quinta-feira, 5 de setembro de 2013

No Evangelho de Hoje, S. Lucas


Lucas realça o modo como a multidão escutava «a palavra de Deus». Deste modo, remete-nos para a comunidade eclesial que vive a sua fé colocando no centro de si mesma «a palavra de Deus» e, ao mesmo tempo, Jesus como Palavra da revelação e a pregação apostólica. Lucas também realça que Jesus, «sentando se, dali se pôs a ensinar a multidão». Também este pormenor nos leva a considerar a narração evangélica como intimamente ligada à vida da primitiva comunidade cristã, em que a passagem da evangelização à catequese era normal e permanente. «Porque Tu o dizes, lançarei as redes»: Lucas sublinha a autoridade da palavra de Jesus. Sabemos que toda a palavra que saía da boca de Jesus, para os Apóstolos ou para a multidão, estava carregada de especial autoridade: «Que palavra é esta? Ordena com autoridade e poder aos espíritos malignos, e eles saem!» (4, 36). «Depois de terem reconduzido as barcas para terra, dei¬xaram tudo e seguiram no». Esta expressão alerta para o radicalismo evangélico. Lucas quer indicar que o seguimento de Jesus implica, não só uma opção pessoal, mas também a decisão de se desapegar de tudo aquilo que, de algum modo, possa enfraquecer a adesão a Jesus.

sábado, 24 de agosto de 2013


Sabemos muito pouco sobre os pais de Maria. Também eles estão sob a lei do silêncio e do escondimento que Deus aplicou à vida de Maria e à maior parte da vida histórica de Jesus. Os evangelhos apócrifos falam das suas dificuldades. Um texto da igreja arménia do século XIII diz-nos que Joaquim e Ana eram justos e puros, levavam uma vida piedosa e um comportamento inocente e imune à calúnia. Eram zelosos na oração, no jejum e na abstinência. Eram uma família assídua ao templo, cheia de caridade, incansável no trabalho e, em consequência, rica de bens. Dividiam o rendimento anual em três partes: uma para o Templo e sustento dos sacerdotes; outra para os pobres, e a terceira para eles mesmos. É lógico pensar que Deus os tenha chamado a participar no mistério de Jesus, cuja chegada prepararam. Permanece a glória de terem sido os pais de Nossa Senhora. S. Joaquim e S. Ana encoraja a nossa confiança: Deus é bom e na história da humanidade, história de pecado e de misericórdia, o que fica é a glória, é o positivo que construiu em nós. Joaquim e Ana foram escolhidos entre o povo eleito, mas de dura cerviz, para que, entre esse povo, florescesse Maria e, dela, Jesus. É a maior manifestação do amor misericordioso de Deus. Agradeçamos ao Senhor. Nós somos os ditosos, nós que vemos e ouvimos, o que muitos profetas e justos apenas entreviram na fé e na esperança.

sexta-feira, 23 de agosto de 2013


• Não posso pedir a Jesus que me ame, mas peço a graça de poder amá-Lo. Leão Dehon

Senhor Jesus....


Senhor Jesus, contemplando o teu mistério hoje manifestado na vida e na experiência de Rute, brota do meu coração o Pai nosso, a oração que revela a beleza que salvará o mundo, o rosto do Pai, e a beleza da humanidade, onde descubro o teu próprio rosto, e os de tantos irmãos, filhos do mesmo Pai. Dá a graça de viver tudo isto na oração. Que saiba amar-te sobre todas as coisas, e amar os irmãos como a mim mesmo, como a Ti mesmo, porque Tu me amas. Que, na minha carne de filho, viva a tua paixão pelos homens, que, pelo teu sangue, se tornaram meus irmãos. Amen.

quinta-feira, 22 de agosto de 2013

Maria, sinal glorioso do que nos está reservado


Celebramos hoje uma festa que resume todas as festas em honra de Nossa Senhora. Maria, Mãe do Senhor, que foi santificada desde o começo da sua vida (por isso recebeu o privilégio de ser concebida sem pecado), agora no fim da sua existência na terra foi glorificada e recebida na glória de Deus, com seu corpo e alma. Depois dos acontecimentos da morte e ressurreição de Jesus, Maria terá ido viver com o apóstolo S. João para Éfeso (na atual Turquia), onde ainda hoje se podem ver as ruínas da casa onde teria morrido. Alguns dizem que morreu em Jerusalém. No século VIII já os cristãos de Jerusalém celebravam uma grande festa em honra da dormição de Maria, reunindo-se no lugar onde supunham que Maria estava sepultada. A festa passou depressa a ser celebrada pelos cristãos do ocidente. Mas a Igreja, ao longo dos séculos, foi refletindo sobre o fim da vida de Maria. Escritores e pregadores começaram a dizer que se Maria foi uma perfeita cristã, então também Ela já vive glorificada com o seu Filho. Mas só em 1950, o Papa Pio XII confirmou este pensamento que já era partilhado pelos católicos de todo o mundo. Por isso declarou como dogma de fé que Maria, terminada a peregrinação da sua vida terrena, foi "elevada ao céu em corpo e alma". Uma forma de dizer que toda a sua pessoa vive ressuscitada. Maria glorificada é, por conseguinte, a primeira cristã a alcançar a meta final para a qual todos caminhamos, meta essa que é ver a Deus face a face na plenitude da nossa pessoa. Por isso Maria, como diz o Concílio Vaticano II, anima a nossa esperança de povo peregrino. De facto, Maria foi à nossa frente na fé, na glória e na ressurreição da alma e dor corpo. Isso dá-nos alegria, dá-nos honra, dá-nos esperança. Porque assim a assunção de Maria tornou-se sinal grandioso daquilo que nos está reservado: também nós, se seguirmos o caminho da humildade, da fé e o pleno cumprimento da vontade de Deus, então um dia seremos glorificados e, de corpo e alma, viveremos eternamente felizes na presença do Senhor.

quarta-feira, 21 de agosto de 2013

Papa Pio X


Preocupado ao máximo com a salvação eterna das almas, providenciou que fosse devidamente ensinado o catecismo às crianças e adultos, estabeleceu sábias normas para a pregação, disciplinou a música sacra, introduziu o uso da Comunhão freqüente e até quotidiana, e estabeleceu que as crianças se aproximassem da Primeira Comunhão desde os mais tenros anos. Mestre infalível da verdade, na memorável Encíclica “Pascendi” denunciou e reprimiu com o necessário rigor as doutrinas que formavam uma triste síntese de todos os erros. Trabalhou, de outra parte, na codificação do Direito Canônico, reunindo em um só texto as disposições jurídicas da Igreja proclamadas através dos séculos. Procedeu à revisão da “Vulgata”, isto é do texto oficial da Bíblia, confiando o trabalho aos Beneditinos. Reformou a Cúria Romana, modernizando a organização que Sixto V tinha dado aos Dicastérios e aos Tribunais Eclesiásticos. Criou o Instituto Bíblico, reformou o Breviário e orientou a música sacra para formas de expressão mais puras. Para defesa da Religião restaurou a Ação Católica e deu novo desenvolvimento à ação social dos católicos e às associações operárias e reforçou as Ordens Religiosas com oportunas normas jurídicas. Muito embora penetrado da consciência da autoridade pontifícia, Pio X levou uma vida de simplicidade extrema. Quis que os membros de sua família e especialmente suas irmã, o mesmo fizessem, e nunca lhes permitiu viverem junto dele, no Vaticano. Brando e afável, soube conquistar o afeto das multidões de fiéis. Não vencido pelo trabalho, mas esmagado de dor por causa da cruel guerra européia de 1914, começou a sentir-se mal a 15 de agosto, desse mesmo ano, vindo a falecer santamente logo depois, dia 20 de agosto. O renome de santidade de Giuseppe Sarto começou a correr logo após seu falecimento. Não se tardou em falar de milagres devidos à sua intervenção. Em 1923, os Cardeais residentes em Roma se reuniram em comissão a fim de promoverem sua Beatificação. O processo registrou rápidos progressos e a Beatificação se deu a 3 de julho de 1951. Três anos depois, agora, terminava a causa da Canonização e, finalmente, Sua Santidade Pio XII proclamou Santo da Santa Madre Igreja Católica, Apostólica e Romana. “O Papa da Eucaristia”, o Papa da bondade e da doçura.

