Fazendo uma reflexão sobre a
confirmação ou crisma, fazemos logo uma distinção: o crisma (masculino) é o
óleo que o bispo consagra (abençoa) na quinta-feira santa. É o óleo com o qual
se unge os que são crismados (confirmados). A crisma (feminino) é o mesmo que
confirmação.
A Crisma é a força de Deus.
Nós só conseguimos viver porque Deus nos dá. Essa força de Deus é o Espírito
Santo agindo em nós. Na Igreja, a experiencia da nossa vida é celebrada no
sacramento da Crisma. A Crisma é 0 sacramento do cristão que está amadurecendo
na fé. Juntamente com o
Baptismo e a Eucaristia, o sacramento da Confirmação constitui o conjunto dos
"sacramentos da iniciação cristã" cuja unidade deve ser
salvaguardada. Por isso, é preciso explicar aos fiéis que a recepção deste
sacramento é necessária à consumação da graça baptismal. Com efeito, pelo
sacramento da Confirmação "os fiéis" são vinculados mais
perfeitamente à Igreja, enriquecidos de força especial do Espírito Santo, e
assim mais estritamente obrigados à fé que, como verdadeiras testemunhas de
Cristo, devem difundir e defender tanto por palavras como por obras.
Durante a
primeira vinda de Cristo sobre a Terra, Ele prometeu aos seus apóstolos o
Paráclito (advogado, defensor). Jesus também promete o Espírito Santo para nós,
e nos é concedido através do Sacramento da Confirmação. A Crisma também é
chamado Sacramento da Confirmação, pois através dele confirmamos o nosso Baptismo
que recebemos na maioria das vezes quando criança.
Confirmar o Baptismo
é muito importante, pois quando criança não temos a consciência do Sacramento,
mais sim os nossos parentes mais próximos que resolveram levá-lo até a pia baptismal.
Já na Crisma, não são os seus parentes que escolhem se queres ou não receber o
Crisma, mas sim você mesmo.
No sacramento
da Crisma recebemos os dons do Espírito Santo: Sabedoria, Entendimento,
Conselho, Fortaleza, Piedade, Ciência e Temor de Deus. Eles são dons que nos
aproximam de nossa vocação: a Santidade.
Quando
recebemos o Espírito Santo e nos abrimos inteiramente à graça sacramental não
agimos em nós, mas sim o próprio Deus nos usa de instrumento e agi em nós. Por
isso podemos considerar o crismando uma pessoa com grandes responsabilidades.
Veja: No Baptismo recebemos o Espírito Santo e nos transformamos de criaturas
de Deus para Filhos de Deus. Já na Crisma dizemos com consciência: Quero ser
Filho de Deus e assumir a minha missão de evangelizar.
O mesmo Deus
que os apóstolos receberam no dia de Pentecostes é o mesmo que recebemos no
Sacramento da Crisma, por isso a mesma autoridade que eles tinham ao anunciar a
Palavra de Deus é a mesma que possuímos. O dia em que nos crismamos é sem
dúvida o dia de nosso Pentecostes. Onde o Espírito Santo nos é enviado para
transformar e santificar.
As
transformações do Espírito Santo são nitidamente vistas na Bíblia. Observe:
Vamos dar o exemplo do apóstolo Pedro. Antes do dia de Pentecostes era um
pescador de pouca instrução, medroso, incrédulo e infiel. Quando se passou o
dia de Pentecostes, melhor dizendo, logo ao sair do cenáculo onde o Espírito
Santo desceu sobre os apóstolos e Maria, ele realizou um discurso que prova o
poder do Espírito Santo (At 2, 14-41). Podemos até duvidar se realmente era o
mesmo Pedro pescador e incrédulo.
Foi a partir
daí que a Igreja se firmou, ou seja, foi através do Papa São Pedro que a Igreja
de Jesus Cristo surgiu. Vejamos: se somos também Igreja, é através do
Sacramento da Crisma que firmamos em nós o "tijolo" eclesial que
somos.
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