sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

O dia de hoje comemora-se as Crianças Inocentes que o cruel Herodes mandou matar.


Os santos inocentes são as crianças do sexo masculino que foram sacrificadas na cidade de Belém, cidade onde nasceu Jesus e cujas mortes foram relatadas em Mateus 2:1-18.Essas crianças foram assassinadas pelos soldados cumprindo a ordem do Rei Herodes de modo a prevenir a velha profecia que o Rei dos Judeus e iria nascer naquela cidade e seria o rei de todos os povos. Não entendendo bem o tipo do reino, Herodes ordenou a matança de todas as crianças de menos de um ano. Não se sabe quantos foram assassinados, mas pode-se deduzir que não foram muitos porque a população de Belém não era grande naquela época. Um anjo avisou São José que fugiu com a Sagrada Família para a o Egito, fato esse gravado por vários pintores célebres.

terça-feira, 18 de dezembro de 2012

ANO LITURGICO


ADVENTO


Liturgicamente, o tempo do Advento (do latim adventus = chegada) corresponde às quatro semanas que antecedem o Natal. As quatro velas representam essas quatro semanas e serão acesas, uma a uma, desde o primeiro domingo do Advento até o quarto domingo, sucessivamente. Via de regra as cores das velas devem corresponder à cor do tempo litúrgico - roxa -, diferenciando-se a terceira vela - rosa - como alegre preparação para a vinda do Senhor. Neste sentido, relembramos que as vestes litúrgicas devem ser de cor roxa, como sinal de nossa conversão em preparação para o Natal, com exceção do terceiro domingo, onde o rosa substitui o roxo, revelando o Domingo da Alegria (ou Domingo Gaudette). O Advento deve ser tempo de celebração onde a sobriedade e a moderação são características peculiares da liturgia, evitando-se antecipar a plena alegria da festa do Natal de Jesus. Por isso, neste período não se entoa o "Glória" e nossos passos, nesse recolhimento, seguem em direção ao sublime momento do nascimento de Jesus.

domingo, 16 de dezembro de 2012

Que Devemos Fazer?


Também nós perguntaremos a João Batista: «Que devemos fazer»? Ou «como devemos anunciar a Boa Nova aos pobres»? O Batista sugere-nos duas formas concretas: a primeira, é nem sequer falar de Deus, para deixar Deus falar na eloquência de um gesto de amor, que nem sequer faz ruído. A segunda é anunciar explicitamente a Boa Nova, levando a cada um a alegre notícia do amor de Deus: “o Senhor teu Deus, está perto de ti, como poderoso salvador” (Sof.3,17).

III Domingo do Advento


O nosso caminho de Estrelas aproxima-nos da Luz do Natal e enche o nosso coração de alegria. Neste domingo da alegria, brilha, para nós a Estrela dos pobres, a quem queremos levar a Boa Nova. Depois dos santos e dos profetas, são agora os pobres, que nos guiam ao encontro de Cristo. “A autêntica alegria das «boas festas» está na dádiva generosa aos outros” (CEP, Mensagem de Natal 2012). Acendamos a terceira vela da coroa de Advento, para que, no encontro com os pobres, sejamos conduzidos até Cristo.

sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

S. JOÃO DA CRUZ


S.João da Cruz, o mistico que me enche o coração. A leitura que fiz da sua vida e obra ajudou-me muito no meu descernimento vocacional. S. João da Cruz, ajuda-me a caminhar.

S.João da Cruz


João de Yepes nasceu em Fontiveros, perto de Ávila, Espanha. Seu pai, Gonçalo de Yepes, sendo de nobre família, a tudo renunciou para casar Catarina Álvares, uma pobre órfã. João de Yepes nasceu, num lar pobre, mas de muito amor, a sua pobreza depressa se transformou em miséria com a morte do pai. A partir de então, Catarina, peregrinando de terra em terra, de feira em feira, acabou por se fixar em Medina del Campo onde João foi recolhido num orfanato. Certo homem rico e conceituado fixou-se nas qualidades de João, dando-lhe possibilidades de estudar, ao mesmo tempo que o empregou no hospital de Medina. Dez anos foi o tempo que o jovem João de Yepes passou a tratar de doentes, vítimas de doenças incuráveis, sobretudo a sífilis que era terrivelmente mortal, aqui João conheceu as histórias mais inverosímeis do mundo e as dores mais atrozes dos homens. Na sua juventude foi cobiçado por diversas Ordens Religiosas, e pelo seu benfeitor que pensava nele como capelão do hospital, depois de ordenado sacerdote. Aos 21 anos de idade, sem dizer nada a ninguém, João dirigiu-se ao Convento dos Carmelitas onde tomou o hábito e onde nesse dia recebeu o nome de Frei João de S. Matias. Para João, a escolha da Ordem do Carmo era plenamente justificada: sendo o Carmo a Ordem de Maria e tendo João de Yepes tanto amor à Virgem Nossa Senhora e tendo-o ela livrado de alguns perigos na sua meninice, escolheu servi-la e assim agradecer-lhe. Estudou em Salamanca e cantou Missa em Medina del Campo. Foi aqui que no ano de 1567 conheceu a Madre Teresa de Jesus, que ficou prendada com as suas qualidades e santidade o convida para primeiro Carmelita Descalço e fundador de entre os frades do novo estilo de vida que ela mesma havia iniciado entre as freiras. No Verão de 1568, vestindo já o primeiro hábito de Carmelita Descalço, feito precisamente pela Madre Teresa de Jesus, dirigiu-se a Duruelo onde, durante todo o Verão, foi preparando e transformando uma velha e pobre casa no primeiro convento da nova família do Carmo. No dia 28 de Novembro desse ano, primeiro Domingo do Advento, chegaram Frei António de Jesus e Frei José de Cristo que deram oficialmente início à nossa Ordem. A partir deste dia, Frei João de S. Matias passou a chamar-se Frei João da Cruz. Quando S. Teresa de Jesus foi nomeada priora do convento da Encarnação, em Ávila, pediu a S. João da Cruz que se dirigisse para esta cidade como confessor das freiras deste convento. Aqui permaneceu o nosso Santo durante cinco anos. As pessoas tinham-no por Santo, respeitando-o e amando-o como tal. Foi tentado por uma nobre e formosa mulher de quem nunca revelou o nome. Nesta cidade Frei João pintou o seu célebre desenho de Cristo na Cruz, onde o famoso pintor Dali se inspirou para a sua célebre pintura de Cristo morto sobre o mundo à qual intitulou «Cristo de S. João da Cruz». Frei João da Cruz realizou em Ávila, verdadeiros prodígios, o que levou os abulenses a terem por ele verdadeira admiração e profundo respeito. Os Carmelitas Calçados de Ávila é que não estavam nada contentes com a boa fama e o apreço que o povo tinha por Frei João da Cruz e pelos frades da nova família de Carmelitas, chamada dos Descalços, por ele fundada. Decidiram, por fim, pôr cobro à situação. E a melhor forma que encontraram foi a de prender a alma do Carmo Descalço, Frei João da Cruz. Assim o pensaram e assim o fizeram uma noite, saltaram silenciosamente o muro da casa onde vivia, arrombaram as portas e prenderam Frei João. Levaram-no em segredo para o convento de Toledo. Ninguém teve tempo para reagir, tudo foi feito em grande sigilo e com tanta rapidez e discrição que ninguém pôde intervir. S. Teresa escreveu ao rei Filipe II, mas como ninguém sabia de nada, Frei João continuara na prisão. Os Calçados tentaram fazer por todos os meios, lícitos e ilícitos, que Frei João abandonasse a obra começada. Torturas físicas e psicológicas, belas ofertas, de poder e de riqueza, até mesmo uma cruz de ouro cravejada de pedras preciosas! Ao que Frei João respondeu: «Quem procura seguir a Cristo pobre, não precisa de jóias nem de ouro». Durante nove meses, de Dezembro a Agosto, Frei João permaneceu no cárcere, onde quase morrendo de frio no Inverno, quase asfixiado de calor no Verão, para comer davam-lhe pão, água e algumas sardinhas. Martirizaram o seu corpo com duras disciplinas. Durante mais de meio ano não lhe permitiram mudar ou lavar o hábito. O cárcere consiste num cubículo tão minúsculo que até mesmo Frei João, sendo pequeno de corpo, mal cabia. A 15 de Agosto Frei João pede que lhe deixem celebrar Missa por ser a Festa de Nossa Senhora. Indelicada e brutalmente o Prior recusa o pedido. É então que Frei João da Cruz aproveitando a liberdade que o novo carcereiro concede, Frei João de S. Maria, decide fugir, antes, porém, oferece ao seu carcereiro uma cruz de madeira feita por si, pedindo-lhe perdão de todos os trabalhos que lhe causou. Numa noite de Agosto, correndo os maiores perigos, desconhecendo em absoluto a cidade de Toledo e sem a ajuda de ninguém, muito debilitado fisicamente, no limite das suas forças, tão magro que as apodrecidas tiras de roupa de que se serviu para saltar da janela não rebentaram e assim conseguirá fugir da prisão! Acolheu-se no convento das Carmelitas Descalças que se assustaram e se alvoroçam ao vê-lo, pois mais parecia um morto do que um vivo! Preparam-lhe umas peras assadas com canela! Finalmente seguro! Os Calçados procuram-no, batem às portas do Convento das Descalças mas não encontram Frei João aí bem escondido, toda a tarde as Carmelitas conversaram com o Santo, escutando enlevadas os poemas que tinha escrito na prisão. Entretanto, as Carmelitas pedem ajuda ao administrador do Hospital que levaram Frei João para sua casa, que ficava mesmo ao lado do convento onde tinha estado preso, tudo foi feito durante dois meses para o restabelecer. Em Outubro de 1578 Frei João deixou Toledo e dirigiu-se a Almodôvar onde esteve reunido o Capítulo de Lisboa. Aqui, pela primeira vez, contemplou, S. João da Cruz o mar, que o encantou e atraiu profundamente. Quantos o conheceram em Lisboa ficaram encantados e lhe chamavam Santo. No mês de Junho de 1591, o Capítulo de Madrid deixou-o sem qualquer cargo na Ordem. Frei João desafiou o Geral da Ordem, Frei Nicolau Doria, que discordando dele e chamando-lhe à atenção sobre algumas situações menos claras do seu governo. Eis que paga a factura da sua ousadia singular. Ainda há mais por onde passar e que sofrer. Frei Diogo Evangelista, noutros tempos repreendido pelo Santo, resolve vingar-se dele e difama-o. Depois do Capítulo Frei João partiu para o convento de La Peñuela. No seu interior leva a secreta tarefa de acabar o quanto antes os seus escritos. Na realidade para aí se desloca aguardando que o chamem para embarcar no barco que o levará de Sevilha para as missões do México. É que Frei João se oferecera para ir como missionário para o México. Chegou a La Peñuela e prontamente se dedicou aos seus escritos. Mas uma perna se lhe inflamou a tal ponto que a febre se recusou deixá-lo. Era a cruz preparada para o final do caminho que o devia conduzir, não ao México, mas, como ele próprio disse «a outras Índias melhores e mais ricas de tesouros eternos». De La Peñuela levam-no para Úbeda. O carinho e a alegria com que em Úbeda foi recebido pelos frades da comunidade e pelos leigos que conheciam o Santo era indescritível. O único que destoou foi Frei Francisco Crisóstomo, o prior, que aproveitava todas as ocasiões para o fazer sofrer, vingando-se, assim, de Frei João que noutros tempos o tinha repreendido. A doença agravou-se. Foram cheios de dores atrozes os últimos dias de Frei João. Depois de uma operação dolorosíssima comentou: «Cortem quanto for preciso, em boa hora e a vontade do meu Senhor Jesus Cristo se faça». No dia 7 de Dezembro soube que morreria a 14, por ser Sábado, dia de Nossa Senhora. Durante o dia 13 perguntou insistentemente as horas, dizendo que nesse dia lhe tinha mandado Deus ir cantar Matinas ao Céu. Antes da meia noite, querem os irmãos rezar-lhe as orações dos agonizantes, mas Frei João diz que não faz falta e pede que lhe leiam o Cântico dos Cânticos. Aos primeiros versículos Frei João comenta: «ó que preciosas margaridas tem o céu!» À meia noite, ouvindo o sino exclama: «Vou cantar Matinas para o Céu» e adormeceu dizendo: «Nas Tuas mãos Senhor entrego o meu espírito». Era o dia 14 de Dezembro de 1591, Sábado. Uma voz correndo pela cidade foi gritando que tinha morrido o frade Santo do Carmo. O povo, apesar ser de noite e dura a tempestade, acorre e força os frades a abrirem as portas do convento para venerarem os restos mortais daquele homem a quem todos chamavam Santo

quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Santa Luzia


Santa Luzia (ou Santa Lúcia), cujo nome deriva do latim, é muito amada e invocada como a protetora dos olhos, janela da alma, canal de luz. Conta-se que pertencia a uma família italiana e rica, que lhe deu ótima formação cristã, ao ponto de Luzia ter feito um voto de viver a virgindade perpétua. Com a morte do pai, Luzia soube que sua mãe queria vê-la casada com um jovem de distinta família, porém pagão. Ao pedir um tempo para o discernimento foi para uma romaria ao túmulo da mártir Santa Ágeda, de onde voltou com a certeza da vontade de Deus quanto à virgindade e quanto aos sofrimento por que passaria, como Santa Ágeda. Vendeu tudo, deu aos pobres e logo foi acusada pelo jovem que a queria como esposa. Santa Luzia, não querendo oferecer sacrifício ao deuses e nem quebrar o seu santo voto, teve que enfrentar as autoridades perseguidoras e até a decapitação em 303, para assim testemunhar com a vida, ou morte o que disse: "Adoro a um só Deus verdadeiro, e a ele prometi amor e fidelidade". Somente em 1894 o martírio da jovem Luzia, também chamada Lúcia, foi devidamente confirmado, quando se descobriu uma inscrição escrita em grego antigo sobre o seu sepulcro, em Siracusa, Ilha da Sicília. A inscrição trazia o nome da mártir e confirmava a tradição oral cristã sobre sua morte no início do século IV. Mas a devoção à santa, cujo próprio nome está ligado à visão ("Luzia" deriva de "luz"), já era exaltada desde o século V. Além disso, o papa Gregório Magno, passado mais um século, a incluiu com todo respeito para ser citada no cânone da missa. Os milagres atribuídos à sua intercessão a transformaram numa das santas auxiliadoras da população, que a invocam, principalmente, nas orações para obter cura nas doenças dos olhos ou da cegueira. Diz a antiga tradição oral que essa proteção, pedida a santa Luzia, se deve ao fato de que ela teria arrancado os próprios olhos, entregando-os ao carrasco, preferindo isso a renegar a fé em Cristo. A arte perpetuou seu ato extremo de fidelidade cristã através da pintura e da literatura. Foi enaltecida pelo magnífico escritor Dante Alighieri, na obra "A Divina Comédia", que atribuiu a santa Luzia a função da graça iluminadora. Assim, essa tradição se espalhou através dos séculos, ganhando o mundo inteiro, permanecendo até hoje. Luzia pertencia a uma rica família de Siracusa. Sua mãe, Eutíquia, ao ficar viúva, prometeu dar a filha como esposa a um jovem da Corte local. Mas a moça havia feito voto de virgindade eterna e pediu que o matrimônio fosse adiado. Isso aconteceu porque uma terrível doença acometeu sua mãe. Luzia, então, conseguiu convencer Eutíquia a segui-la em peregrinação até o túmulo de santa Águeda ou Ágata. A mulher voltou curada da viagem e permitiu que a filha mantivesse sua castidade. Além disso, também consentiu que dividisse seu dote milionário com os pobres, como era seu desejo. Entretanto quem não se conformou foi o ex-noivo. Cancelado o casamento, foi denunciar Luzia como cristã ao governador romano. Era o período da perseguição religiosa imposta pelo cruel imperador Diocleciano; assim, a jovem foi levada a julgamento. Como dava extrema importância à virgindade, o governante mandou que a carregassem à força a um prostíbulo, para servir à prostituição. Conta a tradição que, embora Luzia não movesse um dedo, nem dez homens juntos conseguiram levantá-la do chão. Foi, então, condenada a morrer ali mesmo. Os carrascos jogaram sobre seu corpo resina e azeite ferventes, mas ela continuava viva. Somente um golpe de espada em sua garganta conseguiu tirar-lhe a vida. Era o ano 304. Para proteger as relíquias de santa Luzia dos invasores árabes muçulmanos, em 1039, um general bizantino as enviou para Constantinopla, atual território da Turquia. Elas voltaram ao Ocidente por obra de um rico veneziano, seu devoto, que pagou aos soldados da cruzada de 1204 para trazerem sua urna funerária. Santa Luzia é celebrada no dia 13 de dezembro e seu corpo está guardado na Catedral de Veneza, embora algumas pequenas relíquias tenham seguido para a igreja de Siracusa, que a venera no mês de maio também.

quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Bênção digital


Bênção digital Bento XVI estreou esta quarta-feira a sua conta no Twitter, uma rede social que permite enviar mensagens com um máximo de 140 caracteres. O papa já tem mais de um milhão de seguidores. No seu primeiro "tweet" o Papa agradeceu os seus seguidores, abençoando-os a todos. OSSERVATORE ROMANO / AFP

terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Se um homem tiver cem ovelhas e uma de tresmalhar...


Obrigado, Senhor Jesus bom pastor. Obrigado por usares o teu tempo, o teu cuidado, à minha procura. Obrigado por não descansares enquanto eu não voltar ao teu braço.

segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

A caminho do Adevento


E o nosso caminho de Advento prossegue, com a ajuda dos irmãos, sob a guia dos santos, e agora também dos profetas! Os profetas ajudam-nos a atravessar o caminho do deserto, a sonhar e a acreditar, no impossível, quando toda a esperança se desvanece. Na secura severa do deserto, somos guiados, pelos profetas, como estrelas ardentes, que nos guiam, nos caminhos desta terra, para a esperança da meta: eles apontam sempre para a vinda do Messias!

Deixemos que os profetas nos guiem


Enquanto as luzes do Natal chegam às ruas, e quase não nos deixam ver o céu, nós, por cá, contemplamos as estrelas, que nos guiam, no caminho da fé. Depois dos santos, que caminham entre nós, temos agora confirmada a palavra e o testemunho dos profetas, “como uma lâmpada que brilha num lugar escuro, até que o dia desponte e a estrela da manhã nasça nos nossos corações” (cf. II Pe.1,19). Acendamos a segunda vela da coroa de Advento, onde gravamos a estrela ardente dos profetas, que nos guiam nos caminhos desta terra deserta.

sábado, 8 de dezembro de 2012

Peçamos a Maria


. Por agora, peçamos a Maria, que nos dê a chave da fé; que nos abra a porta do impossível; que nos abra aquelas portas, que, todos os dias, se fecham para nós, com o desemprego, os negócios encalhados, tantos diálogos familiares bloqueados. Maria abre-nos, com certeza, a porta, mas deverá perguntar-nos: “já entraste, decididamente, por essa porta da fé, ou só espreitaste por ela”? Neste Natal, Deus bate, uma vez mais, à nossa porta, e espera encontrá-la aberta, de par em par. O desafio deste ano ganha ainda mais força, na palavra e no testemunho de Maria, que não cessa de nos dizer: “Abri nos corações a porta da fé”!

Imaculada Conceição


Entre todos os santos, que caminham entre nós, Maria destaca-se, como a mais santa, das moradas do altíssimo, a cheia de graça, onde não há sombra de pecado. Neste ano, tão especial, a Igreja não deixa de olhar para Maria, como “a mais pura realização da fé” (CIC 149). O «sim» de Maria traduz, ao vivo, o verdadeiro ato de entrega e de confiança, que é típico da fé. Maria é, pois, entre todas, a mais bela criatura humana que responde e corresponde, inteira e livremente, à Palavra de Deus. Ela é a primeira entre os crentes. Vamos reacender a vela da 1ª semana da coroa de advento, cantando a parte do Hino do Ano da Fé, que exalta a fé de Maria.

sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

Santo Ambrósio


Celebramos hoje Santo Ambrósio Santo Ambrósio nasceu em Treves, no ano de 340. Sua figura extraordinária é um símbolo para todos os tempos. Nem era batizado quando foi escolhido bispo de Milão, devido à sua capacidade de manutenção da ordem pública e da condução da população à paz. Foi muito conhecido por sua ação pastoral, política e litúrgica, além de tornar-se um dos autores mais aceitos da Igreja em seu tempo e talvez até hoje. Entre os seus escritos, temos “Os deveres dos ministros”, onde demonstra que o cristianismo pode assimilar, sem perigo, o significado da Boa Nova, os valores morais que o mundo pagão soube expressar. Distinguiu-se também por sua firmeza diante das injustiças de seu tempo.
Santo Ambrósio morreu em Milão no dia 4 de abril de 397

quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

João Batista, o profeta do Advento


Uma das grandes estrelas das narrações do Advento e do Natal, João Batista. Consideremos juntos alguns detalhes da vida de João e vejamos por que é tão bom modelo para nós. João Batista não tem travas na língua. Dizia o que pensava e o que precisava. Hoje nos dirigirá palavras igualmente cruas: tocarão diretamente os pontos fracos das nossas vidas. João Batista pregava o arrependimento com credibilidade porque antes amava a Palavra de Deus, que havia escutado no coração de seu próprio deserto. Escutou, experimentou e viveu a palavra libertadora de Deus no deserto. Sua eficácia no anúncio desta palavra se devia ao fato de que sua vida e sua mensagem eram uma só coisa. A incoerência é uma das coisas mais desalentadoras que temos de enfrentar em nossas vidas. Quantas vezes as nossas palavras, os nossos pensamentos e nossos gestos não são coerentes! Os verdadeiros profetas de Israel  ajudam-nos a lutar contra toda forma de incoerência. Ao longo de toda a história bíblica, os líderes e visionários foram ao deserto para ver com mais clareza, para escutar com atenção a voz de Deus e descobrir outras maneiras de viver. A palavra hebraica para dizer deserto, «midvar», deriva de uma raiz semítica que significa «levar o rebanho ao pasto». «Eremos», a palavra grega utilizada para traduzir «midvar», indica um lugar desolado, pouco povoado, e em seu sentido mais estrito, um terreno abandonado ou deserto. O termo «deserto» tem dois significados diferentes, mas ligados, que fazem referência a algo selvagem e intrigante. Foi precisamente esta dimensão de desconhecido (intrigante) e descontrolado (selvagem) que levaram ao atual termo «deserto». Mas há também outra maneira de compreender o sentido da palavra «deserto». Uma análise atenta da raiz da palavra «midvar» revela a palavra «davar», que significa palavra ou mensagem. A noção hebraica de deserto é, portanto, um lugar santo, no qual é possível escutar, experimentar, viver em liberdade a Palavra de Deus. Vamos ao deserto para escutar a Palavra de Deus, de uma maneira desapegada e completamente livre. O Espírito de Deus permitiu que os profetas experimentassem a presença de Deus. Deste modo, eram capazes de compartilhar as atitudes, os valores, os sentimentos e as emoções de Deus. Este dom lhes permitia ver os acontecimentos de sua época como Deus os via e ter os mesmos sentimentos de Deus diante deles. Compartilham a cólera de Deus, sua compaixão, sua pena, sua decepção, sua repulsa, sua sensibilidade pelas pessoas e sua seriedade. Não viviam estas experiências de maneira abstrata, mas animados pelos mesmos sentimentos de Deus diante dos acontecimentos concretos de sua época. João Batista é o profeta do Advento. Com freqüência é representado apontando com o dedo Aquele que deve vir, Jesus Cristo. Se, seguindo o exemplo de João, preparamos o caminho do Senhor no mundo de hoje, as nossas vidas se converterão também em dedos de testemunhas vivas que mostram que é possível encontrar Jesus, e que está perto. João ofereceu às pessoas de sua época uma experiência de perdão e de salvação, sabendo muito bem que não era o Messias, o que podia salvar. Permitimos aos demais que façam a experiência de Deus, do perdão e da salvação? João Batista veio para ensinar-nos que há um caminho que nos tira das trevas, da tristeza do mundo e da condição humana, e este caminho é o próprio Jesus. O Messias vem para salvar-nos das forças das trevas e da morte, e nos leva pelo caminho da paz e da reconciliação para que voltemos a encontrar nosso caminho para Deus. O teólogo jesuíta Karl Rahner, hoje falecido, escreveu em uma ocasião: «Temos de escutar a voz do que nos chama no deserto, ainda que reconheça: não sou o Messias. Não podeis deixar de escutar esta voz ‘porque não é mais que a voz de um homem’. Do mesmo modo, vós tao pouco podeis deixar de lado a mensagem da Igreja porque a Igreja ‘não é digna de desatar a correia das sandálias de seu Senhor, que a precede’. Nós nos encontramos, de fato, ainda no Advento». Talvez não tenhamos o luxo de viajar ao deserto da Judéia, nem o privilégio de fazer um retiro de Advento no deserto do Sinai. De qualquer forma, podemos certamente encontrar um pequeno deserto no meio das nossas atividades e do barulho da semana. Vamos a esse lugar sagrado e deixemos que a Palavra de Deus nos interpele, que nos cure, que volte a orientar-nos, a levar-nos ao coração de Cristo, de quem esperamos a vinda neste Advento.

terça-feira, 4 de dezembro de 2012

Deus da paciência e da consolação.


Deus da paciência e da consolação: Tu não Te cansas de nos esperar, e dás-nos todo o tempo do mundo, para nos acolheres, escutares e falares ao coração! A tua bondade convida-nos a voltar para Ti, para encontrarmos em Cristo Jesus, Teu Filho, a harmonia dos nossos sentimentos, tão dispersos! Deus da paciência e da consolação: ensina-nos, em casa e em família, a termos tempo uns para os outros! Torna-nos capazes de falarmos ao coração, de calarmos e de dizermos, de corrigirmos e de consolarmos, em tudo e sempre, só por amor! Deus da paciência e da consolação: Dá-nos a coragem de todos os dias, para reatar, entre nós e conTigo, um diálogo sincero e humilde, respeitador e pacífico, de modo que as dificuldades frutifiquem a paciência,

segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

ADEVENTO


: Eis-nos em Advento! Em expetativa! Em esperança! Num tempo em que todos os indicadores económicos e sociais são, no dizer do próprio evangelho, “de angústia e de pavor”, nós queremos erguer e levantar a cabeça, para caminhar ao encontro do Senhor, que vem até nós! Queremos, neste advento, olhar o céu, abrir o coração à fé, dilatar o coração na esperança, progredir no amor. Para isso, somos desafiados a deixarmo-nos guiar, pelas Estrelas, que nos conduzem no caminho da fé.

“Caminhamos carregados de esperas, vagueando na noite! E Tu vens ao nosso encontro em cada dia! És para nós, o Filho do Altíssimo! Com os santos, que caminham entre nós, Senhor, nós Te pedimos: Aumenta. Aumenta a nossa fé!”

Caminhamos carregados de esperas.


São Francisco Xavier


A Igreja que na sua essência é missionária, teve no século XV e XVI um grande impulso do Espírito Santo para evangelizar a América e o Oriente. No Oriente, São Francisco Xavier destacou-se com uma santidade que o levou a ousadia de fundar várias missões, a ponto de ser conhecido como "São Paulo do Oriente". Francisco nasceu no castelo de Xavier, na Espanha, a 7 de abril de 1506, sofreu com a guerra, onde aprendeu a nobreza e a valentia; com dezoito anos foi para Paris estudar, tornando-se doutor e professor. Vaidoso e ambicioso, buscava a glória de si até conhecer Inácio de Loyola, com quem fez amizade; e que sempre repetia ao novo amigo: "Francisco, que adianta o homem ganhar o mundo inteiro se perder a sua alma?" Com o tempo, e intercessão de Inácio, o coração de Francisco foi cedendo ao amor de Jesus, até que entrou no verdadeiro processo de conversão; o resultado se vê no fato de ter se tornado cofundador da Companhia de Jesus. Já como Padre, e empenhado no caminho da santidade, São Francisco Xavier foi designado por Inácio a ir em missão para o Oriente. Na Índia, fez frutuoso trabalho de evangelização que abrangeu todas as classes e idades, ao avançar para o Japão, submeteu-se em aprender a língua e os seus costumes, a fim de anunciar um Cristo encarnado. Ambicionando a China para Cristo, pôs-se a caminho, mas em uma ilha frente a sua nova missão, veio a falecer por causa da forte febre e cansaço. Esse grande santo missionário entrou no Céu com quarenta e seis anos, e percorreu grandes distâncias para anunciar o Evangelho, tanto assim que se colocássemos em uma linha suas viagens, daríamos três vezes a volta na Terra. São Francisco Xavier, com dez anos de apostolado, tornou-se merecidamente o Patrono Universal das Missões ao lado de Santa Teresinha do Menino Jesus. São Francisco Xavier, rogai por nós!

Senhor, aqui estou. Que queres que eu faça? Envia-me para onde quiseres

sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Santo André


André era filho de um pescador da Galiléia de nome Jonas e era irmão de Simão Pedro. André vivia em Capharnaum e era um seguidor de São João Batista antes de ser apresentado a Jesus. Ele reconheceu Jesus imediatamente como sendo o Messias, e foi o seu primeiro apóstolo. Foi André que apresentou Jesus a seu irmão São Pedro. Com Pedro, João e Tiago, André formava o núcleo dos apóstolos de Jesus. Ele é mencionado no novo testamento como estando presente nos mais importantes evento da vida e missão de Jesus. Após a ressurreição de Cristo e Sua Ascensão André recebeu o Dom de Pentecostes com os outros apóstolos .Historiadores do inicio da era cristã mencionam que ele conduziu missões na Capadócia, Galatia, Bithynia Scythia (do Mar Negro até áreas de parte da Turquia e Ásia) Ele pregou também em Thrace, Macedonia e em Téssala na Grécia. Ele foi crucificado numa cruz em forma de X em Patrae ,na Achaea . André foi amarrado, não pregado de modo que seu sofrimento foi mais prolongado. Seu martírio ocorreu no reinado o do Imperador Nero em 30 de novembro de 60 DC. Ele escapou varias vezes da prisão e de julgamentos e de algumas dessas fugas com a ajuda de anjos. Ele enfrentou demônios, salvou um barco naufragado cheio de gente, trouxe pessoas de volta a vida, sofreu perseguições e foi atacado por multidões enfurecidas. Quando ele foi a julgamento em Achaea, André brigou porque não merecia ser crucificado como seu mestre Jesus e ainda na cruz ele continuou a pregar por dois dias. Perto de vir a morrer, uma luz divina envolveu o seu corpo e aqueles que tentavam atormenta-lo ficavam paralisados. O governador romano, Aegeas ficou louco e sua esposa Maximila, que tinha sido batizada por André, foi quem o sepultou. Santo André é o patrono da Escócia, Rússia, Grécia, Burgundy, Espanha, Sicília, Baixa Áustria, Nápoles, Ravenna, Brescia, Amalfi , Mantua , Manila, Bruges, Bordeux e Patras. Ele é ainda o padroeiro dos açougueiros, pescadores, mineiros, fazedores de cordas e dos casamentos. Ele é invocado na proteção contra a gota, contra dores de garganta e tosse e pelos casais com problemas de infertilidade. Algumas relíquias de Santo André foram levadas para Constantinopla (moderna Istambul) e outras relíquias para Ravenna, Milão, Brescia , Nola e Namur. Santo André é mostrado na arte litúrgica da Igreja como pescador ou missionário e normalmente com a sua cruz em forma de X. O início da Advento é sempre no primeiro Domingo após a festa de Santo André. Veja em Diversos como isso pode afetar o ano litúrgico a Sexta da Paixão em relação ao primeiro plenilúrio após o equinócio da primavera.

domingo, 25 de novembro de 2012

Meu Senhor Rei da Eterna Glória


Que o meu sim hoje, seja um sim que Tu preparaste no seio de minha mãe. O meu sim seja pelo de alegria por te servir. Este humilde servo com o seu sim quer abraçar a tua cruz, o teu Reino. Ajuda-me Rei meu.