segunda-feira, 19 de agosto de 2013

Bernardo de Claraval


foi um influente abade da Igreja Católica na Idade Média. Nascido em 1090 em Borgonha, Bernardo era proveniente de uma família nobre e era um dos sete filhos de Tescelin Sorrel com Aleth de Montbard. Iniciou muito cedo sua vida religiosa. Aos nove anos de idade começou seus estudos na Escola Canônica de Châtillon-sur-Seine. Pouco tempo depois, optou por ingressar na Abadia de Cister. Entusiasta da vida religiosa, Bernardo convenceu vários amigos e parentes a ingressarem também na vida monástica, levando consigo mais 30 candidatos para a Abadia. Em função da dedicação religiosa de Bernardo, foi designado para um projeto que seria de grande apreço para o resto de sua vida, a fundação de uma casa cisterciense em Ville-sur-la-Ferté. A fundação foi chamada de Claraval e Bernardo foi nomeado como abade. Isso tornou Bernardo conhecido como Bernardo de Claraval. Bernardo de Claraval teve anos iniciais difíceis com regras religiosas severas. Porém era um religioso dedicado e interessado. Sua abadia cresceu satisfatoriamente, a ponte de, em 1118, outras serem fundadas para não superlotar Claraval. No ano seguinte, Bernardo de Claraval escreveu suas primeiras obras que aumentariam sua popularidade. Destacou-se também como defensor do reformismo do clero. No final da década de 1110, foi fundada no Oriente a Ordem dos Cavaleiros do Templo de Salomão, ou simplesmente Templários. Alguns anos depois, Bernardo de Claraval tomou conhecimento do objetivo dos monges guerreiros e tornou-se um defensor do ideal. Bernardo de Claraval foi responsável por fazer chegar ao papa Honório II a informação sobre o objetivo dos Templários e, com isso, buscar o reconhecimento e o apoio da Igreja Católica. O encontro com o papa ocorreu no Concílio de Troyes, em 1128, o qual foi muito influenciado por Bernardo. Este conseguiu o reconhecimento da Igreja Católica sobre os Templários e ainda ficou encarregado de escrever o estatuto da Ordem. Bernardo de Claraval, após o Concílio de Troyes, tornou-se uma personalidade muito respeitada no mundo católico, com liberdade para intervir em assuntos políticos e com voz de destaque na defesa dos direitos da Igreja. Com o falecimento do papa Honório II, criou-se um cisma, mas foi Bernardo que influenciou pela escolha de Inocêncio II como papa. Mais tarde, em 1145, Bernardo seria responsável diretamente por outro papa, Eugênio III. Após longos e influentes anos de vida religiosa, Bernardo de Claraval foi responsável por fundar 72 mosteiros, havia mais de 500 abadias cistercienses e mais de 700 monges ligados a Bernardo de Claraval. Bernardo de Claraval faleceu em 1153. Muitos milagres foram atribuídos a ele e o papa Alexandre III o canonizou em 1174 e, muitos séculos mais tarde, foi declarado Doutor da Igreja pelo papa Pio VIII.

Senhor Tu és a minha esperança


Senhor, Tu és a minha esperança. Dá-me um coração confiante, um coração disponível para acolher a tua misericórdia, a tua força, o teu Espírito, que é o único capaz de renovar a face da terra. Que esse mesmo Espírito desça sobre a minha oblação, tal desceu sobre a de Gedeão. Com simplicidade e humildade, ofereço-te o meu ser, o meu coração, as minhas forças. Mas ofereço-te também a minha fraqueza, a minha falta de meios, com total disponibilidade para acolher a tua graça, e assim realizar a missão que me confias. Amen.

terça-feira, 9 de julho de 2013

Não Sou Eu Que Vivo, é CRISTO QUR VIVE EM MIM

 Confiarei nessa voz que não se impõe,
mas que eu ouço bem cá dentro no silêncio a segredar.
Confiarei, ainda que mil outras vozes
corram muito mais velozes, para me fazer parar.

E avançarei, avançarei no meu caminho.
Agora eu sei que tu comigo vens também.
Aonde fores, aí estarei, em Ti avançarei:

O Senhor é meu pastor,
sei que nada temerei.
Ele guia o meu andar,
sem medo avançarei. 


Confiarei na Tua mão que não me prende,
mas que aceita cada passo do caminho que eu fizer.
Confiarei, ainda que o dia escureça
não há mal que me aconteça, se conTigo eu estiver.

E avançarei, avançarei no meu caminho.
Agora eu sei que tu comigo vens também.
Aonde fores, aí estarei, em Ti avançarei:

domingo, 30 de junho de 2013

MEU SENHOR E MEU DEUS. ESTOU AQUI PODES ENVIAR-ME

A MINHA HORA APROXIMA-SE DE ENTREGAR A DEUS:
NÃO OU EU QUE VIVO É CRISTO QUE VIVE EM MIM.
REZEM POR MIM.
REZAREI POR VÓS
HOJE ESTAREIS TODOS NO MEU HUMILDE CORAÇÃO.

quinta-feira, 20 de junho de 2013

Luz Terna Suave....


Que importa se é tão longe, para mim,
A praia aonde tenho de chegar,
Se sobre mim levar constantemente
Poisada a clara luz do teu olhar?

Nem sempre Te pedi como hoje peço
Para seres a luz que me ilumina;
Mas sei que ao fim terei abrigo e acesso
Na plenitude da tua luz divina.

Esquece os meus passos mal andados,
Meu desamor perdoa e meu pecado.
Eu sei que vai raiar a madrugada
E não me deixarás abandonado.

Se Tu me dás a mão, não terei medo,
Meus passos serão firmes no andar.
Luz terna, suave, leva-me mais longe:
Basta-me um passo para a Ti chegar.

Luz terna e suave no meio da noite

Leva-me mais longe

Não tenho aqui morada permanente

Leva-me mais longe...

 

quinta-feira, 13 de junho de 2013

A Luz do Espirito Santo esteve sempre com Santo António


A confiança em Deus, nas noites escuras da nossa vida, é uma luz de que nos preenche que nos transfigura é a luz do Espirito Santo consolador.

Santo António, viveu sempre com essa luz acesa dentro dele, o Espiro Santo inundou o seu coração, este Santo apelidado pelo povo, como o santo das causas perdidas, o santo casamenteiro, o santo intercessor dos pobres e necessitados, o Santo que tantas e tantas vezes recorremos como auxilio das nossa necessidades. Santo Chamado Doutor Evangélico, porque foi um grande pregador, um grande anunciador da Palavra de Deus. A principio teve grandes dificuldades na sua pregação porque teve muitos opositores, mesmo sem ter quem o ouvisse ele fala para os peixes. E os peixes retiram a cabeça fora da água para o ouvir, como narram as suas bibliografias. E nós irmão veneramos o Santo e não ouvimos o que ele tem para nos dizer? Lamentamo-nos, pedimos a sua ajuda e que fazemos escutamos a palavra de Deus através dele? Na verdade celebramos Santo António com festa musica alegria, nada disto é mau, mas Santo António era um homem de oração, era homem de meditação profunda. Tornou-se tão famoso e tão eloquente na sua pregação que reunião multidões a sua volta au ponto de ter que ser protegido pois toda a gente o queria tocar . Santo António dizia muitas vezes “cessem os discursos falem as obras” é destas obras que nos devemos revestir, obras de caridade, obras de boas caçoes, obras de lealdade para com os nossos irmãos e com Deus.

Cada um de Nós que tem fé neste Santo, neste grande Santo Português não se canse de o imitar de escutar de estar atento aos seus rogos e chamados.

Santo António está com o menino nos braços, esta imagem carinhosa mostra bem o seu amor por Jesus, a confiança a alegria que tinha Nele: Meus Queridos irmão em Cristo  à semelhança de Santo António sabíamos transportar ao colo o menino, pois esse menino que o santo carrega com ternura é Jesus o amor que Santo António Escolheu na sua vida, para que o seu projeto de esperança junto dos queles sofrem e que procuram conforto e paz interior.
Quantas vezes vindes aqui de lágrimas nos olhos contar as vossas aflições, as vossas inquietações e ele junto de Deus escuta com carinho o que tendes para lhe dizer, mas depois não vos esqueceis de viver não com lagrimas mas com um sorriso agradecer a Santo António.

   Pertenceu a ordem dos Franciscanos, conheceu ainda S. Francisco de Assis, nasceu em Lisboa no ano 1195 e morreu em Pádua no dia 13 de Junho de 1231. Sobre este santo muitas historiais se contam, muitos milagres e curas através da sua intercessão se tem obtido, mas é de Deus que Santo António nos fala.

SANTO ANTÓNIO


A Justica no reino de Deus

Qual é a justiça maior que a dos escribas e fariseus, necessária para entrar no Reino dos Céus? A justiça do Reino é formulada em seis antíteses (vv. 21-26; 27-30; 31-32; 33-37; 38-42; 43-47).
A primeira antítese (vv. 21-26) retoma a bem-aventurança da mansidão (5,4) e a exemplifica. Não só é proibido matar, como não se pode dar títulos ofensivos ao irmão. Esta primeira antítese de não matar (cf. Ex 20,3; Dt 5,7) visa não só a morte física, mas toda ofensa moral cometida contra o irmão explicitada pela tríade: raiva, imbecil e louco. A ilustração positiva desta sentença é fornecida pelas duas sentenças sobre a reconciliação. Ao homem que vai apresentar a sua oferta, Deus lhe permite lembrar não só o mal cometido contra alguém, mas de um mal que alguém cometeu contra ele. O perdão e a reconciliação são exigidos para que o homem, membro do povo de Deus, proceda como Deus.

quinta-feira, 6 de junho de 2013

Sei em quem Acreditei


Eu sou o António Júlio tenho 53 anos, o segundo filho de mais oito irmãos. Hoje não posso deixar de dizer um obrigado muito especial aos meus pais e meus irmãos. Sou natural do Pocinho, Vila Nova de Foz Côa. Aqui passei os meus últimos 15 anos, a trabalhar, na Santa Casa da Misericórdia, em prol dos mais desprotegidos, foi para mim fascinante, sentir-me útil em todos os que encontrei. Em 2007 no ISCRA “ Instituto Superior de Ciencias Religiosas de Aveiro” conclui a minha licenciatura em Ciências Religiosa. “Univerdidad Pontificia Comillas de Madrid”.

