, mas só alcançará a sua plenitude no fim dos tempos. Quando a Igreja nasce, é motivada pela necessidade de tornar presente o Reino de Deus. Se o Reino de Deus foi o essencial da vida de Jesus Cristo, também será o essencial da vida da Igreja. O Reino de Deus anunciado por Jesus não se pode separar do novo povo de Deus. O Reino de Deus não é uma realidade puramente espiritual e interior, que supõe apenas um compromisso somente na relação pessoal com Deus. É, pelo contrário, a presença da salvação de Deus na história do povo eleito. A obra de Jesus pretende, por conseguinte, reunir o novo povo de Deus, o povo de Deus dos últimos tempos.
A presença de Jesus inaugura o Reino nos que escutam a sua palavra, suscitando assim uma comunidade de fé e de amor na espera da plena manifestação do Reino.
Tomemos as palavras do Catecismo da Igreja Católica (763):
Pertence ao Filho realizar, na plenitude dos tempos, o plano de salvação de seu Pai; tal é o motivo da sua “missão”. “O Senhor Jesus deu inicio à sua Igreja, pregando a boa-nova do advento do Reino de Deus prometido desde há séculos nas Escrituras” (LG 5). Para cumprir a vontade do Pai, Cristo inaugurou na Terra o Reino dos Céus. A Igreja “é o Reino de Cristo já presente em mistério” (LG 3).

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