O meu Rei, é o mair Rei


: A Igreja propõe-nos hoje, que o nosso olhar de fé se fixe no rosto de Cristo, Rei e Senhor do Universo. Jesus não é, com certeza, um «rei» à maneira dos poderosos senhores deste mundo. Ele não veio para dominar sobre povos e territórios, mas veio para dar testemunho da verdade, isto é, para mostrar que Deus é Amor. Ele é Amor e Verdade, e quer o amor, quer a verdade, nunca se impõem: batem sempre à porta do coração e da mente e, onde podem entrar, trazem paz e alegria. É este o seu modo de reinar: ele não reina dominando-nos, mas atraindo-nos no seu amor.

sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Só Deus basta


A poesia conhecida pelo pelo primeiro verso "Nada te turbe" atribuída a Santa Teresa de Jesus, conserva-se em autógrafo da sua mesma letra que se encontrou no seu breviário,o que pode até indicar um tema que lhe fosse. Já o conjunto de glosas, que depois acompanham a composição, pelo seu teor suscita dúvidas a alguns biógrafos acerca da sua autoria. O poema, hoje muito conhecido e divulgado, que até pôde ter constituído um cântico de alma, é o seguinte: "Nada te turbe, Nada te espante, Todo se pasa, Dios no se muda, Lá paciencia, Todo lo alcanza Quien a Dios tiene Nada le falta: Sólo Dios basta". De notar que este último verso tem sido tomado até como lema da mística Teresina em que reconhece o Único que lhe basta, e que com Deus, divino Solitário, dá sentido ao encontro que lhe é bastante, assim " a solas com Ele. Estou à cinco dias a viver numa comunidade Carmelitas descalços, tem sido uma experiência única. Obrigado a todos. G

quinta-feira, 22 de novembro de 2012

S. Cecília, virgem e mártir.( padroeira dos músicos e cantores)


O culto de S. Cecília, que deu o nome a uma basílica construída em Roma no séculoV, difundiu-se amplamente a partir da narração do seu martírio em que ela é exaltada como exemplo perfeitíssimo da mulher cristã que abraçou a virgindade e sofreu o martírio por amor a Cristo.

Alegria da Fé


Sim, Creio que o mundo e a minha vida não provêm do acaso, mas da razão eterna e do amor eterno, e que foram criados pelo Deus Omnipotente. Sim Creio que em Jesus Cristo, na sua encarnação na rua crus e ressurreição, se manifestou o Rosto de Deus. Sim, Creio que o Espírito Santo nos dá a palavra da verdade e ilumina o coração; Creio que, na comunhão da Igreja, nos tornamos todos um só Corpo do Senhor e assim caminhamos ao encontro da Ressurreição e da vida eterna. ( Bento XVI)

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Dia da Igreja Diocesana - Ordenações Diaconais


No próximo dia 25 deste mês celebra-se o Dia da Igreja Diocesana, no qual ocorrem dois acontecimemtos importantes: 1.Abertura oficial do Ano da Fé na nossa Diocese. 2.Ordenações Diaconais. O Pontifical presidido pelo Senhor D. António Couto será às 16.00 horas, na Sé e nele serão Ordenados Diáconos, os Seminaristas: Adriano Filipe Assis e AntónioJúlio Fernandes Pinto, ambos da Paróquia de Vila Nova de Foz Coa Vamos todos rezar por estes novos Diaconos, para que a semelhança de maria o seu seja, um sim fiel a Jesus, e a sua Igreja.

Na verdade, se tivermos em conta, o evangelho de Domingo, o evangelista parece dizer-nos: «Oh vós todos, que andais tristes e aflitos; oh vós todos, que vos sentis afundados na escuridão austera, de um beco sem saída; oh vós todos, que não vedes a luz ao fundo do túnel; oh vós todos, que caminhais, sem rumo, órfãos de estrelas que vos guiem; oh vós todos, que vedes inabaláveis os grandes deste mundo, acreditai: Nenhum desses poderes permanecerá eternamente; nenhuma realidade presente resistirá à erosão do tempo e à irrupção do eterno; a mentira não gozará de impunidade absoluta; a justiça divina não prescreverá, em tempo algum; o mal não terá a última palavra; e o vosso futuro será maior do que a vossa esperança. Por isso, não deserteis, nem desanimeis, nem vos canseis de tanta pressa, porque nenhuma parcela de bem e de bondade, cairá no vazio. Lembrai-vos, que “tudo passa. Só Deus não muda. Quem a Deus tem, nada lhe falta. Só Deus basta” (Santa Teresa). Por isso, confiai e assentai a vossa vida, não nas ideologias, que vos prometem mundos e vos deixam nos fundos da deceção; não aposteis em doutrinas, que o vento leva, na poeira dos séculos; nem vos arrasteis, pelos muitos modos e modas de pensar, mas ponde a vossa confiança, apenas no Senhor, nas suas palavras, porque são palavras de vida eterna, palavras que jamais passarão, com o tempo (cf.Mc.13,31)»!

Hoje precisamos muito de pessoas, como o jovem Daniel, que faz resplandecer, num mundo escuro, a luz da fé. Fazem falta padres, que sejam nossos irmãos e servidores da fé dos irmãos. Precisamos de pessoas, que sejam como «estrelas», que tiram os nossos olhos do chão e nos fazem olhar para o céu, para Deus. Neste dia, pensamos sobretudo nos padres. Precisamos mais dos padres. Padres, que pelo sinal da sua vida consagrada, nos lembrem Deus, o nosso futuro Eterno, de que já não nos lembrávamos! Padres, que nos guiem na fé e na esperança do futuro, que é Deus.

Jesus traz-nos palavras de esperança


Estamos quase a concluir o Ano Litúrgico, este tempo de graça, em que celebramos, a presença ativa e escondida de Jesus, que desceu do céu, para ficar connosco todos os dias, e no dia-a-dia da nossa vida. Em todo o tempo e lugar, Jesus está connosco. Sobretudo, nos tempos mais difíceis, Jesus traz-nos palavras de esperança e a certeza de que tudo passa, mas o Seu amor é eterno e indestrutível. Ao contrário do que nos parecerá, à primeira vista e na primeira escuta das leituras deste domingo passado, afinal «os pensamentos do Senhor são de paz e não de desgraça» (Jer.29,11.12.14, e o seu «evangelho» é mesmo uma boa nova de esperança, para todos nós

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

São Martinho


Ontem celabramos S. Martinho, um
exemplo luminoso de fé e de generosidade é-nos dado, hoje, pela figura popular de São Martinho. Também ele se distinguiu, pela coragem da fé, que o fez abandonar a vida pagã e tornar-se cristão, até escolher a vida monástica e ser eleito bispo. Nele, a fé frutificou em caridade, como é sabido do famoso gesto de repartir a capa, com um «sem-abrigo» da sua época!

Jesus sabe e conheçe tudo


Jesus neste domingo que passou,não era um observador da troika, instalado na capital religiosa de um país ocupado! Nem sabia nada de finanças, nem estava ali a contar os tostões, por causa da crise ou à espera, no templo, do milagre do euro milhões. Mais do que isto, Jesus Cristo, diz o evangelista “observava como cada um deitava o dinheiro na caixa”. Jesus não nos vê, nem nos mede, como números ou à peça. Jesus vê “como” cada um dá! Jesus vê o coração que dá. Para Jesus conta muito mais o que fica no bolso de cada um, do que aquilo que cai na bolsa do templo!

Vem Segue-Me


Cristo entra neste santuário e observa, com toda a atenção, a generosidade do nosso coração. Ele que Se ofereceu todo e a todos, e de uma vez por todas, desafia-nos a amá-lo e a servir a sua Igreja, de coração inteiro, particularmente nos mais pobres. Neste início da Semana dos Seminários, tenhamos presentes os seminaristas e seus formadores. Ofereçamos ao Senhor a alegria das crianças, a ousadia dos adolescentes e sobretudo o entusiasmo dos jovens , para que o Senhor, ao passar e chamar, encontre neles a coragem de dar tudo, e de se darem com amor!

terça-feira, 6 de novembro de 2012

Exame de consciência à luz da Mensagem do Papa para a Quaresma de 2012, mas que se torna muito actual diáriamente


Na sua Mensagem para a Quaresma, o Santo Padre desafia-nos a prestarmos maior atenção aos outros e a estimularmo-nos, na prática do amor e das boas obras. Somos agora convidados a «prestar atenção», a observar bem, a estarmos atentos, a olhar conscienciosamente e a darmo-nos conta sobretudo do que não vai bem, ou podia ir melhor, na nossa própria vida! Não vá acontecer de vermos um argueiro na vista do outro e não nos darmos conta de uma trave na nossa (Lc.6,41)! À luz da Mensagem do Santo Padre, inspirada na exortação da Carta aos Hebreus (10,24), deixemo-nos interpelar por algumas perguntas, num breve exame de consciência: 1. Vivo a minha fé, de modo individualista, esquecendo-me de que sou membro do mesmo Corpo de Cristo, que é a Igreja? Ou procuro viver a fé, em comunhão com os outros, estimulando-os, no caminho do amor e na prática das boas obras? 2. Vivo a minha vida cristã, como um velho hábito e um peso, um cansaço e uma rotina, sem beleza, nem melhoria? Ou procuro, todos os dias, crescer em santidade, na certeza de que, «no caminho da fé, quem não avança, recua»? 3. Tenho o costume de abandonar, sem motivo grave, a assembleia litúrgica e a vida da minha comunidade paroquial? Ou levo a peito o cuidado pela vida espiritual, através da Oração diária, da celebração da reconciliação e da participação dominical na Eucaristia? 4. Tenho o meu coração endurecido, por uma espécie de «anestesia espiritual», que me torna cego ao sofrimento dos outros e surdo ao brado dos pobres? Ou deixo brotar do meu coração as sementes da solidariedade, da justiça, da misericórdia e da compaixão, para com os que mais sofrem? Estou particularmente atento às dificuldades dos meus familiares mais próximos? 5. O meu coração está completamente absorvido pelas minhas coisas e pelos meus problemas? Ou interesso-me realmente pelos outros? Tenho verdadeira solicitude tanto pelo bem material como pelo bem espiritual dos outros? 6. Fico calado, desinteressado e indiferente, diante do mal, por medo, aparente respeito humano, mera comodidade ou vergonha? Ou sou capaz de corrigir os que erram, com amor, mansidão e verdadeira humildade, deixando-me eu próprio corrigir pelos outros? 7. Recuso-me a «pôr a render os talentos» que me foram dados, por Deus, para o bem de todos? Ou manifesto disponibilidade, para servir mais e melhor a família, a sociedade e a comunidade cristã, de que faço parte?