 Tudo isto era muito pouco! O chamamento de Jesus era cada vez mais forte…

A minha vida clamava algo maior, intenso e profundo, assim foi. Com a devida autorização do Reverendíssimo Senhor Bispo D. Jacinto, entrava no Seminário Maior de Lamego em Outubro de 2007.

Ao longo de 6 anos de vida comunitária, no Seminário, floresceu uma partilha de vida em comunhão orante com Deus alicerces fundamentais a resposta definitiva no meu sim sacerdotal.

Em vésperas da minha ordenação presbiteral, nada melhor que recordar as palavras de Sua Santidade o Papa Bento XVI no seu livro “Jesus de Nazaré”: “Para compreender Jesus são fundamentais as frequentes menções de que Ele Se retirava para o monte” e aí passava noites inteiras em oração, ‘sozinho’ com o Pai. Estas breves alusões levantam um pouco o véu do mistério, permitem-nos lançar um olhar ao interior da existência filial de Jesus, vislumbrar a fonte donde brotavam as suas acções, a sua doutrina e o seu sofrimento. Esta ‘oração’ de Jesus é a conversa do Filho com o Pai, na qual estão envolvidas a consciência e a vontade humanas, a alma humana de Jesus, de modo que a ‘oração’ do homem possa tornar-se participação na comunhão do Filho com o Pai.” É nesta comunhão que me sinto verdadeiramente envolvido, não tardiamente, como num primeiro impulso poderão pensar, mas como discípulo de Jesus sempre me senti envolvido, juntamente com Ele, na comunhão com Deus Pai.

Envolvido como num manto… com o olhar fixo n’Aquele em quem sempre acreditei, manifestei sempre o meu sim, num projecto de Vida, repleto da Vida do próprio Deus.

“Sei em quem acreditei”( 2Tm1,12) . As palavras do S. Paulo, são um alento para me dar força, o ânimo e coragem para em discernimento, cada vez mais profundo daquilo que verdadeiramente o Senhor me chama, concretizar na Igreja e no mundo o anúncio do seu Reino.

“Sei em quem acreditei “para me dar luz no caminhar de todos os dias, na oração diária, na intimidade com o Pai, na vivência real de Cristo junto da humanidade.

“Sei em quem acreditei” como referência fundamental e a partir do qual nasce o meu chamamento, em compromissos concretos e exigentes num processo de transfiguração, processo em que o ‘orante’ sozinho com o Pai, se vai revestindo das atitudes e do estilo de Jesus Cristo.

Nesta nova caminhada procuro retirar-me de mim próprio, deixar de ser “eu” para que Jesus tome o comando e o governo do meu mundo, do meu ser, de toda a minha vida, repleto da paciência, da mansidão e da humildade que são as vestes do homem novo segundo Cristo Jesus.

Sei em quem acreditei e n’Ele confiarei para levar até ao fim esta minha caminhada contínua e perseverante.

A todos, os que me acompanharam e continuam a acompanhar nesta missão, agradeço a generosa oração.

António Júlio Fernandes Pinto

FALTAM 23 DIAS


terça-feira, 4 de junho de 2013

A razão e ou a fé


Gostava de introduzir este tema com a reflexão do Papa João Paulo II:

“A razão, privada do contributo da Revelação, percorreu sendas marginais com o risco de perder de vista a sua meta final. A fé, privada da razão, pôs em maior evidência o sentimento e a experiência, correndo o risco de deixar de ser uma proposta universal. É ilusório pensar que, tendo pela frente uma razão débil, a fé goze de maior incidência; pelo contrário, cai no grave perigo de ser reduzida a um mito ou superstição. Da mesma maneira, uma razão que não tenha pela frente uma fé adulta não é estimulada a fixar o olhar sobre a novidade e radicalidade do ser. A esta luz, creio justificado o meu apelo, veemente e incisivo, para que a fé e a filosofia recuperem a unidade profunda que as torna capazes de serem coerentes com a sua natureza, no respeito da mútua autonomia. Ao desassombro da fé deve corresponder a audácia da razão.” (Carta Encíclica de João Paulo II sobre as relações entre a fé e a razão – Fides et Ratio)

No meio desta reflexão introduzia uma síntese sobre Santo Agostinho. Santo Agostinho não se preocupa em traçar fronteiras entre a fé e a razão. Para ele, o processo do conhecimento é o seguinte: a razão ajuda o homem a alcançar a fé; de seguida, a fé orienta e ilumina a razão; e esta, por sua vez, contribui para esclarecer os conteúdos da fé. Deste modo, não traça fronteiras entre os conteúdos da revelação cristã e as verdades acessíveis ao pensamento racional.

Para Santo Agostinho, “o homem é uma alma racional que se serve de um corpo mortal e terrestre”; expressa assim o seu conceito antropológico básico. Distingue, na alma, dois aspectos: a razão inferior e a razão superior. A razão inferior tem por objecto o conhecimento da realidade sensível e mutável: é a ciência, conhecimento que permite cobrir as nossas necessidades. A razão superior tem por objecto a sabedoria, isto é, o conhecimento das ideias, do inteligível, para se elevar até Deus. Nesta razão superior dá-se a iluminação de Deus.

O que até aqui foi apresentado prende-se com esta relação íntima entre a razão e a fé; não as podemos considerar inseparáveis quanto mais distantes. A razão faz parte da essência humana, como criatura do próprio Deus, e para este mesmo Deus caminha iluminada pela fé. A razão e a fé devem caminhar juntas para oferecer à humanidade um sentido perfeito à sua existência no caminho da própria perfeição.

FALTAM 26 DIAS


Quem é o Mais critico do Homem?


 
Um primeiro ponto a ter em conta é que o homem está acima de todos os seres que o rodeiam. Um segundo ponto a verificar é que encerra em si tudo um conjunto de dimensões e manifestações que são típicas e fundamentais: o conhecer, o falar, o trabalhar, o julgar, o amar, o rezar, etc. A antropologia, englobando todo este conjunto de perspectivas exploram o homem a partir de si mesmo.

Com efeito, diante de nós próprios, para procurar captar a verdadeira natureza do nosso ser e do último destino do homem, devemos reconhecer o quão é complicado, senão mesmo muito difícil realizar esta tarefa: capazes de realizar problemas complicados no âmbito da própria física, da matemática, da astronomia, da economia, da política, etc., não somos capazes de explicar com suficiente claridade a problemática do nosso ser, da nossa vida e do nosso destino.

Partindo daqui afirmamos que o homem em tudo o que faz, pensa, quer ou deseja, constantemente procura superar-se a si mesmo. É por isso que o maior crítico do homem é o próprio homem.

Sendo o maior critico de si próprio o homem reencontra-se a si mesmo mediante um ser mais verdadeiro e mais autêntico, efectuando uma acção o mais completa possível de todas as suas próprias possibilidades.

Podemos nesta atitude critica colocar a autotranscedência como busca de uma pessoa a mais perfeita possível.

 

sexta-feira, 31 de maio de 2013


Sacramento da Crisma ou Confirmação


 

Fazendo uma reflexão sobre a confirmação ou crisma, fazemos logo uma distinção: o crisma (masculino) é o óleo que o bispo consagra (abençoa) na quinta-feira santa. É o óleo com o qual se unge os que são crismados (confirmados). A crisma (feminino) é o mesmo que confirmação.

 A Crisma é a força de Deus. Nós só conseguimos viver porque Deus nos dá. Essa força de Deus é o Espírito Santo agindo em nós. Na Igreja, a experiencia da nossa vida é celebrada no sacramento da Crisma. A Crisma é 0 sacramento do cristão que está amadurecendo na fé. Juntamente com o Baptismo e a Eucaristia, o sacramento da Confirmação constitui o conjunto dos "sacramentos da iniciação cristã" cuja unidade deve ser salvaguardada. Por isso, é preciso explicar aos fiéis que a recepção deste sacramento é necessária à consumação da graça baptismal. Com efeito, pelo sacramento da Confirmação "os fiéis" são vinculados mais perfeitamente à Igreja, enriquecidos de força especial do Espírito Santo, e assim mais estritamente obrigados à fé que, como verdadeiras testemunhas de Cristo, devem difundir e defender tanto por palavras como por obras.

Durante a primeira vinda de Cristo sobre a Terra, Ele prometeu aos seus apóstolos o Paráclito (advogado, defensor). Jesus também promete o Espírito Santo para nós, e nos é concedido através do Sacramento da Confirmação. A Crisma também é chamado Sacramento da Confirmação, pois através dele confirmamos o nosso Baptismo que recebemos na maioria das vezes quando criança.

Confirmar o Baptismo é muito importante, pois quando criança não temos a consciência do Sacramento, mais sim os nossos parentes mais próximos que resolveram levá-lo até a pia baptismal. Já na Crisma, não são os seus parentes que escolhem se queres ou não receber o Crisma, mas sim você mesmo.

No sacramento da Crisma recebemos os dons do Espírito Santo: Sabedoria, Entendimento, Conselho, Fortaleza, Piedade, Ciência e Temor de Deus. Eles são dons que nos aproximam de nossa vocação: a Santidade.

Quando recebemos o Espírito Santo e nos abrimos inteiramente à graça sacramental não agimos em nós, mas sim o próprio Deus nos usa de instrumento e agi em nós. Por isso podemos considerar o crismando uma pessoa com grandes responsabilidades. Veja: No Baptismo recebemos o Espírito Santo e nos transformamos de criaturas de Deus para Filhos de Deus. Já na Crisma dizemos com consciência: Quero ser Filho de Deus e assumir a minha missão de evangelizar.

O mesmo Deus que os apóstolos receberam no dia de Pentecostes é o mesmo que recebemos no Sacramento da Crisma, por isso a mesma autoridade que eles tinham ao anunciar a Palavra de Deus é a mesma que possuímos. O dia em que nos crismamos é sem dúvida o dia de nosso Pentecostes. Onde o Espírito Santo nos é enviado para transformar e santificar.

As transformações do Espírito Santo são nitidamente vistas na Bíblia. Observe: Vamos dar o exemplo do apóstolo Pedro. Antes do dia de Pentecostes era um pescador de pouca instrução, medroso, incrédulo e infiel. Quando se passou o dia de Pentecostes, melhor dizendo, logo ao sair do cenáculo onde o Espírito Santo desceu sobre os apóstolos e Maria, ele realizou um discurso que prova o poder do Espírito Santo (At 2, 14-41). Podemos até duvidar se realmente era o mesmo Pedro pescador e incrédulo.

Foi a partir daí que a Igreja se firmou, ou seja, foi através do Papa São Pedro que a Igreja de Jesus Cristo surgiu. Vejamos: se somos também Igreja, é através do Sacramento da Crisma que firmamos em nós o "tijolo" eclesial que somos.

FALTAM 29 DIAS

 

terça-feira, 28 de maio de 2013

FALTAM 34 DIAS. VEM SENHOR JESUS


Crer e Confiar


Habituamo-nos, pois, a crer e a confiar, a conhecer e a rezar, a um Deus único, mas que não é, de modo algum, uma omnipotência isolada, uma divindade solitária, uma entidade suprema estranha à nossa vida! Professar a fé na Santíssima Trindade é celebrar, rezar e viver o mistério de um Deus de Amor, que é eternamente relação pura e pessoal de comunhão, a melhor e a mais perfeita comunidade de amor! Entramos, pois, neste mistério indizível da santíssima trindade, não por uma excecional inteligência, mas abrindo, no coração, a porta da fé, a Jesus Cristo! É em Cristo, no seu rosto humano, na sua palavra de vida eterna, na sua vida mortal, na sua morte vital, na sua ressurreição gloriosa, que Se nos dá a tocar e a contemplar o rosto visível, desta trindade de amor! Quem O vê, vê o Pai. E tudo o que o Pai tem, dá-O ao Filho. E tudo o que o Filho recebe do Pai, faz-se dom, para nós, no Espírito Santo! O Deus assim revelado, em Cristo Jesus, é, por isso, comunhão de pessoas diferentes, em que todas, mutuamente se dão e se recebem, num intercâmbio eterno de amor, que se derrama e se faz dom para nós!

O Mistério Cental da Fé


 “O mistério da Santíssima trindade é o mistério central da nossa fé cristã”! (CIC 261). Quase, sem nos darmos conta, desde o primeiro sinal da cruz, ao toque das trindades, desde a saudação inicial à despedida da missa, desde as palavras do batismo à aspersão da água nas exéquias, desde as nossas orações mais simples à oração eucarística, sempre evocamos e invocamos, celebramos e professamos a nossa fé em Deus Pai, Filho e Espírito Santo. Trazemos, como credo, na boca e do coração, este inefável mistério do amor divino, que une, na trindade de uma só natureza, as três pessoas divinas, Pai, Filho e Espírito Santo!

domingo, 19 de maio de 2013

Das Cinzas Quaresma, ao fogo de Pentecostes


Das Cinzas da Quaresma, ao fogo do Pentecostes, foram três meses intensos, deste belíssimo Ano da Fé! Propusemo-nos, dia a dia, semana a semana, a sós, em família, em grupo, em comunidade, “içar as velas da fé, na barca da Igreja, para a deixar navegar ao sopro do Espírito Santo”! Nos 40 dias de preparação, que já lá vão, e nestes 50 dias de celebração festiva da Páscoa, que agora se cumprem, procurámos deixar o sopro do Espírito Santo entrar por alguma fresta do nosso coração e reacender em nós a chama da fé. Na verdade, não é possível deixar navegar a barca da Igreja, ao sopro do Espírito Santo, se não forem içadas, pelo mesmo sopro, as suas velas, que são o coração de cada um dos batizados. Não há, pois, reforma e avanço da Igreja, no mar da história, sem o aprofundamento e a renovação da fé, em todos e cada um dos seus membros.

Estamos reunidos, no mesmo lugar, como os apóstolos, para acolher o Espírito Santo. Ele é o Amor de Deus, derramado em nossos corações. Ele procede do Pai, vem de Deus, e chega até nós, por meio de Jesus Cristo, seu Filho! Ele enche e preenche esta casa de paz, de alegria, de vida e entusiasmo. O Espírito Santo é como um sopro, que dá vida! É como um vento, que impele a vela de um navio, que se faz corajosamente ao mar. Ele é como um fogo, que arde sem se ver, dentro de nós! É como uma torrente de água viva, que renova a terra inteira e a faz produzir os melhores frutos. Recebemos este Espírito, pelo Batismo. Vamos recordar e refrescar a graça desse dom, através da aspersão da água batismal

MEUS AMIGOS TENHO ESTADO IMPEDIDO DE ESCREVER NO MEU BLOGUE.
TIVE QUE APAGAR VÀRIAS MENSAGENS, E RECOMPOR TODO O VISUAL PARA PODER NOVAMENTE ESCREVER, ESPERO QUE AGORA TUDO DÊ CERTO: DESCULPEM.

sexta-feira, 29 de março de 2013

As últimas 24 horas de Jesus

....Vendo bem,somos todos levados a percorrer e a reviver as últimas decisivas vinte e quatro horas de Jesus, desde as 15h00 de Quinta-Feira Santa até perto das 17h00 de Sexta -Feira Santa. Quinta feira, 15h00- Preparação da ceia 18h00- Ceia Primeira! 21h00- Getsémani 24H00- Prisão de Jesus 03hoo- Pedro nega e o galo canta 06h00- Jesus diante de Pilatos 09h00- Crucifixão de Jesus 12h00- As trevas em vez de Luz! 15h00- Morte de Jesus. 17h00- Sepultamento de Jesus. (A nossa Páscoa) D. António Couto, Bispo de Lamego

As coroas que Cristo tem


Apocalipse 19:12 diz que ele tem "muitos diademas". Ele tem a coroa da justiça.Ele possui a coroa da glória. Ele tem a coroa da vida. Ele usa uma coroa de paz e de poder. Mas, de todas as coroas que Jesus possui, uma é a mais querida de todas. Esta coroa não foi fabricada de ouro nem prata. Ela não é coberta de jóias. Esta coroa não foi formada pelas mãos de um mestre artesão. Esta coroa foi formada depressa, pelas mãos rudes de um soldado Romano. Esta coroa não foi colocada na cabeça de Jesus numa cerimônia de glória e honra, mas numa farsa humilhante. É uma coroa de espinhos. O impressionante sobre esta coroa, a coroa de Jesus, é que, de todas as coroas que ele poderia ter escolhido, esta não pertencia a ele. Você merecia usar esta coroa. Você merecia sentir os espinhos. Você merecia sentir o sangue descendo pelos seus olhos e ouvidos. Você merecia toda a dor. Mas, a você, e a mim, Jesus oferece a coroa da vida. Ele tomou a nossa e nos oferece até hoje a coroa que era dEle. "Sê fiel até o fim e te darei a coroa da vida!"