De Jesus


De: Jesus Para: Jovens corajosos Assunto: Preciso de ti Preciso de ti. Para me anunciares ao mundo. Mas não te esqueças de que, mais alto do que as palavras, fala o testemunho. Dá testemunho desta Vida Nova que estou a fazer germinar em ti, e verás que as palavras sobrarão. Os teus irmãos dar-se-ão conta de que és especialmente feliz e tens um jeito diferente de ser, viver e estar com todos. Então se perguntarem qual é o teu segredo fala-lhe de Mim. Sei que não te vais envergonhar de mim. Porque conheço o lugar que tenho na tua vida: não és capaz de viver sem mim. Ora bem, também eu preciso de ti. Preciso de Apóstolos que, em meu nome, anunciem o sentido de plenitude que a vida ganha, quando os corações se abrem à minha presença recriadora. Preciso de discípulos que, em meu nome testemunhem a alegria da Fé, da Esperança e do Amor. Preciso de ti…. Um forte abraço deste teu Irmão: Jesus

Hino de Completas


Nós Te louvamos, Senhor, Ao terminar este dia. Desce a noite sobre nós, Mas a fé nos alumia. Obrigado pela vida, Tua dádiva paterna. Que a apresentemos sem mancha No esplendor da luz eterna. Obrigado pelo muito Que neste dia nos deste E perdoa-nos o pouco Que de nós Tu recebeste. Porque és Pai e és amigo, Sentindo-Te a nosso lado, Damos ao sono da noite O coração sossegado. A Ti, Deus Pai de bondade E a Jesus, Nosso Senhor, E ao Espírito Paráclito, Honra, glória e louvor!

quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Neste Ano da Fé

Neste Ano da Fé, dêmo-nos conta, de que os santos são verdadeiras estrelas no firmamento da história, que nos guiam no caminho da fé. “Pela fé, Maria acolheu a palavra do Anjo e acreditou no anúncio de que seria Mãe de Deus (…) Pela fé, os Apóstolos deixaram tudo para seguir o Mestre. Pela fé, os discípulos formaram a primeira comunidade cristã. Pela fé, os mártires deram a sua vida para testemunhar o Evangelho. Pela fé, homens e mulheres consagraram a sua vida a Cristo, deixando tudo, para viver em simplicidade evangélica. Pela fé, muitos cristãos tornaram-se promotores da justiça. Pela fé, no decurso dos séculos, homens e mulheres, de todas as idades, cujo nome está escrito no Livro da vida (cf. Ap 7, 9; 13, 8), confessaram a beleza de seguir o Senhor Jesus, nos lugares onde eram chamados a dar testemunho do seu ser cristão: na família, na profissão, na vida pública, no exercício dos carismas e ministérios, a que foram chamados” (cf. Porta Fidei, 13).

Todos os Santos

“Será decisivo repassar, durante este Ano, a história da nossa fé, que faz ver o mistério insondável da santidade de Deus, entrelaçada com o pecado dos homens. Enquanto a história da santidade, põe em evidência a grande contribuição que homens e mulheres prestaram para o crescimento e o progresso da comunidade, a realidade do nosso pecado, deve provocar em todos uma sincera e contínua obra de conversão, para experimentar a misericórdia do Pai, que vem ao encontro de todos” (cf. Porta Fidei, 13).

domingo, 28 de outubro de 2012

“Deu um salto e foi ter com Jesus” (Mc 10,50!


Este sim, é um verdadeiro salto vital, um salto de qualidade na fé, um passo em frente, na adesão a Cristo, Único Salvador. Podemos mesmo ver, nos passos da cura deste cego, o nosso próprio caminho da fé, desde o seu desejo de ver a Deus, até chegar à fonte da luz, que o ilumina, desde o batismo. À luz, deste luminoso passo da Escritura, vejamos os três passos fundamentais, no caminho da fé cristã:

Senhor


Pobre, cego e nu, cada um de nós é intercetado no caminho da Vida, pelo olhar atento de Jesus. “Trata-se do encontro, não com uma ideia, nem com um projeto de vida, mas com uma Pessoa viva, que nos transforma em profundidade a nós mesmos, revelando-nos a nossa verdadeira identidade de filhos de Deus” (Bento XVI). Sem a humildade, de quem se reconhece necessitado de salvação, não é possível chegar àquela fé, que verdadeiramente nos salva! Por isso, abeiramos de Cristo, clamando como o cego de Jericó!

terça-feira, 23 de outubro de 2012

Será Que Paramos para Falar com o Senhor?


Diante da correria diária, trabalho, serviços, estudos e outras atividades que fazem parte de nossas vidas, ficam às vezes impossíveis ou esquecidos nosso momento de intimidade com o Senhor. “Intimidade”, aqui, não quero que você entenda somente como ouvir uma música religiosa, fazer leitura bíblica, etc. Mas sim, viver a regra beneditina que consiste no rezar e trabalhar. Pois o Senhor nos diz: “felizes os empregados que o senhor encontrar acordados quando chegar”. Esse “manter-se acordado” estende-se ao serviço, seja na sua Paróquia, na comunidade dentro da sua pastoral ou ministério. Servir e trabalhar naquilo para o qual o Senhor nos chamou. Já descobriste o teu lugar na Paróquia, na comunidade? É fundamental que tu saibas qual o teu lugar e função, aí, para que Deus te fale ao coração. O Senhor nos pede que fiquemos com os rins cingidos e as lâmpadas acesas. Como estão os teus rins e os teus olhos espirituais? A virtude da vigilância é, por si mesma, uma atitude escatológica a aguardar constantemente o retorno do Senhor. Os serviços vigilantes, a representar os membros da comunidade eclesial, são felizes porque o próprio Senhor – por ocasião de Seu advento – fará a função de servo, cingindo-os e colocando-os à mesa. A vigilância escatológica é a virtude de quem aguarda o fato derradeiro. Por isso, o Filho do Homem que há de vir sobre as nuvens dos céus (cf. Dn 7,13), por ocasião da parusia, assemelha-se ao ladrão que não avisa a hora do assalto. A vigilância supõe e exige um estado constante de preparação para o juízo escatológico, colocando os fiéis de Cristo em estado permanente de crise, de modo especial, aqueles que têm a missão de anunciar o Reino à semelhança do administrador fiel e prudente. Neste caso, a escatologia possui uma dimensão presente e eclesial, pois o juízo definitivo supõe a avaliação das atividades atuais dos fiéis, mediante as penas impostas pelo Senhor. A provação dos últimos tempos acentua a responsabilidade histórica do cristão, sobremaneira agradecido pelos bens messiânicos: a quem muito se deu e foi confiado, muito será pedido e reclamado. O importante é não nos desviarmos, não nos distrair. É mantermo-nos sempre alerta, acordado, e esperar pela segunda vinda gloriosa do Nosso Senhor Jesus Cristo.

domingo, 21 de outubro de 2012

“Permaneçamos firmes na profissão da nossa fé”! (Hb 4,14)


Que belo desafio, para quem atravessou, com alegria, a porta da Fé, e porventura, passado algum tempo, já se sente cansado e desanimado, com vontade de voltar atrás! A Carta aos Hebreus, que proclamamos e escutámos, ao longo de sete domingos, como segunda leitura, é um grande sermão, para cristãos desorientados, dos finais dos anos 60, do primeiro século da era cristã. Muitos deles - a maioria seriam judeus - aderiu com grande alegria e entusiasmo a Cristo. Mas, com o tempo, com as dificuldades e as novidades, e também com as ameaças e perseguições à porta, sentem-se desencantados, tentados a desistir da fé, que professaram publicamente. O autor da Carta aos hebreus sacode-lhes o marasmo, o tédio e o cansaço da fé, e parece dizer-lhes: estais a sofrer demasiado, em comparação com o conhecimento que tendes de Jesus Cristo? Sentis-vos desamparados, perante a evolução das coisas e a revolução dos tempos? Estais abalados, por causa das crescentes dificuldades deste mundo, que vos resiste? Achais-vos perdidos, sem rumo nem prumo, perante o vendaval de críticas, de ódios e de perseguições, que se levantam, contra vós, contra a fé, contra a Igreja? Então, “permanecei firmes na profissão da vossa fé. (Hb 4,14) O mesmo é dizer, aprofundai as raízes e as razões da vossa fé!

“Permaneçamos firmes, na profissão da nossa fé”. Eis o apelo, que gostaria de destacar da Palavra de Deus, hoje proclamada! Um apelo, que, de algum modo, nos conduz a fixar o olhar em Cristo, o guia da nossa fé: “Ele foi provado em tudo, à nossa semelhança e pode compadecer-Se de nós” (Hb 4,15). Ele venceu a prova da cruz e superou o obstáculo da morte! E agora, vitorioso, pela Ressurreição, penetrou os céus, e intercede por nós, junto do Pai. Por isso, aproximamo-nos do altar de Deus, cheios de confiança, e alcançaremos misericórdia. Deixemo-lo purificar o nosso coração, daquilo que nos desvia do seu caminho de salvação:

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Santa Teresinha do Menino Jesus


Santa Teresa de Lisieux, conhecida por Teresinha do Menino Jesus, é uma das santas mais características pela sua espiritualidade. Teresinha nasceu em Alençon, norte da França, aos 2 de janeiro de 1873. Seus pais, enquanto jovens, aspiravam, ambos, consagrarem-se a Deus na vida religiosa, mas por circunstâncias especiais não foram aceitos. Então a jovem Zélia Guerin, futura mãe de Teresinha, disse: "Meu Jesus, já que não sou digna de ser vossa esposa como irmã, abraçarei o estado matrimonial para cumprir vossa vontade. Peço-vos, porém, encarecidamente, conceder-me muitos filhos e que vos sejam consagrados". Daquele santo casal nasceram nove filhos. Três faleceram em tenra idade, os demais, todas meninas, tornaram-se religiosas conforme o desejo da mãe. Teresinha ficou órfã de mãe aos quatro anos e sentiu muito esta falta. O pai, depois da morte da esposa, mudou-se com a família para Lisieux, onde tinha um cunhado cuja esposa zelava pela educação das filhas. Teresinha cresceu num ambiente de amor puro e de fé profundamente vivencial e, sendo a caçula do lar, era chamada pelo pai "a minha rainhazinha". As irmãs mais velhas, uma após outra, consagraram-se a Deus na vida religiosa. Teresinha alimentava uma santa inveja da opção das irmãs desejando, quanto antes, acompanhá-las na consagração a Deus. Com a idade de 15 anos, recebeu do Papa Leão XIII a permissão de entrar no Carmelo de Lisieux. Viveu no Carmelo mais oito anos. "Que poderia ter realizado de extraordinário em tão curta existência? Graças a sua autobiografia, com o título História de uma alma, sabemos que a jovem carmelita não fez nada de extraordinário, apenas cumpriu extraordinariamente bem os seus deveres de monja enclausurada. Num momento de entusiasmo, Teresinha escreveu que, por amor ao Amor Supremo, desejava ser cavaleiro das cruzadas, padre, apóstolo, evangelista, missionário, mártir. "Compreendi, escreve, que só o amor fazia agir os membros da Igreja e que se o amor viesse a se extinguir, os apóstolos não anunciariam mais o Evangelho, os mártires recusariam derramar o seu sangue... Compreendi que o amor encerra todas as vocações e que o amor é tudo, abraça todos os tempos e todos os lugares... Numa palavra, o amor é eterno... encontrei minha vocação: o amor!" Estas palavras poderiam parecer românticas, se não fossem corroboradas pela vida de oração, de sacrifícios, de provações, de penitências e de imolação no dia-a-dia da existência de Teresinha como Carmelita. Todos os gestos e sacrifícios, do menor ao maior, oferecia a Deus, pela salvação das almas, e na intenção da Igreja. Santa Teresinha do Menino Jesus e da Sagrada Face esteve como criança para o pai, livre igual a um brinquedo aos cuidados do Menino Jesus, e tomada pelo Espírito de amor, que a ensinou a pequena via da infância espiritual. O mais profundo desejo do coração de Teresinha era ter sido missionária "desde a criação do mundo, até a consumação dos séculos". Sua vida nos deixou como proposta, selada na autobiografia, e como intercessora dos missionários sacerdotes e pecadores que não conheciam Jesus, continua ainda hoje, vivendo o Céu, fazendo o bem aos da terra. Ela mesma testemunha que a primeira palavra que leu sozinha foi: " céus "; agora a última sua entrada nesta morada, pois exclamou : " meu Deus, eu vos amo...eu vos amo ".