terça-feira, 26 de março de 2013

Encontro com Jesus


Necessariamente o encontro com Cristo Eucaristia é uma experiência pessoal e íntima, e que supõe o encontro pleno de dois que se amam. É, portanto, impossível generalizar sobre eles. Porque só Deus conhece os corações dos homens. Entretanto, sim devemos transluzir em nossa vida, a transcendência do encontro íntimo com o Amor. É lógico pensar que quem recebe esta Graça, está em maior capacidade de amar e de servir ao irmão e que além disso, alimentado com o Pão da Vida deve estar mais fortalecido para enfrentar as provações, para encarar o sofrimento, para contagiar sua fé e sua esperança. Em fim, para levar a feliz término a missão, a vocação, que o Senhor lhe dá. Se apreciássemos de veras a Presença de Cristo no sacrário, nunca o encontraríamos sozinho, acompanhado apenas pela lâmpada Eucarística acesa, o Senhor hoje nos diz a todos e a cada um, o mesmo que disse aos Apóstolos "Com ânsias desejei comer esta Páscoa convosco " Lc.22,15. O Senhor nos espera ansioso para entregar-se a nós como alimento; somos conscientes disso, de que o Senhor nos espera no Sacrário, com a mesa celestial servida.? E nós, por que o deixamos esperando.? Ou é por acaso, quando vem alguém de visita a nossa casa, o deixamos na sala e vamos nos ocupar de nossas coisas? É exatamente isso o que fazemos em nosso apostolado, quando nos enchemos de atividades e nos descuidamos na oração diante do Senhor, que nos espera no Sacrário, preso porque nos "amou até o extremo" e resulta que, por quem se fez o mundo e tudo o que nele habita (nós inclusive) encontra-se ali, oculto aos olhos, mas incrivelmente luminoso e poderoso para saciar todas nossas necessidades.

terça-feira, 19 de março de 2013

Pai


Meu Bom Pai Tenho saudades tuas. pede ao Senhor por nós. Sei que estas perto de mim, sinto o teu sorriso. Nunca nos abandonas-te Obrigado, meu pai.

Servo fiel, humilde e silencioso, São José faz das mãos a sua glória: Mãos que trabalham, mãos que rezam, mãos unidas, Em plena doação à vontade divina E ao coração dos outros. As mãos de São José são mãos sagradas, Nelas concentra a alma em oração, E com elas defende e ampara o Deus-Menino E com elas defende e ampara a Virgem-Mãe, Por desígnio de Deus.

quinta-feira, 14 de março de 2013

A primeira missa do Papa Francisco


O Papa Francisco celebrou a primeira missa do seu pontificado ante os cardiais na Capela Sistina. Na homilia, instou os presentes a ter «coragem» de caminha na presença do Senhor. O Pontífice centrou o seu discurso no movimento: «A nossa vida é um caminho e quando paramos a coisa não anda». Na alocução feita em italiano dentro de uma missa celebrada em latim, o Papa também alertou contra a «mundanidade». «Sem a figura de Jesus Cristo podemos ser uma ONG piedosa, mas não a igreja». No seu primeir dia como Pontífice, apenas doze horas depois de sair da varanda do Vaticano e saudar os fiéis depois de ser eleito, Francisco esteve esta manhã na basílica de Santa Maria la Mayor para rezar à Virgem. Orou cerca de dez minutos e depois visitou a cripta do tempo. Depois da visita, Francisco dirigiu-se à residência onde esteve instalado nos últimos dias para recolher os seus pertences e insistiu em pagar a conta com o seu dinheiro «para dar o exemplo», como referiu o porta-voz do Vaticano, Federico Lombardi. Para já, o Papa vai dormir na residência vaticana de Santa Marta enquanto não se transfere definitivamente para o Palácio Apostólico do Vaticano. Nos próximos dia irá até Castel Gandolfo para reunir-se com o papa emérito Bento XVI, com quem já falou ao telefone.

sexta-feira, 8 de março de 2013

S. João de Deus


Ao todo foram mais de oitenta casas-hospitalares fundadas, para abrigar loucos e doentes terminais. Para cuidar deles, usava um processo todo seu, sendo considerado o precursor do método psicanalítico e psicossomático, inventado quatro séculos depois por Freud e seus discípulos. João de Deus, que nunca se formou em medicina, curava os doentes mentais utilizando a fé e sua própria experiência. Partia do princípio de que curando a alma, meio caminho havia sido trilhado para curar o corpo. Ele sentia a dualidade da situação do doente, por te-la vivenciado dessa maneira. João de Deus sentia-se pertencer ao mundo dos loucos e ao mundo dos pecadores e indignos e, por isso, se motivou a trabalhar na dignificação, reabilitação e inserção de ambas as categorias. Um modelo de empatia e convicções profundas tão em falta, que várias instituições seguiram sua orientação nesse sentido, tempos depois e ainda hoje. Depois, João de Deus e seus discípulos passaram a atender todos os tipos de enfermos. Seu mote era: “fazei o bem, irmãos, para o bem de vós mesmos”. Ele morreu no mesmo dia em que nasceu, aos cinqüenta e cinco anos, no dia 8 de março de 1550. Foi canonizado pelo Papa Leão XIII que o proclamou padroeiro dos hospitais, dos doentes e de todos aqueles que trabalham pela cura dos enfermos. Hoje a Ordem Hospitaleira São João de Deus, é um instituto religioso, internacional, com sede em Roma, composto de homens que por amor a Deus se consagram à hospitalidade misericordiosa para com os doentes e necessitados em quarenta e cinco países dos cinco continentes. Com os Irmãos Hospitaleiros de S.João de Deus aprendi a ter uma visão diferente, do mundo e do irmão que sofre. São João de Deus sê sempre o meu modelo, ensina-me a ter cada vez mais amor para dar e nada receber em troca.

São João de Deus


João Cidade Duarte nasceu no dia 08 de março de 1495 em Montemor-o-novo, perto de Évora, Portugal. Seu pai era vendedor de frutas na rua. Da sua infancia sabemos apenas que, João, aos oito ou fugiu ou foi raptado por um viajante, que se hospedou em sua casa. Depois de vinte dias, sua mãe não resistiu e morreu. O pai acabou seus dias no convento dos franciscanos, que o acolheram. Enquanto isso, João foi à pé para a Espanha rumo à cidade de Madrid, junto com mendigos e sanltimbancos. Nos arredores de Toledo, o viajante o deixou aos cuidados de um bom homem, Francisco Majoral, administrador dos rebanhos do Conde de Oropesa, conhecido por sua caridade. Foi nessa época que ganhou o apelido de João de Deus, porque ninguém sabia direito quem era ou de onde vinha. Por seis anos Francisco o educou como um filho, ao lado de sua pequenina filha. Dos catorze anos até os vinte e oito João trabalhou e viveu como um pastor. E quando Francisco decideu casa-lo com sua filha, de novo ele fugiu, começando sua vida errante. Alistou-se como soldado de Carlos V e participou da batalha de Paiva, contra Francisco I. Vitorioso, abandonou os campos de batalha e ganhou o mundo. Viajou por toda a Europa, foi para a África, trabalhou como vendedor ambulante em Gibraltar. Então, qual filho pródigo, voltou à sua cidade natal, onde ninguém o reconheceu, pois os pais já tinham falecido; novamente rumou à Espanha, onde abriu Nessa cidade, em 1538, depois de ter ouvido um inflamado sermão proferido por João d’Ávila, que a Igreja também canonizou, arrependido dos seus pecados e tocado pela graça, saiu correndo da igreja, e gritou: “misericórdia, Senhor, misericórdia”. Todos riram dele, mas João de Deus não se importou. Distribuiu todos os seus bens aos pobres e começou a fazer rigorosas penitências. Tomado por louco foi internado num hospital psiquiátrico, onde foi tratado desumanamente. Depois de ter experimentado todas as crueldades que aí se praticavam e orientado por João d’Ávila decidiu fundar uma casa-hospitalar, para tratar os loucos. Criou assim uma nova Ordem religiosa, a dos Irmãos Hospitaleiros.

quinta-feira, 7 de março de 2013

Santa Perpétua e Santa Felicidade


Perpétua, uma jovem mãe de 22 anos, escreveu na prisão um diário de tudo o que aconteceu até a vigília do suplício. Ela nunca tinha visto lugar tão escuro e quente como aquele. Estavam juntos seis catecúmenos. Como estava também o catequista, eles puderam receber o batismo. Logo após foram todos decapitados na arena de Cartago, no dia 7 de março de 203. Felicidade estava grávida com esperança de logo ser mãe para se unir aos outros mártires. Dois dias antes do martírio teve um parto muito doloroso. Um soldado escarnecia dela por causa das dores do parto: “Você está se lamentando agora, e quando as feras a estiverem mordendo?” Ela respondeu cheia de fé: “Agora sou eu que estou sofrendo, mas no martírio será Cristo que sofrerá por mim.” Ser cristão naquele tempo de sangue e de fé era um risco contínuo de vida. A qualquer momento podia terminar a vida num circo enfrentando as feras para divertir o povo. Perpétua tinha um filhinho de colo. O pai dela, pagão, suplicava-lhe, se humilhava, recordava-lhe os deveres para com a tenra criatura. Bastava uma palavra contra a fé cristã e ela estaria de volta no meio da família. Perpétua, embora soluçando, repetia: “Não posso, sou cristã.” As lembranças e anotações escritas por Perpétua formam um livro com o título: Paixão de Perpétua e Felicidade. Tertuliano teria completado depois a narração do holocausto das duas santas. A delícia daquelas páginas encheu de admiração e de emoção inúmeras pessoas. Grande parte do drama tem uma vivência interior, através da extrema sensibilidade feminina, pela narração viva e clara de Perpétua. Ela realça aquelas particularidades que o melhor panegirista esquece ou deixa de lado. Por isso Perpétua foi solicitada pelos irmãos e companheiros de fé e de martírio para deixar um testemunho escrito para que servisse de edificação para todos os cristãos.

quarta-feira, 6 de março de 2013

Fé e Caridade


Como todos os anos o Santo Padre divulgou uma mensagem para a Quaresma, e neste ano o Papa pediu aos católicos que não separem a fé da caridade. Bento XVI explica a estreita relação que existe entre a fé e a caridade. “Não devemos separá-las. Estas duas virtudes teologais estão intimamente unidas. Já o título da mensagem “Crer na caridade gera caridade. Conhecemos o amor que Deus nos tem e acreditamos nele”, destaca que não podemos dar prioridade à fé e desprezar as obras de caridade “reduzindo-as a um humanitarismo genérico”; o Papa reafirma também que “não podemos sustentar uma supremacia exagerada da caridade e de seu trabalho, pensando que as obras podem substituir a fé”. Fé e caridade são duas asas que nos ajudam a voar neste tempo litúrgico. “Uma fé sem obras é como uma árvore sem frutos”: se a primeira “nos faz conhecer a verdade de Cristo como Amor encarnado e crucificado”, a segunda nos faz “entrar” naquele amor e leva ao dom total de si, escreveu o Papa.

terça-feira, 5 de março de 2013

Espirito Santo Vem.


Deixámos o cais de partida e já nos foi mostrado o cais de chegada! Agora entramos em velocidade de cruzeiro, nesta longa viagem da fé, mas é preciso ter cuidado, é preciso estar sempre alerta, porque, quando menos pensamos, sobrevêm as tempestades, agita-se a barca da Igreja, que atravessa o mar tempestuoso da história! Temos visto, ao longo dos últimos dias, como é difícil levar a bom porto, esta barca. O próprio timoneiro, o Papa, sentiu-se cansado e já sem forças, perante a avalanche de ventos contrários, que sacodem a Igreja. E nós esperamos ansiosamente um novo Papa, e talvez um Papa novo, para conduzir esta barca, que não está em maré de bonança, mas em maré de mudança.

Que tenho feito eu?


Estamos já no final do segundo trimestre, deste Ano da Fé. Iniciámos hoje a terceira semana da Quaresma. A barca da Igreja navega, em águas tumultuosas, e agora, anda em busca de um timoneiro, com mais vigor, à altura de tão difícil maré. São sinais de alarme, avisos à navegação, que vêm de tantos lados, para não sucumbirmos ao naufrágio da fé. Estou consciente da gravidade desta hora? Estou consciente, de que a necessária renovação da Igreja, se realizará, também através do meu testemunho de vida nova? Estou consciente da minha necessidade de purificação, de conversão, de mudança, da mente, do coração, da vida, em ordem à renovação da fé? Estou a aproveitar, mais e melhor, os tempos de formação, de celebração, de oração, para me converter a uma fé mais esclarecida, vivida, celebrada e rezada? Na prática, rezo mais? Leio mais? Levo mais a peito, a missa dominical, como mistério admirável da fé, e não como sacramento descartável, que dispenso a troco de tudo e de nada? Estou mesmo disponível para mudar os meus hábitos e interesses, para recolocar Deus, como centro e prioridade da minha vida? De que estou à espera, se me é dado este ano, tão especial, para esta mudança?!

Entramos no coração da Quaresma


Entramos no coração da Quaresma, com um sério aviso à navegação: «se não vos converterdes, morrereis todos». Isto da «conversão» não é uma conversa de salão, é uma questão de vida ou de morte, de naufrágio ou de salvação. Deus não quer a morte do pecador. Quer antes que se converta e viva. Neste Domingo, somos alertados para a urgência da conversão, aproveitando, o tempo favorável, e este ano especial, que Deus nos concede. Confiemo-nos à misericórdia do Senhor!

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Senhor


Senhor quantas constantes promessas de fidelidade, de amor, de entrega, Te fiz e Te faço todos os dias. E quantas vezes Te nego nas minhas atitudes, nos meus gestos, nas minhas palavras, nos meus pensamentos, nos juízos que faço dos outros? Volta para mim, Senhor, para todos, o teu olhar misericordioso, aquele mesmo olhar que dirigiste a Pedro e abriu o seu coração ao arrependimento sincero e verdadeiro. Dá-nos, Senhor, dá-me, um verdadeiro dom de arrependimento, um profundo dom de contrição, que nos leve à união permanente no teu amor. Amen. .

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

Escuta-me Senhor


Escuta a minha oração, Senhor, não me deixes sozinho no longo e difícil caminho da minha vida! Não importa que avancem contra mim inimigos, doenças, calúnias, em ti coloco minha confiança e meu amparo. Quando sinto sobre mim o peso da insegurança, quando não enxergo o meu futuro, quando sozinho enfrento a luta contra o mal, vem, Senhor, em meu socorro e sustenta a minha fraqueza! Longe de mim o medo da noite e do mal, perto esteja tua luz e esperança, fortalecendo o meu caminho. Contigo, Senhor, não tenho medo, porque tu me amas e sou precioso aos teus olhos. Guarda-me como a tua pupila, esconde-me na tenda do teu coração... Contigo, Senhor, caminharei seguro na incerteza da vida. No fim da estrada sempre tu me esperas, e com amor, perdoas meus pecados.

Senhor


Senhor, Tu me deste a liberdade de dizer sim ou não; a liberdade de escolher entre diversos caminhos; a liberdade de dominar minhas próprias forças; a liberdade de configurar meu próprio futuro; a liberdade de acolher ou rejeitar tua vontade. Tu vês o íntimo de meu coração. Tu conheces quão fraca é minha vontade. Tu conheces as lutas contra as forças dentro de mim mesmo, que querem roubar-me a liberdade. Tu conheces as redes postas por aqueles que querem a minha queda. Tu conheces os lugares feridos de minha alma que, por causa de meus pecados, são tão vulneráveis. Senhor, liberta-me das coisas que roubam minha liberdade. Senhor, liberta-me das pessoas que escravizam meu eu. Senhor, liberta-me dos projetos que impedem o melhor em mim. Senhor, liberta-me do que os outros pensam ou têm. Senhor, prende-me a Ti, para que eu me torne livre da tortura de estar amarrado ao meu eu. Karl-Heinz Menke

sábado, 16 de fevereiro de 2013

Quaresma


Quaresma é o período de 40 dias de penitência que precedem a festa da Ressurreição de Nosso Senhor Jesus Cristo. Como 40 dias se, contando, medeiam 46 entre a Quarta-feira de Cinzas e a Páscoa? Simplesmente porque os domingos não podem ser dias de penitência, de modo que são excluídos da contagem. Cada domingo é uma pequena Páscoa, “dia em que, por tradição apostólica, celebra-se o mistério pascal” (cânon 1.246 do Código de Direito Canônico), devendo ser evitada qualquer atitude que exprima tristeza. Assim, descontados os domingos entre a Quarta-feira de Cinzas e a Páscoa da Ressurreição medeiam 40 dias. Segundo São Roberto Belarmino e Cornélio a Lápide, foram os próprios apóstolos quem instituíram a Quaresma, para nos prepararmos dignamente a fim de celebrar a Ressurreição de Nosso Senhor Jesus Cristo, a máxima festa do Cristianismo. Os 40 dias da observância quaresmal são carregados de simbolismo. 40 dias e 40 noites Nosso Senhor passou em rigoroso jejum no deserto (cf. Mt 4,1-2; Mc 1,12-13; Lc 4,1-2). Também por 40 anos o povo de Israel errou pelo deserto, antes de entrar na Terra Prometida (cf. Dt 8,2). 40 é o número das virtudes cardeais (quatro: castidade, paciência, justiça e prudência) e dos evangelistas, multiplicado pelo número dos Dez Mandamentos. A Quaresma é, finalmente, um grande símbolo de nossa vida terrena que, no fim das contas, não passa de uma preparação para a nossa própria Páscoa – «Memento, homo, quia pulvis es, et in pulverem reverteris» (Gn 3,19): "Lembra-te, homem, que és pó, e em pó te hás transformar". Assim, a Quaresma é um tempo favorável à prática penitencial da Igreja. Conforme ensina o Catecismo da Igreja Católica (CIC), «esses tempos são particularmente apropriados aos exercícios espirituais, às liturgias penitenciais, às peregrinações em sinal de penitência, às privações voluntárias como o jejum e à esmola, à partilha fraterna (obras de caridade e missionárias)» (CIC, número 1.438). É um tempo de renascimento espiritual e de renovação na fé, no qual se pede aos fiéis maior interesse pelas coisas divinas, uma frequência mais assídua à Santa Missa e aos ofícios litúrgicos, maior correção nas próprias ações e um auto controle das suas próprias paixões e sentimentos.