SANTA TERESINHA


"Compreendi que a Igreja tinha um corpo, composto de diferentes membros, não lhe faltava o membro mais nobre e mais necessário. Compreendi que a Igreja tinha um coração, e que este coração ardia de amor. Compreendi que só o amor fazia os membros da Igreja agirem, que se o amor viesse a se apagar, os Apóstolos não anunciariam mais o Evangelho, os Mártires se recusariam a derramar seu sangue..." Santa Teresinha do Menino Jesus

sábado, 13 de outubro de 2012

Para refletir com o Evangelho


Tinha já entreaberta, no seu coração insatisfeito, a porta da fé! Este homem, no fulgor da juventude, um rico, a quem não devia faltar nada deste mundo para viver bem, sente e pressente, desde o mais fundo de si mesmo, que ainda lhe falta alguma coisa. Por isso, corre, ansioso, ao encontro de Jesus, e faz-lhe uma pergunta, muito pouco usual entre os mais novos: “Bom Mestre, que hei de fazer, para alcançar a vida eterna” (Mc 10,17)? Não procura dinheiro, saúde, sucesso. Procura uma luz, para orientar a sua vida! Mais do que uma regra moral, para a vida presente, ele quer conhecer o caminho da vida verdadeira, da vida plena. Ele volta-se para o Bom Mestre, na certeza de que só Ele pode responder à questão sobre o bem, porque só Ele é o único, que é bom! Trata-se, para ele, ao fim e ao cabo, de uma questão de vida ou de morte. De algum modo, podemos mesmo dizer, que nesta pergunta essencial, se adivinha o percurso de muitas pessoas do nosso tempo, que vivem “uma busca sincera do sentido último e da verdade definitiva acerca da sua existência e do mundo”. Ora, “esta busca é um verdadeiro preâmbulo da fé, porque move as pessoas pela estrada que conduz ao mistério de Deus”.

quinta-feira, 11 de outubro de 2012



O Papa Bento XVI, nesta quinta-feira deu abertura au "Ano da Fé" coincidindo com o aniversário de 50 anos do histórico Concílio Vaticano II, que modernizou a Igreja católica, e convidou os 1,2 bilhão de católicos do mundo a recuperar a "tensão positiva" daquela ocasião. Centenas de bispos provenientes de todas as partes do mundo fizeram uma procissão pela Praça de São Pedro, num ato parecido com o realizado em 11 de outubro de 1962, quando teve início o Concílio Vaticano II. Ao se aproximar do altar na esplanada, os bispos entoaram um hino composto especialmente para o "Ano da Fé". Quatorze dos 70 religiosos que participaram no Concílio Vaticano II (1962-65), entre eles o monsenhor Leonardo Felice, de 97 anos, ex-arcebispo de Cerreto (Itália), estavam na procissão. Também se encontravam presentes o patriarca ortodoxo de Constantinopla, Bartolomeu I, e o chefe da Igreja Anglicana, o arcebispo Rowan Williams. A cerimônia inaugural deste "Ano da Fé", que será celebrado até novembro de 2013, foi marcada pela recordação do Concílio que modernizou a Igreja depois da convocação do Papa João XXIII, que reuniu então 2.250 bispos provenientes de todos os continentes. Bento XVI aproveitou o lançamento do "Ano da Fé" para fazer um apelo aos católicos para que se inspirem nos documentos do Concílio Vaticano II, "uma expressão luminosa da fé", e para que recuperem a "tensão positiva" de então. Lamentou, no entanto, o "deserto que a fé atravessa em alguns países", mas assegurou que "também no deserto se pode voltar a descobrir o valor que é essencial para viver". Por sua parte, o patriarca da Igreja ortodoxa de Constantinopla, Bartolomeu I, parabenizou o diálogo dentro da Igreja católica. "Nossa presença aqui mostra nosso compromisso para lançar a mensagem de salvação para nossos irmãos mais humildes: os pobres, os marginalizados", explicou. Ao final da cerimônia, o Papa mandou várias "mensagens ao povo de Deus", como fez Paulo VI em 1965, no encerramento do Concílio Vaticano II. Segundo os estudiosos, para o Papa alemão, o Concílio Vaticano II sofreu inúmeros desvios e não deu todos os frutos que deveria, mas continua sendo para a Igreja Católica o principal acontecimento das últimas décadas. O 21º Concílio da história católica permitiu a abertura de uma instituição imóvel em relação às realidades do mundo e permitiu um "aggiornamento" ("modernização") sem precedentes da Igreja, segundo o termo escolhido pela pessoa que o convocou, João XXIII. Dirigido pelo chamado "Papa Bom" e depois por Paulo VI, o Concílio trouxe consigo várias mudanças, entre elas a missa em idiomas vernáculos, a liberdade religiosa, a colaboração com outros credos cristãos e o respeito absoluto de outras religiões. Cinquenta anos depois deste encontro que reuniu 2.251 bispos em Roma, hoje a Igreja está em crise com uma deserção em massa de fiéis, dificuldades de transmitir a mensagem evangélica, crise vocacional e a existência de inúmeros escândalos de corrupção e pedofilia. As correntes conservadoras da Igreja atribuem tudo isso a uma interpretação errônea do Concílio, pois, para elas, as pessoas deixaram de falar de Deus e a religião não é mais ensinada corretamente.

segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Graças ao Senhor Nosso Deus pelas suas Maravilhas


Casamento, divórcio


Era bem mais fácil, escapar ao incómodo da pergunta, sobre o divórcio, e ficarmo-nos hoje, pela parte mais simpática, do acolhimento devido às crianças. Mas, bem vistas as coisas, também as duas questões são indissociáveis! Quem mais do que as crianças, estará entre as vítimas de um casamento desfeito?! A palavra de Jesus, ao contrário do que parece, não nos autoriza, a uma condenação, pura e simples, de uma separação conjugal. Jesus põe o dedo na ferida, e aponta para a raiz do problema: a dureza do coração. E esta dureza visava sobretudo, à época, o machismo dos maridos, que, segundo algumas interpretações mais permissivas da lei, podiam «despedir» a esposa, bastando, para isso, que esta lhes fizesse qualquer coisa desagradável. Ora o projecto original de Deus não contempla o domínio do marido sobre a mulher, mas visa a beleza do ideal conjugal, pelo qual um e outro cheguem a ser e a viver, como «uma só carne», um só coração, uma só alma. Os dois, marido e mulher, são chamados a partilhar o seu amor, a sua intimidade e a vida inteira, com igual dignidade e em comunhão total. Neste sentido, Deus nunca poderá abençoar uma estrutura que gere a superioridade do homem e a submissão da mulher. Se há alguma submissão, esta é de ambos e para ambos, no amor de Cristo!

quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Ano da Fé


Sua Santidade, o Papa Bento XVI, decidiu proclamar um “Ano da Fé”. Começará no dia 11 de outubro de 2012, no cinquentenário da abertura do Concílio Ecumênico Vaticano II, e aniversário de vinte anos da publicação do Catecismo da Igreja Católica, e terminará na Solenidade de Nosso Senhor Jesus Cristo Rei do Universo, no dia 24 de novembro de 2013. Nesse mesmo mês estaremos vivendo mais um Sínodo dos Bispos, cujo tema será sobre a Nova Evangelização. Todos nós, os católicos, devemos participar desse ano com “todo seu coração, com toda sua alma e com todo seu entendimento” (Mt 22,37). Mas qual é o sentido do Ano da Fé? A fé ainda tem espaço em nossa cultura secularizada? Em um mundo cheio de misérias, fome, guerras, onde Deus parece não ter lugar e nem vez, não seria uma alienação proclamar um Ano da Fé? Para que serve a fé? Esses e outros interrogantes são propostos aos cristãos. Respondê-los se faz necessário para todos os que desejam viver sua fé com consciência, e não apenas como uma herança de seus pais e avós esquecida e guardada em um canto perdido da própria vida, e que não possui nenhuma incidência concreta no modo de viver, pensar, ser e relacionar-se. O cristão diante dessa problemática não se cala e nem deve se calar. Devemos descobrir na oração os desígnios de Deus e dar respostas adequadas. Gostaria de convidá-los a percorrer comigo um itinerário que nos leve a descobrir o significado, importância e necessidade do Ano da Fé. a. O Ano da Fé significa agradecer O ser humano, em seu estado natural, possui inteligência e vontade com potencialidades infinitas. A beleza que surge das mãos dos homens é um reflexo da beleza que surge das mãos do Criador. No entanto, não quis Deus que o homem permanecesse apenas em seu estado natural e nos deu o dom da fé. O dom da fé e da graça eleva o homem ao estado sobrenatural, somos filhos de Deus (1Jo 3,1). Neste estado podemos dizer com São Paulo “Já não sou eu que vivo, é Cristo que vive em mim” (Gal 2,20). O estado sobrenatural não está em conflito com o estado natural. A graça não destrói a natureza, a supõe, eleva e aperfeiçoa.

terça-feira, 2 de outubro de 2012

Santos Anjos da Guarda


A Igreja comemora, no dia 02 de Outubro, a festa dos Santos Anjos da Guarda. São eles espíritos celestes a quem Deus confiou a guarda e proteção dos homens. A cada ser humano, desde a hora de seu nascimento, foi confiado um Anjo da Guarda, que o acompanhará até o dia de sua morte, protegendo e assistindo não só contra os perigos temporais, mas especialmente contra os perigos espirituais. Embora o homem moderno procure desmistificar sua existência ou a sua permanência ao lado do homem como fiel companheiro, há provas evidentes e indiscutíveis nas Sagradas Escrituras sobre o seu ofício divino. Devemos ao Santo Anjo um afeto todo especial e temos por obrigação amá-lo, honrá-lo e invocá-lo, pois é um grande amigo que temos e que vê incessantemente a face de Deus que está no Céu. Do berço até o túmulo, o Anjo da guarda vela por nós, nos defende e desvia das ciladas do demônio. "Como um leão, ruge ao nosso lado", o demônio procura de todas as formas afastar o homem do caminho da virtude. É o que nos afirma São Pedro em sua primeira carta, capítulo 5, versículos 8 e 9: "Sede sóbrios e vigiai, porque o diabo, vosso adversário, anda ao redor de vós, como leão que ruge, buscando a quem possa devorar. 9. Resisti-lhe fortes na fé, cientes que vossos irmãos, espalhados pelo mundo, sofrem a mesma tribulação."