Quaresma


Quero começar o falar sobre o significado e como viver a Quaresma com um trecho do sermão de São Leão Magno, Papa: “Meus caros irmãos, entramos na Quaresma, isto é, em uma fidelidade maior ao serviço do Senhor. É como se entrássemos em um combate de santidade. Então preparemos nossas almas para o combate das tentações e saibamos que quanto mais zelosos formos por nossa salvação, mais violentamente seremos atacados por nossos adversários. Mas Aquele que habita em nós é mais forte do que aquele que está contra nós” (Sermão sobre a Quaresma). Quaresma, além de ser marcada por essa trajetória de caminhada durante quarenta dias, ela representa o período de 40 anos no qual o povo de Deus caminhou no deserto rumo à terra prometida, ou seja, à vida nova. Para o cristão, a Páscoa – Ressurreição do Senhor – é a vida nova prometida. Quaresma, portanto, é tempo de três realidades: jejum, oração e esmola. Algumas ações concretas devem permear nossa vida durante este período. A vida do cristão deve ser marcada pela volta ao Senhor, isto é, deixar a vida velha de pecado e injustiça e regressar para a salvação, para Deus.

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

Hino de Completas


Se me envolve a noite escura e caminho sobre abismos de amargura, nada temo, porque a luz está comigo. Se me colhe a tempestade e Jesus vai a dormir na minha barca, nada temo porque a Paz está comigo. Se me perco no deserto e de sede me consumo e desfaleço, nada temo, porque a Fonte está comigo. Se os amigos me deixarem em caminhos de miséria e orfandade, nada temo, porque o Pai está comigo. Se os descrentes me insultarem e se ímpios mortalmente me odiarem, nada temo, porque a Vida está comigo.

Origem do costume


Antigamente os judeus costumavam cobrir-se de cinzas quando faziam algum sacrifício e os nivitas usavam as cinzas como sinal de seu desejo de conversão de uma vida vivida no caminho do “mal” para uma vida com Deus. Nos primeiros séculos da Igreja, as pessoas que queriam receber o Sacramento da Reconciliação na quinta-feira Santa, colocavam cinzas na cabeça e apresentavam-se à comunidade vestidos com um “habito penitencial”. Isto representava sua vontade de se converter. No ano de 384 d.C., a Quaresma adquiriu um sentido penitencial para todos os cristãos e desde o século XI, a Igreja de Roma impõem cinzas ao iniciar os 40 dias de penitencia e conversão. As cinzas que se utilizam são obtidas queimando-se as palmas,e os ramos usadas no Domingo de Ramos do ano anterior. Isto recorda-nos o que foi sinal de glória se reduz a nada. Também, foi usado o período da Quaresma para preparar os que iam receber o Batismo na noite de Páscoa, imitando Cristo em seus 40 dias de jejum. A imposição das cinzas é um costume que nos recorda que algum dia vamos morrer e que o nosso corpo se converterá em pó. Também nos ensina que todos os bens materiais que temos aqui, se acabam. Na mudança, todo o bem que temos na nossa alma vamos levar para a eternidade. No final de nossa vida, somente levamos aquilo que fizemos em nome de Deus e pelos nossos irmãos. Quando o sacerdote nos impõe as cinzas, devemos ter uma atitude de querer melhorar, de querer ter amizade com Deus.

Arrependei-vos e Acreditai no Evangelho


Lembra-te, homem, que és pó da terra e à terra hás-de voltar.

Quaresma


Iniciamos o tempo da Quaresma. Tempo de Deus. Tempo de nos deixarmos converter ao Deus centro do nosso existir. Sem cedermos à tentação, ao abandono, ao já gasto. Para vivermos numa óptica que exige ajustes constantes do ser ao Ser. Da vida à vida nova. Ao equilíbrio. À perseverança. À fé. Sem nos deixarmos tentar pela tentação de tentarmos a Deus. Jesus ensina-nos o como. Nós só temos que colocar o sentido e sermos coerentes com a resposta. No espírito da entrega, da renovação, da vida em Deus. Colocando o Senhor no centro.

terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

5 de Fevereiro. Dia de Santa Águeda


Santa Águeda, virgem e mártir. Nasceu em Catânia, na Sicília, pertencente a uma nobre e rica família que lhe proporcionou, acima de tudo, a riqueza da fé, tanto assim que cedo consagrou sua virgindade a Cristo, seu Amado Esposo. No seu tempo, aconteceu a terrível perseguição dos cristãos por parte o imperador Décio. Santa Águeda, que era uma jovem bela e inteligente, acabou sem querer, conquistando o coração de um jovem, que recebeu o “não” da santa quanto ao matrimônio. Por isso, revoltado, denunciou Águeda como cristã. Diante do juiz ela respondeu quanto à sua origem: "Embora de família nobre e rica, tenho a honra e a alegria de ser serva de Cristo Jesus, meu Senhor e Deus". Foi condenada a torturas e humilhações, dentre elas a de ser entregue a uma velha pervertida e prostituta. Santa Águeda, cheia do Espírito Santo, ficou fiel ao Senhor, até que perguntaram novamente: "O que você decidiu sobre a tua salvação?". Sua resposta foi exata: "A minha salvação é Cristo!". Sendo assim proporcionaram lentos sofrimentos até o martírio em 254, que a levou para os braços do seu Esposo Amado: Jesus. Oração Concedei-nos, Senhor, o amor constante ao Vosso Santo Nome e a graça da perseverança nas coisas do alto durante toda a nossa vida. E pela intercessão de Santa Águeda, dai-nos, Senhor Onipotente, a graça que humildemente vos pedimos (citar a graça). Por Cristo Senhor Nosso, amém.

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

S. João de Brito

Nasceu em Lisboa (Portugal) no dia 1 de Março de 1647, de família nobre. Depois de uma piedosa adolescência, entrou na Companhia de Jesus e, ordenado sacerdote, embarcou para as missões da Índia, onde trabalhou no meio de grandes sofrimentos e perseguições, mas também com grande fruto apostólico. Foi de lá enviado à Europa como Procurador das Missões e de novo partiu para a Índia; no dia 4 de Fevereiro de 1693 alcançou a glória do martírio. Oração Senhor, que fortalecestes com invencível constância o mártir São João de Brito para pregar a fé entre os povos da Índia, concedei-nos, por seus méritos e intercessão, que, celebrando a memória do seu triunfo, imitemos os exemplos da sua fé.

sábado, 2 de fevereiro de 2013

Profeta Simeão


Agora, Senhor, segundo a tua promessa, deixareis ir em paz o vosso servo , porque meus olhos viram a tua salvação que oferecestes a todos os povos.......

Evangelho (Lc 2,22-40):


): E quando se completaram os dias da purificação, segundo a lei de Moisés, levaram o menino a Jerusalém para apresentá-lo ao Senhor, conforme está escrito na Lei do Senhor: «Todo primogênito do sexo masculino será consagrado ao Senhor”. Para tanto, deviam oferecer em sacrifício um par de rolas ou dois pombinhos, como está escrito na Lei do Senhor. Ora, em Jerusalém vivia um homem piedoso e justo, chamado Simeão, que esperava a consolação de Israel. O Espírito do Senhor estava com ele. Pelo próprio Espírito Santo, ele teve uma revelação divina de que não morreria sem ver o Ungido do Senhor. Movido pelo Espírito, foi ao templo. Quando os pais levaram o menino Jesus ao templo para cumprirem as disposições da Lei, Simeão tomou-o nos braços e louvou a Deus, dizendo: «Agora, Senhor, segundo a tua promessa, deixas teu servo ir em paz, porque meus olhos viram a tua salvação, que preparaste diante de todos os povos: luz para iluminar as nações e glória de Israel, teu povo». O pai e a mãe ficavam admirados com aquilo que diziam do menino. Simeão os abençoou e disse a Maria, a mãe: «Este menino será causa de queda e de reerguimento para muitos em Israel. Ele será um sinal de contradição — e a ti, uma espada traspassará tua alma! — e assim serão revelados os pensamentos de muitos corações». Havia também uma profetisa, chamada Ana, filha de Fanuel, da tribo de Aser. Ela era de idade avançada. Quando jovem, tinha sido casada e vivera sete anos com o marido. Depois ficara viúva e agora já estava com oitenta e quatro anos. Não saía do templo; dia e noite servia a Deus com jejuns e orações. Naquela hora, Ana chegou e se pôs a louvar Deus e a falar do menino a todos os que esperavam a libertação de Jerusalém. Depois de cumprirem tudo conforme a Lei do Senhor, eles voltaram para Nazaré, sua cidade, na Galiléia. O menino foi crescendo, ficando forte e cheio de sabedoria. A graça de Deus estava com ele».

A presentaçâo do Menino Jesus no Templo


O Evangelho de São Lucas narra que, depois do nascimento de Nosso Senhor e decorrido o prazo que a Lei mosaica estabelecia para a purificação das mulheres que davam à luz, Nossa Senhora e São José levaram o Menino Jesus ao Templo para O apresentarem a Deus, conforme também prescrito na Lei. Na ocasião, Maria Santíssima ofereceu ao Senhor o sacrifício ritual de dois pombinhos, estabelecido para a purificação de mulheres pobres. Jesus e Maria não estavam sujeitos à Lei, mas quiseram observá-la por amor à humildade e para nos dar o exemplo. A festa da Purificação é também chamada das Candeias, comemorando o dia em que Maria Santíssima, em obediência à Antiga Lei, apresentou seu Divino Filho no Templo 40 dias após seu nascimento. Foi saudada pelo velho Simeão que lhe predisse as Sete Dores que haveria de sofrer e que o Menino seria um sinal de contradição. Evangelho de São Lucas capítulo 2. versículos 25 a35 Ora, havia em Jerusalém um homem chamado Simeão. Este homem, justo e piedoso, esperava a consolação de Israel, e o Espírito Santo estava nele. Fora-lhe revelado pelo Espírito Santo que não morreria sem primeiro ver o Cristo do Senhor. Impelido pelo Espírito Santo, foi ao templo. E tendo os pais apresentado o menino Jesus, para cumprirem a respeito dele os preceitos da lei, tomou-o em seus braços e louvou a Deus nestes termos: Agora, Senhor, deixai o vosso servo ir em paz, segundo a vossa palavra. Porque os meus olhos viram a vossa salvação que preparastes diante de todos os povos, como luz para iluminar as nações, e para a glória de vosso povo de Israel. Seu pai e sua mãe estavam admirados das coisas que dele se diziam. Simeão abençoou-os e disse a Maria, sua mãe: Eis que este menino está destinado a ser uma causa de queda e de soerguimento para muitos homens em Israel, e a ser um sinal que provocará contradições, a fim de serem revelados os pensamentos de muitos corações. E uma espada transpassará a tua alma.

segunda-feira, 21 de janeiro de 2013


Tambem conhecida com Santa Agnes

Santa Inês


Tambem conhecida com Santa Agnes Virgem e martir do século III, segundo a tradição vinha de uma família nobre e rica e a medida que crescia se tornava uma linda donzela de sedutora beleza. Seus cabelos vermelhos e longos ascendia os desejos dos jovens romanos. Mas ela, havia prometido castidade perpétua e sofreu várias tentativas de violações, sempre orando a Jesus para protege-la. Assim, o primeiro homem que a quiz violar foi cegado por um raio de luz. Santa Inês o perdoou e ele pode ver de novo. Foi então denunciada como sendo cristã. Prenderam-na e a torturam para que ela oferecesse sacrifícios aos desuses romanos e como ela recusasse, levaram-na para um Bordel, mas o homem que tentou violenta-la foi morto por um raio de luz.(este Bordel ainda existe com uma inscrição do Papa Damasus I, assim é provável que esta historia seja verdadeira). O Bordel era debaixo do Arco do Estádio de Dominitian onde é hoje a Praça Novona. O Arco forma a Cripta da Igreja de Santa Agnes em Agone. Diz a tradição que foi acesso uma fogueira para ela ser queimada e quando colocada na pira ela orou e o fogo milagrosamente se extinguiu. Colocada para ser desmembrada por cavalos, os seus punhos eram muito pequeninos e não havia grilhões de ferros para ela. Tentaram amarra-la com correntes mas as correntes escorregaram em seu corpo, e as que ficavam, simplesmente arrebentavam. Finalmente foi decapitada com a espada. Por causa da influencia de sua família seu corpo não foi atirado no rio(como era costume) e foi enterrado no cemitério da família e hoje forma a catacumba dela e é ao lado da igreja dedicada a ela na Via Nomentana. Vários milagres foram reportados em sua tumba e creditados a sua intercessão e sua fama se espalhou rapidamente. Quando o Imperador Constantino quis ter sua filha batizada, ele o fez perto do local da igreja de Santa Agnese Fuori le Mura que foi erigida por ele sobre sua tumba. Em 382 o Papa Damasus I, que foi o primeiro a chamar Roma de "Sé Apostólica", restaurou a igreja de Santa Agnes. Durante o reinado do Papa Paulo V as relíquias de Santa Agnes foram encontradas no santuário da igreja. Agnes significa em grego casta, e em latim ovelha. Talvez por isto na arte litúrgica da Igreja ela é representada sempre segurando uma ovelha. Na sua festa, uma ou duas ovelhas são abençoados na sua igreja em Roma e de sua lã se faz alguns "palliuns" (duas tiras de lã branca) a qual o Papa confere aos Arcebispos como símbolo de sua jurisdição. Ela é mencionada na Primeira Prece Eucarística Segundo a tradição a Santa Inês ajuda a encontrar um noivo para um feliz casamento. É padroeira da pureza e da castidade e é invocada na proteção da castidade.

quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

O mistério da dor


No 1.º Capítulo do Génesis, no relato da Criação, lê-se: “No princípio, Deus criou o Céu e a Terra”. Nesse relato, aparece várias vezes como um estribilho: “E Deus viu que era bom" o que tinha criado! Deus que cria do nada, e cria como Lhe é próprio, com sabedoria e por amor. Por isso criou um mundo ordenado, perfeito, que obedece a umas determinadas leis… Depois criou o homem a quem entregou este mundo tão belo, com o fim de o trabalhar e conservar, usufruindo, simultaneamente, de toda a sua beleza, ordem e harmonia! No entanto, sabemos por experiência, que a dor e o sofrimento fazem parte da vida de todo o ser humano. Um tema inexplicável que, por vezes, nos entristece e angustia. De onde vem e para que serve?! Perguntamos: um sofrimento causado muitas vezes pelas nossas más escolhas, que nos ferem a nós próprios ou aos outros… A um nível mais global, a liberdade mal entendida de outras pessoas também nos pode afectar, causar sofrimento… E existem a nível da própria natureza, factores diversos que deterioram o organismo humano, ou os fenómenos e catástrofes naturais que destroem parte do mundo e dos homens, em maiores ou menores dimensões. Os padecimentos e doenças das pessoas sempre foram considerados como grandes dificuldades que atormentam as suas vidas e as próprias consciências. Por tudo isso, não há explicação fácil para o sofrimento, e muito menos para o dos inocentes, porque a dor continua a ser um mistério. Um mistério que apenas o cristão com fé, vai aprendendo a descobrir e a conviver com essa realidade, do melhor modo possível, apesar de muitas vezes se apresentar dolorosamente inexplicável ou incompreensível. A dor apresenta-se de muitas formas e em nenhuma delas é espontaneamente querida por alguém. Mas isto não justifica que nesses momentos nos devamos encher de compaixão por nós mesmos, que não devamos ser fortes e solícitos na procura dos meios com que podemos ultrapas-sá-la; ou que nos deixemos abater por qualquer tipo de sofrimento. Desse modo, não faríamos outra coisa porque, na realidade, existem sempre maiores ou menores contrariedades... Pelo contrário, devemos procurar reagir, e impedir a imaginação de transformar qualquer incomodidade em tragédia, reduzindo os padecimentos às suas verdadeiras dimensões. Mais ainda: devemos procurar “esquecer”as nossas mágoas para pensar nos outros e servi-los, como é próprio da primeira de todas as virtudes cristãs, a Caridade.

terça-feira, 8 de janeiro de 2013

Salmo 120


Levanto os meus olhos para os montes: donde me virá o auxílio? O meu auxílio vem do Senhor, que fez o céu e a terra. Não permitirá que vacilem os teus passos, não dormirá Aquele que te guarda. Não há-de dormir nem adormecer Aquele que guarda Israel. O Senhor é quem te guarda, * o Senhor está a teu lado, Ele é o teu abrigo. O sol não te fará mal durante o dia, nem a lua durante a noite. O Senhor te defende de todo o mal, o Senhor vela pela tua vida. Ele te protege quando vais e quando vens, agora e para sempre.

segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

Solenidade da Epifania


Isso mesmo nos é testemunhado, nesta história tão bela dos Magos, em busca do “rei dos judeus, acabado de nascer” (Mt 2,2). São Mateus fala-nos de uns homens, vindos «dos orientes», vindos do mundo dos pagãos, e que se deixaram tocar e guiar, interior e exteriormente, por uma Estrela, para assim chegar ao conhecimento do Deus vivo, para assim chegar ao encontro com o Salvador do mundo! Isto deu-se em Jerusalém e em Belém, de Judá, no tempo do Rei Herodes! Não se trata aqui de uma fábula, tipo «era uma vez», como se os evangelhos nos quisessem entreter, com histórias de embalar meninos. Aconteceu, realmente, a alguns homens, adultos, uma procura, da mente e do coração, que chegou a um encontro inesperado com a pobreza do rei dos judeus; aconteceu a uns magos, percorrer um longo caminho de busca, até chegar à adoração humilde do Deus, feito Menino! Aconteceu, a estes homens grandes, do mundo das ciências de então, deixarem-se tocar, sabiamente, por um sinal, por uma promessa, pela Esperança daquela Estrela, de que, talvez, tenham ouvido falar. Na verdade, já Balaão, adivinho e pagão, como eles, tinha anunciado: «Eu o vejo, mas não agora, eu o contemplo, mas não de perto: uma estrela desponta de Jacob, um cetro se levanta de Israel» (Num 24,17).