Neste dia em que fazemos memória do nosso protetor, a Igreja termina assim o hino e oração da manhã: "Salvai por vosso filho a nós, no amor; ungidos sejamos pelos anjos; por Deus trino, protegidos!" A palavra anjo significa, "enviado, mensageiro divino", muitas vezes encontramos as manifestações dos anjos como missionários de Deus, e por isso, com clareza lemos no salmo 91: "Pois Ele encarregará seus anjos de guardar-te em todos os teus caminhos". Quando nos deparamos com a Anunciação e outros Mistérios da vida de Jesus, conseguimos perceber que este salmo profetiza a presença dos anjos na vida do Senhor. Ora, Cristo é o primogênito de todas as criaturas, nosso irmão e modelo. Se portanto sua humanidade, apesar de unida com a Divindade, era continuamente protegida por anjos, logo quanto mais devemos ser nós, seus membros tão frágeis. Tanto o Pai quer isto que revelou a Jesus: "Guardai-vos de desprezar algum desses pequeninos, pois eu vos digo, nos céus os seus anjos se mantêm sem cessar na presença do meu Pai que está nos

sábado, 29 de setembro de 2012

Festa dos Santos Anjos


"Gabriel" - que significa "Deus é forte", ou "aquele que está na presença de Deus" - aparece no assim chamado Evangelho da Infância, como Mensageiro da Boa Nova do Reino de Deus, que já está presente na pessoa de Jesus de Nazaré, nascido de Maria. É ele quem anuncia o nascimento de João Baptista e de Jesus Cristo. Anuncia, portanto, o surgimento de uma "nova era", um tempo de esperança e de salvação para todos os Homens. É ele quem, pela primeira vez, profere aquelas palavras que todas as gerações hão-de repetir para saudar e louvar a Virgem de Nazaré: «Avé, cheia de Graça. O Senhor é convosco!». "Rafael"- que quer dizer "medicina de Deus", ou "Deus cura" - foi o companheiro de viagem de Tobias. É o Anjo benfazejo, que acompanha o jovem Tobias desde Nínive até à Média; e que o defende dos perigos e patrocina o seu casamento com Sara. É ele quem tira da cegueira o velho Tobias. É aquele que cura, que expulsa os demónios. São Rafael é o companheiro de viagem do Homem, seu guia e seu protector nas adversidades. "Miguel" - que significa "Quem como Deus?" -, é o defensor do Povo de Deus no tempo de angústia. É o padroeiro da Igreja Universal, e é aquele que acompanha as Almas dos mortos até o Céu.

quinta-feira, 27 de setembro de 2012

«CREIO EM DEUS PAI TODO-PODEROSO


«Creio em Deus»: é esta a primeira afirmação da profissão de fé e também a mais fundamental. Todo o Símbolo fala de Deus; ao falar também do homem e do mundo, fá-lo em relação a Deus. Os artigos do Credo dependem todos do primeiro, do mesmo modo que todos os mandamentos são uma explicitação do primeiro. Os outros artigos fazem-nos conhecer melhor a Deus, tal como Ele progressivamente Se revelou aos homens. «Os fiéis professam, antes de mais nada, crer em Deus». I. «Creio em um só Deus» É com estas palavras que começa o Símbolo Niceno-Constantinopolitano. A confissão da unicidade de Deus, que radica na Revelação divina da Antiga Aliança, é inseparável da confissão da existência de Deus e tão fundamental como ela. Deus é único; não há senão um só Deus: «A fé cristã crê e professa que há um só Deus, por natureza, por substância e por essência». A Israel, seu povo eleito, Deus revelou-Se como sendo único: «Escuta, Israel! O Senhor, nosso Deus, é o único Senhor. Amarás o Senhor, teu Deus, com todo o teu coração, com toda a tua alma e com todas as tuas forças» (Dt 6, 4-5). Por meio dos profetas, Deus faz apelo a Israel e a todas as nações para que se voltem para Ele, o Único: «Voltai-vos para Mim, e sereis salvos, todos os confins da terra, porque Eu sou Deus e não há outro [...] Diante de Mim se hão-de dobrar todos os joelhos, em Meu nome hão-de jurar todas as línguas. E dirão: "Só no Senhor existem a justiça e o poder"» O próprio Jesus confirma que Deus é «o único Senhor», e que é necessário amá-Lo «com todo o coração, com toda a alma, com todo o entendimento e com todas as forças» (4). Ao mesmo tempo, dá a entender que Ele próprio é «o Senhor» (5). Confessar que «Jesus é o Senhor» é próprio da fé cristã. Isso não vai contra a fé num Deus Único. Do mesmo modo, crer no Espírito Santo, «que é Senhor e dá a Vida», não introduz qualquer espécie de divisão no Deus único: «Nós acreditamos com firmeza e afirmamos simplesmente que há um só Deus verdadeiro, imenso e imutável, incompreensível, todo-poderoso e inefável. Pai e Filho e Espírito Santo: três Pessoas, mas uma só essência, uma só substância ou natureza absolutamente simples».

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

É Jesus que ensina


Jesus ensina, a partir do exemplo, a partir de uma experiência. E coloca como modelo do discípulo, uma criança! Parece dizer-nos: Não é preciso ser muito “inteligente”, para O compreender. O que é preciso é ser sábio, ser simples, humilde, confiante. A fé, não é uma conquista da inteligência. É uma confiança, que o coração dá, à Palavra de Jesus. Hoje e aqui cumpre-se a palavra de Jesus: «quem recebe uma criança, é a Mim que recebe”. Hoje recebemos as crianças, os adolescentes, os pais, os catequistas, o pároco. Recebemo-nos uns aos outros. Porque todos, diante de Cristo, somos seus discípulos. O Sr. Padre, os catequistas, os pais, também são, diante de Jesus, “pequeninos”, que precisam de aprender a confiar e a acreditar nEle.

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Tenhamos com atençao a leitura de Hoje de S. Paulo aos Corintios


Irmãos, 12,31 Aspirai aos dons mais elevados. Eu vou ainda mostrar-vos um caminho incomparavelmente superior. eu falasse todas as línguas, as dos homens e as dos anjos, mas não tivesse caridade, eu seria como um bronze que soa ou um címbalo que retine. Se eu tivesse o dom da profecia, se conhecesse todos os mistérios e toda a ciência, se tivesse toda a fé, a ponto de transportar montanhas, mas se não tivesse caridade, eu não seria nada. Se eu gastasse todos os meus bens para sustento dos pobres, se entregasse o meu corpo às chamas, mas não tivesse caridade, isso de nada me serviria. A caridade é paciente, é benigna; não é invejosa, não é vaidosa, não se ensoberbece; não faz nada de inconveniente, não é interesseira, não se encoleriza, não guarda rancor; não se alegra com a iniquidade, mas regozija-se com a verdade. Suporta tudo, crê tudo, espera tudo, desculpa tudo. A caridade não acabará nunca. As profecias desaparecerão, as línguas cessarão, a ciência desaparecerá. Com efeito, o nosso conhecimento é limitado e a nossa profecia é imperfeita. Mas, quando vier o que é perfeito, desaparecerá o que é imperfeito. Quando eu era criança, falava como criança, pensava como criança, raciocinava como criança. Quando me tornei adulto, rejeitei o que era próprio de criança. Agora nós vemos num espelho, confusamente, mas, então, veremos face a face. Agora, conheço apenas de modo imperfeito, mas, então, conhecerei como sou conhecido. Atualmente permanecem estas três coisas: fé, esperança, caridade. Mas a maior delas é a caridade.

terça-feira, 18 de setembro de 2012

NOSSA SENHORA RAINHA DA PAZ


Querida Mãe, Rainha da Paz, hoje senti um desejo muito grande de estar perto de ti, de falar, de receber o teu amor, o teu carinho tão maternal. Mãe querida, na nossa vida nem tudo é pleno e perfeito. Eu peço a tua intercessão ó doce Mãe e tão querida Amiga. Ajuda-me a afastar para loge tudo o que possa ofender o Teu Filho Jesus. Sei que sendo Rainha da Paz o que mais desejas é a Suprema Paz, que é Jesus. Estejas pois, com cada um de nós. Dá-me a Tua Paz, Ó Mãe, e que esta Paz se derrame sobre todos os teus filhos. Que a Tua Paz Permaneça conosco e que nada nos separe dela. Roga por nós e estende teu manto sobre nós.

Senhor ...


Deus, concedei-me, A serenidade para aceitar as coisas que eu não posso modificar; Coragem para modificar as coisas que posso, e Sabedoria para saber a diferença. Vivendo um dia de cada vez; Desfrutando um momento por vez; Aceitando as dificuldades como o caminho da paz; Tomando, como ele fez, este mundo pecaminoso como ele e, não como eu gostaria que fosse; Confiando em que ele fará todas as coisas certas se eu submeter-me a sua vontade. Que eu possa ser razoavelmente feliz nesta vida; E infinitamente feliz com ele para sempre na próxima. Amém.

domingo, 16 de setembro de 2012

A fé sem obras é morta.


“A fé sem obras está morta” (Tg.2,17)! Esta é, com certeza, uma verdade incontestada e incontestável. Todos diremos, sem quaisquer hesitações, que o amor é a expressão mais concreta e real da nossa fé, pois só a prática do amor, com as suas obras, dá um sinal claro de quanto, e até onde, Cristo nos conquistou o coração; de quanto Ele nos moveu até Ele e nos comoveu, voltando-nos mais para os outros! Então, como São Paulo, poderemos dizer: «o amor de Cristo nos impele» (I Cor. 5,4). Está, por isso, cheio de razão São Tiago, ao dizer-nos hoje: «mostra-me a fé sem as obras, que eu, pelas obras, te mostrarei a minha fé» (Tg.2,18). Isto, no fundo, quer dizer: «só a minha disponibilidade para ir ao encontro do próximo e demonstrar-lhe amor, é que me torna sensível também diante de Deus» (Bento XVI, DCE 18). Ou, dito ainda de modo mais simples e direto: “a fé sem a caridade não dá fruto” (PF 14). Nesta perspetiva, o Santo Padre desafia-nos a que “o Ano da Fé seja também uma ocasião propícia para intensificar o testemunho da caridade” (PF 14). Mas que diríamos nós das obras sem a fé? Diz-nos ainda o Papa, sem papas na língua: “sem a fé, a própria caridade seria um sentimento constantemente à mercê da dúvida”. Pois, se uma fé, sem obras, é uma ilusão sentimental, também as obras, sem a fé, se tornarão facilmente “obras de fachada”. Só a fé, que atua pelo amor (cf. Gal. 5.6) pode realizar as verdadeiras obras, aquelas que não servem à nossa vaidade, mas estão ao serviço dos outros e “glorificam o Pai, que está nos céus” (Mt.5,16). Sem fé, as obras elevam as mãos humanas mas escondem as mãos de Deus, “o autor de todo o bem”!

A Fé.

A fé professada em Cristo é também fé vivida, na prática do amor. Se, com os lábios e o coração, professamos a Cristo, como Senhor e Messias, também, pela fé, O reconhecemos no rosto dos irmãos. Por isso, o Ano da Fé, que se aproxima, é também “ocasião propícia para intensificar o testemunho da caridade” (PF 14). Pois «a fé sem obras está completamente morta» (Tg.2.17). Vamos, neste princípio de ano pastoral, pormo-nos, face a face com Jesus, prontos a dar a cara por Ele, no rosto de cada irmão. Peçamos perdão ao Senhor, pelas vezes em que a nossa fé não atua pela caridade.

sábado, 15 de setembro de 2012

Nossa Senhora das Dores


A Mãe de Cristo estava junto à cruz


O martírio da Virgem é recordado tanto na profecia de Simeão como na história da paixão do Senhor. Diz o santo ancião acerca do Menino Jesus: Este foi predestinado para ser sinal de contradição; e, referindo se a Maria, acrescenta: E uma espada trespassará a tua alma. Na verdade, ó santa Mãe, uma espada trespassou a vossa alma. Porque nunca ela podia atingir a carne do Filho sem atravessar a alma da Mãe. Depois que aquele Jesus – que é de todos, mas especialmente vosso – expirou, a cruel lança que Lhe abriu o lado, sem respeitar sequer um morto a quem já não podia causar dor alguma, não feriu a sua alma mas atravessou a vossa. A alma de Jesus já não estava ali, mas a vossa não podia ser arrancada daquele lugar. Por isso a violência da dor trespassou a vossa alma, e assim, com razão Vos proclamamos mais que mártir, porque os vossos sentimentos de compaixão superaram os sofrimentos corporais do martírio. Não foi, porventura, para Vós mais que uma espada aquela palavra que verdadeiramente trespassa a alma e penetra até à divisão da alma e do espírito: Mulher, eis o teu Filho? Oh que permuta! Entregam Vos João em vez de Jesus, o servo em vez do Senhor, o discípulo em vez do Mestre, o filho de Zebedeu em vez do Filho de Deus, um simples homem em vez do verdadeiro Deus. Como não havia de ser trespassada a vossa afectuosíssima alma ao ouvirdes estas palavras, quando a sua simples lembrança despedaça o nosso coração, apesar de ser tão duro como a pedra e o ferro? Não vos admireis, irmãos, de que Maria seja chamada mártir na sua alma. Admire se quem não se recorda de ter ouvido Paulo mencionar entre as maiores culpas dos pagãos o facto de não terem afecto. Como isso estava longe do coração de Maria! Longe esteja também dos seus servos. Mas talvez alguém possa dizer: «Porventura não sabia Ela que Jesus havia de morrer?». Sem dúvida. Não esperava Ela que Jesus havia de ressuscitar?». Com toda a certeza. «E apesar disso sofreu tanto ao vê l’O crucificado?». Sim, com terrível veemência. Afinal, que espécie de homem és tu, irmão, e que estranha sabedoria é a tua, se te surpreende mais a compaixão de Maria do que a paixão do Filho de Maria? Ele pôde morrer corporalmente e Ela não pôde morrer com Ele em seu coração? A morte de Jesus foi por amor, aquele amor que nenhum homem pode superar; o martírio de Maria teve a sua origem também no amor, ao qual depois do de Cristo, nenhum outro amor se pode comparar.

sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Exaltação da SantaCruz


A Festa da Exaltação da Santa Cruz, que celebramos hoje, 14 de setembro, é a Festa da Exaltação do Cristo vencedor. Para nós cristãos, a cruz é o maior símbolo de nossa fé, cujos traços nós nos persignamos desde o início do dia, quando levantamos, até o fim da noite ao deitarmos. Quando somos apresentados à comunidade cristã, na cerimônia batismal, o primeiro sinal de acolhida é o sinal da cruz traçado em nossa fronte pelo padre, pais e padrinhos, sinalando-nos para sempre com Cristo. A Cruz recorda o Cristo crucificado, o seu sacrifício, o seu martírio que nos trouxe a salvação. Assim sendo, a Igreja há muito tempo passou a celebrar, exaltar e venerar a Cruz, inclusive como símbolo da árvore da vida que se contrapõe à árvore do pecado no paraíso, quando a serpente do paraíso trouxe a morte, a infelicidade a este mundo, incitando os pais a provarem o fruto da árvore proibida. (Gn 3,17-19) No deserto, a serpente também provocou a morte dos filhos de Israel, que reclamavam contra Deus e contra Moisés (Nm 21,4-6). Arrependendo-se do seu pecado, o povo pediu a Moisés que intercedesse junto ao Senhor para livrá-los das serpentes. Assim, o Senhor, com sua bondade infinita, ordenou a Moisés que erguesse no centro do acampamento um poste de madeira com uma serpente de bronze pendurada no alto, dizendo que todo aquele que dirigisse seu olhar para a serpente de bronze se curaria. (Nm 21,8-9) Esses símbolos do passado, muito conhecidos pelo povo (serpente, árvore, pecado, morte), nos dizem que na Festa da Exaltação da Santa Cruz, no lugar da serpente de bronze pendurado no alto de um poste de madeira, encontramos o próprio Jesus levantado no lenho da Cruz. Se o pecado e a morte tiveram sua entrada neste mundo através do demônio (serpente do paraíso) e do deserto, a bênção, a salvação e a vida eterna vêm do Cristo levantado no alto da Cruz, de onde Ele atrai para si os olhares de toda a humanidade. Assim, a Igreja canta na Liturgia Eucarística de Festa: “Santa Cruz adorável, de onde a vida brotou, nós, por Ti redimidos, te cantamos louvor!” A Cruz não é uma divindade, um ídolo feito de madeira, barro ou bronze, mas sim, santa e sagrada, onde pendeu o Salvador do mundo. Traçando o sinal da cruz em nossa fronte, a todo o momento nós louvamos e bendizemos a Santíssima Trindade: Pai, Filho e Espírito Santo, agradecendo o tão grande bem e amor que, pela CRUZ, o Senhor continua a derramar sobre nós.

quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Estará o homem “condenado”a ser livre?


Liberdade, em filosofia, designa de uma maneira negativa, a ausência de submissão, de servidão e de determinação, isto é, ela qualifica a independência do ser humano. De maneira positiva, liberdade é a autonomia e a espontaneidade de um sujeito racional. Isto é, ela qualifica e constitui a condição dos comportamentos humanos voluntários. Este conceito danos a generalidade do que podemos pensar acerca da liberdade. Não se podem separar dois aspectos fundamentais: um primeiro aspecto é de que no homem, toda a sua actividade, todas as suas acções, nascem da vontade; um segundo aspecto de suma importância é que esta vontade é “comandada” pela liberdade. Procuremos expor sinteticamente este aspecto. A vontade determina a acção – a liberdade pode ser coagida pela vontade. Será a liberdade totalmente livre? No mundo em que nos encontramos a coação torna-se como que uma acção do dia-a-dia. Se considerarmos a liberdade como a capacidade do homem em agir com controlo total sobre a situação na qual quer imprimir a sua presença. Perante tudo isto, estará o homem “condenado” a ser livre? Consideramos livre a partir do ponto em que a liberdade faz parte da condição humana, impressa pelo próprio Deus. Contudo, a sua liberdade está sujeita à coação do mundo presente. Coloco aqui várias perguntas que me surgiram? Será hoje o homem “completamente” livre? Terá o homem “capacidade” para viver a liberdade? Para voltamos à pergunta essencial apenas quero referir que o homem é livre na sua essência. Num primeiro ponto, poderíamos considerar que estaria “condenado”, contudo, as limitações à liberdade levam-nos a afirmar que o homem não está “condenado a ser livre”. O homem é livre quando vive em Deus, com Deus e para Deus. Em Deus o homem é livre de se encontrar com a liberdade Com Deus o homem vive sem ser “condenado” Para Deus o homem deve caminhar de encontro à liberdade plena.

Ó Jesus


Benigno Jesus que dissestes: “Pedi ao dono da seara que mande operários para a sua messe”, constantemente Vos pedimos que multipliqueis as vocações sacerdotais. Ó Senhor da Divina seara das almas, escolhei, designai, atraí com força e suavidade para o vosso sacerdócio obreiros evangélicos indissoluvelmente unidos ao vosso Vigário na terra, o Papa, dotados de alma forte e fé inabalável, que tenham o coração a transbordar de amor por Vós afim de que pelo seu ministério, seja Deus glorificado e as almas sejam salvas. Ó Jesus, Sacerdote eterno, daí à vossa Igreja sacerdotes piedosos, zelosos e santos, que a vosso exemplo sejam adoradores perfeitos do Pai que está no Céu. Nós, Vo-lo pedimos por intermédio de Maria Santíssima, nossa e vossa Mãe e Rainha dos Sacerdotes.

terça-feira, 11 de setembro de 2012

BÍBLIA EM FAMÍLIA


João Paulo II, NIMI: 39. Desde o Concílio Vaticano II, que assinalou o papel proeminente da palavra divina na vida da Igreja, muito se avançou certamente na escuta assídua e na leitura atenta da Sagrada Escritura. Foi-lhe garantido o lugar de honra que merece na oração pública da Igreja. A ela recorrem já em larga medida os indivíduos e as comunidades, e há muitos entre os próprios fiéis leigos que dela se ocupam, habilitados com a ajuda preciosa de estudos teológicos e bíblicos. E sobretudo há a obra da evangelização e da catequese que se tem revitalizado precisamente pela atenção à palavra de Deus. É preciso, amados irmãos e irmãs, consolidar e aprofundar esta linha, inclusive com a difusão do livro da Bíblia nas famílias. De modo particular é necessário que a escuta da Palavra se torne um encontro vital, segundo a antiga e sempre válida tradição da lectio divina: esta permite ler o texto bíblico como palavra viva que interpela, orienta, plasma a existência”. Bento XVI, Verbum Domini 85. “De facto, pertence à autêntica paternidade e maternidade a comunicação e o testemunho do sentido da vida em Cristo: através da fidelidade e unidade da vida familiar, os esposos são, para os seus filhos, os primeiros anunciadores da Palavra de Deus. A comunidade eclesial deve sustentá-los e ajudá-los a desenvolverem a oração em família, a escuta da Palavra, o conhecimento da Bíblia. Por isso, desejamos que cada casa tenha a sua Bíblia e a conserve em lugar digno para poder lê-la e utilizá-la na oração. A ajuda necessária pode ser fornecida por sacerdotes, diáconos e leigos bem preparados. Recomenda-se também a formação de pequenas comunidades entre famílias, onde se cultive a oração e a meditação em comum de trechos apropriados da Sagrada Escritura. Os esposos lembrem-se de que «a Palavra de Deus é um amparo precioso inclusive nas dificuldades da vida conjugal e familiar».